Policia
Explosões na Praça dos Três Poderes deixam um morto e um carro incendiado

Após explosão de carro, homem percorreu 400 metros até morrer em nova detonação diante do STF
Infográfico mostra o trajeto que separa os dois locais
Uma distância de cerca de 400 metros separa os locais em que o corpo de Francisco Wanderley Luiz foi encontrado, na Praça dos Três Poderes, e em que um carro pegou fogo na noite desta quarta-feira, em Brasília. Ao menos duas explosões foram ouvidas nas imediações das sedes dos Poderes na capital federal.
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De acordo com a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, o homem chegou a tentar entrar no prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) com artefatos explosivos, e acabou sendo vitimado em seguida pela detonação.
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Pouco antes da explosão nas cercanias do STF, um carro pegou fogo, no estacionamento do anexo IV da Câmara dos Deputados. Na mala do veículo, segundo policiais que atenderam a ocorrência, foi encontrada “uma bomba caseira”, com objetos explosivos e tijolos.
Testemunhas presentes na Praça dos Três Poderes afirmam ter avistado o homem seguindo em direção ao prédio do STF, e que em seguida ouviram duas explosões, separadas por um intervalo de cerca de 20 segundos.
O veículo estava registrado em nome de Francisco, que concorreu a vereador em 2020, pelo PL, no município de Rio do Sul (SC). O dono do carro já havia feito ameaças a autoridades e referências a explosões em suas redes sociais.
Em uma das publicações, ele diz que a Polícia Federal tem “72 horas” para “desarmar a bomba” e cita a casa de políticos e autoridades. Em outra, o homem cita o dia 13 de novembro, esta quarta-feira, e fala em “grande acontecimento”.
A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para apurar as explosões ocorridas na noite desta quarta-feira na Praça dos Três Poderes. O caso é considerado “grave” e a decisão de a PF entrar no caso foi tomada rapidamente. Ela se justifica pelo fato de o ataque ter ocorrido em órgão público federal.
Após as explosões, a segurança do STF cercou o prédio da Corte com grades, e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) iniciou uma varredura no entorno do Palácio do Planalto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava no Planalto no momento das explosões, mas no Palácio da Alvorada, a cerca de 4 quilômetros do local.
Por O GLOBO — Rio de Janeiro
17 de novembro de 2024 no 17:10
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