Esporte
Gabigol cai em campo durante Fortaleza x Flamengo
Com retornos, Dorival luta para impedir jejum que Flamengo não vive no Brasileiro desde 2015
Se não vencer o Bragantino, time chega a seca de cinco jogos; última vez que clube emplacou uma quina sem triunfos foi quando registrou seu pior início na competição, há sete anos
O Flamengo de futebol consistente e que nos próximos 30 dias pode fazer história com a consolidação de uma das gerações mais vitoriosas do clube curiosamente também luta para evitar uma marca negativa. É verdade, acredite. Se não vencer o Bragantino, sábado, às 19h, no Maracanã, o time iguala seca de vitórias que não vive desde 2015 no Brasileiro.
Para fugir de tal jejum, Dorival Júnior terá à disposição o retorno de sete atletas, dentre eles três titulares absolutos e outros três que foram contratados com pompa e circunstância. Pedro, Everton Ribeiro, Arrascaeta, Vidal, Everton Cebolinha, Marinho e Varela. Pulgar, também desfalque na data Fifa, voltou com entorse no tornozelo esquerdo e é dúvida.
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A última vitória do Flamengo no Brasileiro de 2022 foi conquistada em 28 de agosto, 1 a 0 sobre o Botafogo, no Nilton Santos, gol de Vidal. Em setembro, foram empates com Goiás e Ceará, ambos por 1 a 1, e derrotas para Fluminense (2 a 1) e Fortaleza (3 a 2).
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Gabigol cai em campo durante Fortaleza x Flamengo — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo
A última vez que o Flamengo ficou cinco partidas sem vencer foi nas primeiras rodadas do Brasileiro de 2015, quando o clube registrou seu pior início na história da competição.
No início da seca, Luxa é demitido
Depois de ser eliminado na semifinal do Carioca para o Vasco recém-promovido à Série A, o Flamengo entrou no Brasileiro sob forte pressão. Estreou com derrota para o São Paulo (2 a 1) no Morumbi, empatou com o Sport em casa (2 a 2) e perdeu para o Avaí por 2 a 1 em Florianópolis.
A sequência fez Vanderlei Luxemburgo encerrar sua última passagem pelo clube do coração. O Flamengo escolheu Cristóvão Borges para substituí-lo. No primeiro jogo, derrota por 3 a 2 para o Fluminense. No segundo, mais um revés, desta vez para o Cruzeiro (1 a 0) adivinhe de quem? Luxemburgo.
Luxemburgo, coletiva Flamengo — Foto: Gilvan de Souza / Flamengo
O pior início do Flamengo no Campeonato Brasileiro foi interrompido em 6 de junho de 2015, quando Gabriel garantiu a magra vitória por 1 a 0 sobre a Chapecoense, a primeira de Cristóvão Borges, que teria sua rápida passagem pela Gávea encerrada três meses depois.
2020: Dome é demitido
Do fim de outubro ao início de novembro, a breve passagem de Domenèc Torrent chegou ao fim após empate com Internacional por 2 a 2 e goleadas sofridas para São Paulo (4 a 1), em casa, e Atlético-MG (4 a 0), no Mineirão.
Rogério Ceni assumiu na rodada seguinte, e o Flamengo empatou em casa com o Atlético-GO, aumentando a seca para quatro jogos. No jogo posterior, porém, um 3 a 1 sem sustos sobre o Coritiba interrompeu a série e iniciou a caminhada que terminaria com octacampeonato brasileiro.
Dome no jogo em que custou sua demissão, nos 4 a 0 do Atlético-MG sobre o Flamengo — Foto: DUDU MACEDO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
2017: Zé Ricardo cai após início promissor
Em 2017, série negativa no Flamengo também fez vítima. Após empate com Corinthians (1 a 1) em São Paulo, derrota para o Santos (3 a 2) na Vila Belmiro e revés diante do Vitória (2 a 0) na Ilha do Urubu, Zé Ricardo não resistiu.
Hoje no Japão, o treinador havia levado um elenco ainda modesto à Libertadores no ano anterior, quando o Flamengo terminou em terceiro lugar.
Depois da derrota para o Vitória, o Flamengo voltou a perder na rodada seguinte, novamente por 2 a 0, para o Atlético-MG. Jayme de Almeida dirigiu o time interinamente.
O jejum foi encerrado contra outro Atlético, o Goianiense. Na estreia de Reinaldo Rueda, Vinícius Júnior fez os dois gols nos 2 a 0 do Flamengo. Estes, aliás, foram os primeiros do jogador na categoria profissional. À época, Vini tinha 17 anos.
Zé Ricardo treino Flamengo — Foto: Gilvan de Souza/Flamengo
2016: sem arranhões para Zé
Em 2016, entre outubro e novembro, o mesmo Zé Ricardo viu as chances do heptacampeonato brasileiro se reduzirem após outro jejum de quatro jogos.
Perdeu em Porto Alegre para o Internacional por 2 a 1, naquela tarde liderado por um inspirado Vitinho. Na sequência, empatou com o Corinthians (2 a 2) no retorno ao Maracanã depois de 10 meses sem jogar no estádio, ficou no 2 a 2 com o Atlético-MG em BH e voltou a empatar no Maraca, desta vez com o Botafogo (0 a 0).
A série negativa, porém, não fez Zé balançar, já que este realizava grande trabalha em seu primeiro ano no profissional.
Por Fred Gomes — Rio de Janeiro
Ge.globo.com