Ernando, Marquinhos Gabriel, Léo Jabá, Morato e Zeca são os reforços do Vascoc

Vasco chega a cinco reforços, busca mais dois para o Carioca e reduz folha salarial em 35%

Diretoria calcula economia de R$ 9 milhões no reflexo anual e de R$ 1,4 milhão mais encargos sob o ponto de vista mensal

Com o anúncio do atacante Morato no domingo, o Vasco chegou a cinco reforços de olho na temporada 2021. A diretoria ainda projeta incorporar mais dois novos jogadores ainda para a disputa do Carioca, e outros nomes virão para a disputa da Série B. Mas, enquanto se mexe, vê suas despesas diminuírem com as movimentações no mercado de acordo com os próprios cálculos.

A redução de gastos é coordenada pelo departamento de futebol junto à vice-presidência de finanças, cujo titular da pasta é Adriano Mendes, e o CEO do clube, Luiz Mello. As decisões são endossadas pelo presidente Jorge Salgado. As movimentações no mercado são de responsabilidade de Alexandre Pássaro, executivo de futebol, que contrata ou dispensa de acordo com o que conversa com o treinador Marcelo Cabo.

Reforços do Vasco para 2021 até então:

• Ernando (zagueiro, 32 anos) – contrato até dezembro
• Marquinhos Gabriel (meia, 30 anos) – contrato até dezembro
• Zeca (lateral, 26 anos) – contrato até dezembro
• Léo Jabá (atacante, 22 anos) – emprestado pelo PAOK até dezembro
• Morato (atacante, 28 anos) – emprestado pelo Bragantino até dezembro

Ernando, Marquinhos Gabriel, Léo Jabá, Morato e Zeca são os reforços do Vasco — Foto: Editoria de arte/ge

Economia mensal de R$ 1,4 milhão e anual de R$ 9 milhões

O Vasco calcula uma economia no fluxo de caixa de 2021 de cerca de R$ 1,4 milhão e mais encargos por mês, o que representa 35% da folha do futebol. A folha salarial, no fim do Campeonato Brasileiro, era de aproximadamente R$ 4 milhões mensais.

Como havia contratos com vencimento no meio do ano, casos de Léo Gil e Benítez, e outros no fim da temporada – Gustavo Torres é um exemplo -, o comando vascaíno calcula uma economia anual de R$ 9 milhões entre salários e encargos.

Outro ponto destacado pela direção são as liberações de Martín Benítez e Yago Pikachu, hoje no São Paulo e no Fortaleza respectivamente. De acordo com os cálculos do Vasco, entre descontos, pagamentos e créditos, a negociação com o argentino gerou cerca de R$ 2,5 milhões ao clube. Já o débito com Pikachu foi parcelado em 40 vezes.

Possível abatimento de R$ 600 mil com atletas em férias estendidas

O Vasco ainda trabalha com a possibilidade de abater R$ 600 mil mensais quando definir as situações de Marcos Júnior, Neto Borges, Werley, Henrique e Lucas Santos. Outro decréscimo nos gastos deve se dar com a redução salarial de Leandro Castan, que vem sendo discutida há semanas.

Os cálculos do departamento de futebol apontam que os cinco reforços (Ernando, Zeca, Marquinhos Gabriel, Léo Jabá e Morato), juntos, custam menos do que Léo Gil e Gustavo Torres, por exemplo. Ou do que Benítez e Pikachu. Nessa economia não estão inclusos os contratos de produtividade assinados pelo quinteto.

Gastos com Morato e Jabá são divididos com os clubes de origem

Nos casos de Léo Jabá e Morato, que estão emprestados, o Vasco gasta menos. Arcará apenas com uma pequena parte do salário de Jabá (a maior fatia fica com o PAOK, clube que o cedeu), correspondente ao auxílio moradia. Em relação a Morato, o Bragantino seguirá pagando um percentual dos vencimentos mensais.

Desde o início da temporada, o Vasco já acertou as saídas de Fernando Miguel, Yako Pikachu, Gustavo Torres, Léo Gil, Benítez, Catatau, Marcelo Alves e Caio Monteiro. Werley, Neto Borges, Henrique, Marcos Júnior e Lucas Santos estão fora dos planos, com férias estendidas, mas novas saídas além deste quinteto podem acontecer até o início da Série B.

Por Fred Gomes e Marcelo Baltar — Rio de Janeiro