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Gabigol comemora o gol do Flamengo com Diego Alves, 4 X 1 Santos

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Ceni elogia Diego Alves, mas diz que decisão é do Flamengo e do goleiro: “Não me envolvo na parte financeira”

Treinador escolheu goleiro como capitão na vitória por 4 a 1 sobre o Santos

Em entreviste coletiva depois da vitória por 4 a 1 – Gerson, dois de Gabigol e Filipe Luís -, o técnico do Flamengo, Rogério Ceni, disse que a escolha da renovação de contrato é de Diego Alves e do clube. Ele se esquivou sobre sua opção pessoal pela permanência do atleta, ressaltando que era questão financeira. E esta decisão que pesa no bolso cabe à diretoria do clube.

– Todos sabem da capacidade dele. A direção faz o melhor que pode, mas é decisão muito particular dos dois. Não quero entrar nessa questão. É deles, tem a parte financeira, não trabalho com isso. Só posso dizer que ele é um baita profissional, assim como o Hugo Souza, o Cesar, que é um baita menino. Não me envolvo na parte financeira, mas todos sabem do carinho que tenho por ele. Acho um ótimo profissional – disse Rogério Ceni.

Depois das eliminações na Libertadores e Copa do Brasil, o Flamengo venceu a segunda consecutiva no Brasileirão (vinha de vitória sobre o Botafogo no último fim de semana). A vitória por 4 a 1 sobre o Santos – Gerson, dois de pênalti de Gabigol e Filipe Luís marcaram para o Flamengo (Bruninho, de cabeça, descontou) – deixou o Rubro-Negro na terceira colocação (está com 45).

Veja a classificação completa clicando aqui.

Gabigol comemora o gol do Flamengo com Diego Alves — Foto: André Durão

Gabigol comemora o gol do Flamengo com Diego Alves — Foto: André Durão

Ceni disse que a escolha do capitão da equipe foi exclusivamente dele. Sem participação de atletas. Levou com naturalidade a reação de Gabigol, depois do gol, quando o atacante atravessou o campo para comemorar ao lado do goleiro Diego Alves.

– Acredito que eles tenham relação de amizade. Não só entre eles, mas outros que conquistaram tantos títulos. Mas não é o primeiro jogo que ele foi capitão. Estou aqui há nove jogos, em três ele foi capitão. Tenho maturidade suficiente para escolha, fui capitão mil vezes na minha carreira e tenho total de liberdade de escolher. Já foi Diego Alves, foi Diego, foi Everton Ribeiro, Arão, Filipe Luís pode ser também. É uma escolha minha, particular e exclusivamente minha – afirmou Ceni.

Lamento por colocar Pedro no banco

O treinador também comentou que gostaria da continuação de Pepê, que está em fim de contrato. O meia-atacante do Flamengo entrou no fim e colocou uma bola no travessão. Ceni também lamentou ter que colocar Pedro no banco, com linha de frente com Everton Ribeiro, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabriel Barbosa na frente.

No entanto, considerou que a equipe com esses cinco na frente – como aconteceu no fim da partida – deixa o time mais exposto. Ele observou que o Flamengo sofreu o gol neste momento do jogo. Mas afirmou que o quinteto pode ser alternativa dentro de partida.

– Você fica um pouco mais exposto, confesso. Acho que o gol sai neste momento do jogo, apesar de termos feito gol também nesse momento. Mas são cinco jogadores diferenciados. Difícil para o treinador colocar os cinco ao mesmo tempo porque são cinco muito ofensivos. Mas acho que era o momento certo para testar essa formação, arriscar um pouco. Para tentar em determinados jogos, quando a gente precise vencer, usá-la de fato. Jogo apertado, fim de jogo ou quem sabe, se ela amadurecer, se encontrarmos melhor maneira de marcar também, por que não jogar com os cinco juntos? – comentou o treinador do Flamengo.

Confira mais trechos da coletiva de Ceni:

Gabigol e Pedro titulares?

