Esporte
Fernando Diniz, Fluminense x Atlético-MG, Brasileirão 2023
Diniz justifica empate do Fluminense e critica arbitragem por expulsão: “Não tem critério”
Treinador foi expulso no fim do segundo tempo por reclamações contra a arbitragem
A tensão do empate de Fluminense e Atlético-MG nesta quarta-feira, em Volta Redonda, contaminou o banco de reservas das duas equipes e culminou em cartão vermelho para o técnico Fernando Diniz, por reclamação junto à arbitragem.
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Aos 54 min do segundo – Após receber cartão amarelo, Fernando Diniz, do Fluminense, é expulso e se revolta
Esta foi a quarta expulsão do técnico nesta temporada, segundo levantamento do Espião Estatístico. Em entrevista coletiva, ele deu sua versão sobre momento que antecedeu a sua saída de campo.
– Em relação ao que aconteceu, teve a confusão do André e do Arana. O banco do Atlético-MG veio todo aqui no banco e ele resolveu com um cartão amarelo para o André e para o Arana. Resolveu dessa forma. No lance do John Kennedy o banco do Fluminense levantou. O bandeirinha estava muito longe de mim e falou para me dar amarelo porque o banco todo levantou. Sendo que com o Atlético-MG, ele só aplicou às pessoas do banco. Minha reclamação foi essa. Agora ele está usando o argumento de que eu fiz a reclamação acintosa. Vamos ver o que ele vai colocar na súmula – reclamou.
Fernando Diniz, Fluminense x Atlético-MG, Brasileirão 2023 — Foto: André Durão/ge
– Como eu tinha dois amarelos, eu falei vou ficar fora do banco porque você vai fazer um negócio desses? Porque não tem critério – continuou.
Diniz foi expulso nos acréscimos do segundo tempo, em um momento em que a partida era constantemente paralisada por faltas fortes em campo, que reverberavam no banco de reservas.
Primeiro, o treinador recebeu amarelo por reclamação. Indignado, ele intensificou as críticas ao quarto árbitro e, na sequência, recebeu o cartão vermelho. Inconformado, ele precisou ser convencido por auxiliares a deixar o campo.
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Fluminense x Atlético-MG – Melhores Momentos
Antes da expulsão, Diniz viu um jogo de pouca criatividade, oportunidades escassas e muita briga. Para ele, um dos motivos do baixo de desempenho de sua equipe foi o estado ruim do gramado.
– Achei que foi um jogo equilibrado, mas o gramado prejudicou o jogo para as duas equipes. O Atlético-MG tem uma boa equipe também. Foram poucas oportunidades. Conseguimos marcar muito bem, neutralizar e subir bem a marcação, na maioria das vezes com muita correção. Mas acho que o campo prejudicou o jogo. Depois, quando colocamos os dois meias nas pontas, para jogar com mais aproximação, começamos a ter mais volume – mais perto do fim do jogo – e ficamos mais perto de fazer o segundo gol do que o Atlético.
O próximo jogo do Fluminense é no sábado, às 18h30, contra o Bahia, pelo Brasileirão. A partida será no Maracanã, que passou por melhorias no gramado durante a parada da Data Fifa.
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“Fluminense só não perdeu do Galo porque tem Fábio”, diz Gabriel Amaral | Voz da Torcida
Veja outras respostas do treinador:
Ausência do Marcelo
– O Marcelo teve uma virose. Viajou com a gente e ficou no hotel. Ele já estava passando mal de manhã, viajou com a expectativa de melhora. Até teve à tarde, mas depois caiu. Com febre e dor de estômago. Optamos por não colocá-lo no jogo.
Sobre Cano atuando mais fora da área
– Não fui afastar muito o Cano da área. Quando a bola está muito fora da área, não tem porque o Cano ficar perto da área. Tem que ficar perto da área, quando a bola vai ser cruzada. Ele está mais à vontade com o time e, em alguns momentos, ele percebeu que tinha espaço para ele recuar e foi mais intuição do Cano. É válido e é uma questão dele se sentir à vontade. Não foi uma orientação tática de ficar recuando para poder jogar como fosse um meia. A intenção não era essa.
Sequência de gols sofridos
– A análise que a gente tem que fazer da defesa é o número de chances que oferece para o adversário. Hoje acabou que o gol do Atlético-MG foi um gol contra. Eles tiveram mais uma ou outra oportunidade, principalmente, chute de fora da área. A equipe se comportou defensivamente bem. Teve jogos que a gente não foi vazado que o Fábio fez um monte de milagre. Então o futebol não tem como explicar por essa lógica numérica. Acho que a equipe jogou bem defensivamente. Faltou um pouco mais de inspiração para criar mais chances de gol, mas defensivamente foi bem. Contra o Goiás, no segundo tempo, acabamos cedendo mais espaço e tomamos um gol de bola parada, que estava sendo o nosso ponto forte até o jogo contra o Botafogo, quando começamos uma sequência mais negativa. Tínhamos ficado 27 jogos sem tomar gol de bola parada e, nos últimos jogos, acabamos – não foi o caso de jogo – mas acho que metade dos gols talvez de bola parada, que era o nosso ponto mais forte em relação a parte defensiva. Continuamos treinando, corrigindo e acredito que em breve vamos vencer sem tomar gols.
Por Gustavo Garcia — Rio de Janeiro
Ge.globo.com