Esporte
Dirigentes da Liga Futebol Forte após assembleia
Clubes da Série C vão dividir R$ 35 milhões da Liga Forte Futebol por venda de ações a grupo americano
Por fazerem parte da Liga, Náutico ficará com R$ 10 milhões, Figueirense com R$ 8 milhões, CSA, Brusque e Operário, com R$ 5 milhões cada, enquanto R$ 2 milhões serão divididos entre os demais
Em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira, em São Paulo, a Liga Forte do Brasil definiu a distribuição de cotas para os 20 clubes que disputam à Série C, referente à venda de 20% das ações comerciais da entidade para o fundo norte-americano Serengeti por R$ 4,85 bilhões.
Ao todo R$ 35 milhões (pouco menos de 1% do valor total) serão repartidos entre os 20 clubes que hoje estão na Terceira Divisão. Porém, por já fazerem parte da Liga, Náutico, Figueirense, CSA, Brusque e Operário receberão as maiores fatias.
Ao Náutico caberá a maior cota entres os clubes da Série C, com R$ 10 milhões, seguido pelo Figueirense, com R$ 8 milhões. Já CSA, Brusque e Operário receberão R$ 5 milhões, cada, enquanto os R$ 2 milhões restantes serão divididos entre os demais 15 clubes da Terceira Divisão que aderirem à Liga Forte.
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Dirigentes da Liga Futebol Forte após assembleia — Foto: Divuçgação
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A decisão, no entanto, não agradou os cinco clubes da Liga que estão na Série C, que devem formalizar uma reclamação em bloco à entidade. Isso porque os valores a serem repassados ficam abaixo do piso a ser distribuído entre os 40 clubes que disputam a Séries A e B na atual temporada.
No caso de R$ 25,9 milhões, que Botafogo-SP, Mirassol, Ituano, Novorizontino e Tombense, hoje na Série B, irão receber. Desses, apenas a equipe mineira faz parte da Liga.
Equipe do Náutico antes de enfrentar o Volta Redonda — Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press
O Náutico, por exemplo, pleiteava receber algo em torno de R$ 62 milhões, baseado no critério de participações do clube nas Séries A e B na era dos pontos corridos (desde 2003), e que foi utilizado pela Liga para a divisão das cotas dos 40 clubes hoje nas duas principais divisões do País, com os maiores valores sendo pagos às agremiações que mais permaneceram na elite nesses 20 anos.
O clube pernambucano tem cinco participações na Série A, 13 na Série B e três na Série C. Fica atrás do Figueirense, que soma 11 disputas na elite e em sete oportunidades estava na Segundona. Porém está na Série C desde 2021.
Vinicius Nucci, Figueirense x Aparecidense — Foto: Patrick Floriani/FFC
A primeira metade a que cada clube terá direito pela venda de 20% das ações da Liga Forte deverá ser paga entre os meses de agosto e setembro. Os outros 50% serão divididos em duas partes de 25% e ainda não possuem data para serem depositados.
Vale lembrar que esse dinheiro não tem a ver com a venda dos direito de transmissão anuais das Séries A e B, cujo contratos só passarão a valer em 2025.
Veja abaixo os valores que os clubes das Séries A e B têm direito a receber na divisão atual do bolo, mesmo aqueles que estão à frente da Libra (que distribui outros valores) ou sem Liga.
- Flamengo – R$ 221,5 milhões
- Corinthians– R$ 219,1 milhões
- Palmeiras – R$ 216,7 milhões
- São Paulo – R$ 214,8 milhões
- Internacional – R$ 214,4 milhões
- Atlético-MG – R$ 213,5 milhões
- Cruzeiro – R$ 210,3 milhões
- Santos – R$ 210,8 milhões
- Grêmio – R$ 209,4 milhões
- Vasco – R$ 208,5 milhões
- Fluminense – R$ 208,3 milhões
- Athletico-PR– R$ 199,2 milhões
- Botafogo – R$ 181 milhões
- Coritiba – R$ 156,3 milhões
- Goiás – R$ 149,7 milhões
- Sport – R$ 136,8 milhões
- Bahia – R$ 134 milhões
- Fortaleza – R$ 118,5 milhões
- Ceará – R$ 118,5 milhões
- América-MG – R$ 113,9 milhões
- Avaí – R$ 92,1 milhões
- Chapecoense – R$ 92 milhões
- Juventude – R$ 91,1 milhões
- Vitória – R$ 89,3 milhões
- Atlético-GO– R$ 89,8 milhões
- Ponte Preta – R$ 88,4 milhões
- Red Bull Bragantino – R$ 87,9 milhões
- Criciúma– R$ 61,1 milhões
- Cuiabá – R$ 56,4 milhões
- Guarani – R$ 51,7 milhões
- CRB – R$ 42,3 milhões
- Vila Nova – R$ 37,6 milhões
- ABC – R$ 32,6 milhões
- Londrina– R$ 32,6 milhões
- Sampaio Correa – R$ 32,9 milhões
- Ituano – R$ 25,9 milhões
- Mirassol– R$ 25,9 milhões
- Novorizontino– R$ 25,9 milhões
- Tombense – R$ 25,9 milhões
- Botafogo-SP – R$ 25,9 milhões
Por João de Andrade Neto e Rodrigo Capelo — Recife
Ge.globo.com