– Bruno Henrique compõe bem com qualquer um dos dois. Acho que o Pedro é mais 9 que o Gabriel, joga mais centralizado na área. Precisa de um jogador mais à sua volta. Quando o Gabriel joga compõe melhor lado a lado com Bruno Henrique. Gabriel é jogador inteligente, sabe jogar pelo lado, Bruno Henrique é jogador que pode fazer lado esquerdo. Mas prefiro ele à frente, próximo ao gol, pela velocidade que ele imprime, mas também é bom jogador de lado de campo. Mas, então, há chances totais de Gabriel e Pedro jogarem juntos.

Volta de Gabigol

– Gosto gosto mto dele (Gabigol), me deu muita dor de cabeça pra mim quando jogava contra. Então só de tê-lo ao lado, já me deixa mais tranquilo. Ele teve calma para bater os pênaltis, treinou bem durante a semana. Separamos ele para fazer uma semana a mais de parte física e foi importante. Quando ele consegue competir mais, participar mais, se torna muito importante.

– Agora, infelizmente, é triste contratar o Pedro e ter que deixar ele no banco. Triste no bom sentindo, mas para ser campeão brasileiro vamos precisar dele, do Vitinho, que sei que existem reclamações, mas tem condições de jogar no Flamengo. Tem o Rodrigo Muniz, o Michael…

Entrada de Natan

– Observo os treinos todos os dias, não só os garotos da base, mas todos atletas. Tivemos seis dias de trabalho e observamos todos, dos garotos até os mais consagrados. Achei que era o momento de colocar ele. Um jogo com Santos mais retraído hoje, que imaginei que tinha alguma coisa parecida com o jogo do Botafogo, pela opção do Cuca de modificar o time, então achei que íamos tomar conta do jogo. E o Natan infiltra bem. Natan já tinha jogado comigo, não vejo surpresa em ter colocado ele para jogar hoje.

Melhora do gramado

– Hoje posso falar. Desde que cheguei hoje tivemos o melhor gramado. A chuva antes do jogo ajudou um pouco para deslizar a bola. Mas foi o gramado que melhor atendeu para se jogar um futebol bem jogado.

Dupla definida?

Olho cada um, claro que o Rodrigo parece dar estabilidade maior para qualquer outro que jogue ao seu lado. Aquele que joga entre Filipe Luís e Rodrigo leva vantagem, por ter dois jogadores que cantam muito o jogo, que falam bastante, isso favorece o posicionamento. Mas vamos continuar trabalhando todos os dias. Não é o que você fez na semana passada que vai garantir o seu sucesso na próxima. Garantiu a de hoje. Vou continuar como treinador e eles também. Vão se escalar naturalmente.

Sem Arão, João Gomes ganha espaço?

– Vejo João mais como segundo volante do que como primeiro, para ser honesto com você. Nesse elenco do Flamengo único que enxergo como primeiro volante mesmo, na minha opinião, é o Arão. Infelizmente o perdemos. É importantíssimo no esquema de jogo do Flamengo. Consegue cobrir bem todos os buracos do campo, num time que joga da maneira ofensiva. Mas o menino (João) fez partida ótima. Para quem com tão poucos minutos tem no profissional. A única coisa é que ele quer mais jogo. Ele é segundo volante de origem, não primeiro. Mas o Gerson, que era um 10, também quer. Então aí é ajustar, de dar mais estabilidade, cobertura, para os dois zagueiros, para os laterais quando sobem. Mas ele tem talento, tem evoluído, trata muito bem a bola. É um bom jogador, acho que dos meninos da base acho que é um dos que tem futuro no Flamengo.

Poupar Gerson

– Gerson saiu por volta de 15 minutos. Ele é jogador diferenciado, como volante, na posição que ele atua, é para mim o melhor do Brasil. Ele tem dois cartões amarelos, joga todos os jogos 90 minutos, então se eu puder economizar um pouco ele, vou economizar, porque para mim ele é fundamental no meu sistema de jogo.

Por Redação do ge — Rio de Janeiro

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