Saúde
‘É preciso que a população saiba que a Ômicron vai encontrar e se espalhar nas crianças não vacinadas’.
Em consulta pública, maioria reprova exigência de prescrição médica para vacinar crianças contra Covid-19
Maior parte dos 99,3 mil participantes também é crítica à obrigatoriedade da imunização Adriana Mendes
BRASÍLIA — A secretária-extraordinária de Enfrentamento à Covid do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, afirmou nesta terça-feira que a maioria dos participantes de uma consulta pública realizada para a sociedade civil se manifestar sobre a vacinação infantil se posicionou contrariamente à exigência de prescrição médica para imunização de crianças ao coronavírus.
Entrevista:‘É preciso que a população saiba que a Ômicron vai encontrar e se espalhar nas crianças não vacinadas’, diz virologista da UFRJ
De acordo com Rosana Leite, ao todo, 99,3 mil pessoas e entidades foram ouvidas. Ainda segundo a secretária, a maioria também foi contra a obrigatoriedade da vacinação infantil.
— A maioria a se mostrou concordante com a não compulsoriedade da vacinação e a priorização de crianças com comorbidade . A maioria foi contrária a obrigatoriedade da prescrição médica — Rosana Leite de Melo.ÔMICRON PELO MUNDO: PAÍSES INTENSIFICAM MEDIDAS CONTRA COVID DIANTE DE AUMENTO DE CASOS1 de 10
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, no dia 16 de dezembro, a aplicação da vacina da Pfizer para crianças entre 5 e 11 anos. O governo, no entanto, resistiu a iniciar a imunização, alegando que não há urgência.
Na segunda-feira, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que as doses de Pfizer que serão aplicadas nessa faixa etária chegarão ao Brasil até a primeira quinzena deste mês. No final do mês passado, Queiroga defendeu a apresentação de pedido médico para vacinar contra a Covid-19 crianças sem comorbidade.
Adriana Mendes
OGlobo.globo.com