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Em Nova Venécia, Richarlison mostra tatuagem que traduz o orgulho de defender a seleção brasileira

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Com amor ao Brasil tatuado, Richarlison celebra o sonho da Copa: “Maior seleção do mundo”

Esporte Espetacular acompanhou com exclusividade a última visita do atacante à cidade natal antes da viagem ao Catar

Richarlison chegou a ver seu sonho virar pesadelo. Por quase 48 horas, viveu a angústia por não saber o grau da lesão que sofreu na panturrilha num jogo do Tottenham, pelo Campeonato Inglês. Mas após o exame indicar que a recuperação vai durar cerca de duas semanas, o atacante pôde, enfim, respirar aliviado e continuar a ver a Copa do Mundo muito de perto. Ao fim da última temporada europeia, o Esporte Espetacular esteve em Nova Venécia (ES), cidade natal do Pombo para acompanhar sua última visita antes do Catar.

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É pé quente? Richarlison visita cidade natal antes da Copa do Mundo

Nos dias em que esteve na cidade, Richarlison jogou bola com amigos, almoçou na casa da avó, saiu com irmãos, primos e sobrinhos para comer numa barraquinha de rua, gravou comercial para um supermercado local e acompanhou treinos e jogos do Nova Venécia, clube que disputou a última Série D do Brasileirão e do qual é um dos donos.

Na entrevista exclusiva, o atacante falou sobre Copa do Mundo e do prazer de defender a seleção brasileira, algo eternizado em tatuagem.

Em Nova Venécia, Richarlison mostra tatuagem que traduz o orgulho de defender a seleção brasileira — Foto: Gustavo Rotstein

Em Nova Venécia, Richarlison mostra tatuagem que traduz o orgulho de defender a seleção brasileira — Foto: Gustavo Rotstein

Sempre que tem um tempo, você faz questão de vir a Nova Venécia? Que sentimento estar aqui te traz?

Com certeza. É a minha cidadezinha, onde tenho meus amigos, minha família. A gente fez um jogo festivo ali, e convidei toda a rapaziada que vivia comigo no dia a dia quando eu era criança. Então, é legal. Eu sempre venho mesmo porque aqui eu me sinto bem. Por exemplo, depois da Copa América de 2021, eu tive apenas dois dias para viajar ao Japão e disputar a Olimpíada. Não pensei duas vezes antes de vir para cá. Fiquei um dia e meio e voltei ao Rio para pegar o avião. Mas quis ver a família e recarreguei as energias.

Por conta do calendário, desta vez você não vai poder acompanhar a convocação para a Copa do Mundo em Nova Venécia, como aconteceu na Copa América de 2019.

Queria estar de novo com a família, com os amigos na hora da convocação. Mas com a Seleção eu me dou bem, me sinto bem e, querendo ou não, minha cabeça está lá no Catar, disputando o Mundial pela maior seleção do mundo. Acho que vai dar tudo certo, vou continuar trabalhando forte no meu clube para estar na lista dos 26.

Qual sua principal lembrança de Copa do Mundo como torcedor e como espera viver esse momento agora dentro de campo?

A Copa de 2006. Foi a época do Zé Roberto, do Adriano, do Ronaldinho, do quarteto ali da frente. Lembro que morava numa cidadezinha bem pequeninha próxima a Nova Venécia e a gente ia todo mundo para a pracinha assistir aos jogos. Meu pai me levava. Essa é uma das lembranças que eu tenho da Seleção em Copa do Mundo. Pintava rua, colocava aquelas bolas assim no alto e bandeiras também. Mas quando a gente estava ali na frente da TV, a gente imaginava um dia jogando, aparecendo na TV, e hoje eu praticamente esse sonho vai ser realizado. Hoje vão ter outras crianças pintando rua, enchendo bola, torcendo pela gente. Isso é orgulho. Eu me sinto muito feliz por isso e espero levar alegrias a eles, assim como o Ronaldo e Ronaldinho me deram muita alegria quando eu era criança. Vai dar tudo certo pra nós.

De onde vem a paixão por defender a seleção brasileira?

Isso vem de criança. Sempre tive camisa do Brasil, e quando eu passava na rua, o pessoal falava que era uma tatuagem no meu corpo, porque eu não tirava. É um amor pela seleção mesmo, e eu tenho orgulho. Um orgulho de jogar pela Seleção. Querendo ou não, é a maior seleção do mundo, e a gente sabe o peso que é carregar essa camisa.E hoje em dia não é mais só o Richarlison. Quando eu faço alguma coisa, é o Richarlison da Seleção. É uma responsabilidade muito grande, então por isso eu tenho que fazer a minha imagem da melhor maneira possível.— Richarlison

Richarlison comemora gol pela Seleção: sonho de criança realizado — Foto: Anne-Christine POUJOULAT / AFP

Richarlison comemora gol pela Seleção: sonho de criança realizado — Foto: Anne-Christine POUJOULAT / AFP

Acredita que sua personalidade e o seu jeito de ser também ajudam a aproximar você da torcida brasileira?

Com certeza. Eu sou assim desde moleque, um cara brincalhão, gosto de brincar com as pessoas. Então acho que a galera gosta. Mas é claro que a gente sabe que muitas pessoas confundem. Por isso eu sempre falo que se estou na Seleção é porque eu honro a camisa. Dou a vida no meu clube, faço o meu melhor todos os jogos e não estou lá só por fazer gracinha. Tem a hora da resenha e tem a hora de trabalhar. Porque quando estou dentro de campo, vocês podem me ver de cara amarrada, dou poucas risadas. Esse é o meu jeito mesmo.

Já tem uma meta de quantos gols vai marcar na Copa do Mundo?

Eu não tenho isso, porque os gols saem naturalmente. Pela Seleção eu tenho feito muitos gols, a qualquer momento eu posso marcar. Na Seleção tenho jogadores de alto nível do meu lado, acho que ali minha confiança é muito grande.

Quem vai marcar mais gols na Copa: Richarlison, Neymar ou Vinicius Júnior?

Acho que eu, né? Por ser um camisa 9 ali mais próximo da área. Vou me colocar como o goleador do Brasil da Copa da Mundo (risos).

Por Gustavo Rotstein e Raphael de Angeli — Nova Venécia, ES

Ge.globo.com

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