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Saúde

Imunizante tem como princípio ativo pedaços inativos do vírus

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Mais uma vacina contra a covid-19 inicia testes no país nesta segunda

Após vacina de Oxford, que está sendo testada em 3 mil pessoas, Coronavac, de laboratório chinês com Butantan, será testada em 9 mil em seis Estados

Os testes da Coronavac, vacina contra a covid-19 que está sendo produzida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, serão iniciados nesta segunda-feira (20) no país, segundo o Butantan.

O imunizante será testado em cerca de 9 mil voluntários em seis Estados: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

Trata-se da segunda vacina contra a covid-19 que está sendo testada no país. A primeira é a chamada “vacina de Oxford”, desenvolvida pela Universidade de Oxford com a empresa AstraZeneca. Cerca de 2 mil voluntários em São Paulo e mil Rio de Janeiro receberam a dose a partir de 20 de junho. A ação é coordenada no Brasil pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Ambas as vacinas foram aplicadas em profissionais de saúde que trabalham em instalações especializadas para covid-19 e se candidataram como voluntários. Os critérios para participar do teste incluíam não ter doenças instáveis ou que precisem de medicações que alterem a resposta imune, não ter sofrido infecção provocada pelo novo coronavírus, não participar de outros estudos, não estar gestante ou planejar uma gravidez nos próximos três meses.

De acordo com o Instituto, a vacina se mostrou eficiente e segura até a segunda fase de testes – são três no total. Cerca de 90% dos voluntários que participaram das duas primeiras fases de testes do imunizante desenvolveram anticorpos e nenhum deles apresentou efeitos colaterais graves.

Segundo o infectologista Alexandre Barbosa, chefe do departamento de Infectologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista), em São Paulo, a vacina é preparada com pedaços inativos do vírus. 

Metade dos voluntários tomará a vacina e a outra metade receberá placebo, segundo divulgado pelo Butantan e publicado no R7. Esse tipo de estudo é duplo cego, em que paciente e aplicador não sabem quem está recebendo o quê.

Apenas os pesquisadores têm informações de quem recebeu o antígeno ou placebo. É um protocolo padrão usado em estudos científicos para não influenciar o resultado final.

Todos serão acompanhados pelo período de 12 meses, o que vai incluir exames rotineiros para dosagem de anticorpos contra o coronavírus.

Segundo o Instituto, caso os testes comprovem a eficácia do imunizante, 60 milhões de doses iniciais estarão disponíveis para o Brasil até o final deste ano e serão distribuídas gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) até junho de 2021.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini

Sofia Pilagallo, do R7*

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