Esporte
Jogadores do Palmeiras comemoram o gol de Rony contra a Ponte Preta
Análise: Palmeiras define vitória em 27 minutos com jogo agressivo e mostra evolução no seu estilo
Verdão pressiona muito, mostra volume, variação e faz 3 a 0 com tranquilidade na Ponte Preta
Aos 27 minutos do primeiro tempo, o Palmeiras já vencia a Ponte Preta por 3 a 0 no Allianz Parque, com 65% de posse de bola, além de seis finalizações contra nenhuma do adversário. Um domínio completo, que resultou na segunda vitória alviverde em dois jogos no Campeonato Paulista.
A principal marca do Verdão no jogo da última quarta foi a postura agressiva que adotou, mesmo que os jogadores ainda não estejam no seu ideal físico pelo começo de temporada.
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Jogadores do Palmeiras comemoram o gol de Rony contra a Ponte Preta — Foto: Cesar Greco
Com a marcação bastante adiantada, o Palmeiras não deu sossego para a saída de bola da Ponte Preta. E quando a roubava, sabia o que fazer com a posse. Esta, aliás, é uma evolução interessante da equipe no início de 2022.
O time com Abel Ferreira ficou conhecido por não ter a necessidade de jogar com mais posse de bola, mas para enfrentar equipes que jogam mais fechadas, como Novorizontino no domingo e Ponte na quarta, o Palmeiras tem trabalhado sem pressa e assim encontrou caminhos para criar suas chances.
Com uma escalação que é basicamente a mesma de 2021, exceto pelos reforços Marcelo Lomba e Murilo, o Verdão chegou aos seus gols com velhas armas: os dois primeiros a partir de escanteios de Gustavo Scarpa, sempre muito perigoso na bola parada, e o terceiro em um passe preciso de Raphael Veiga para Rony usar sua velocidade no campo de ataque.
Já que os reforços que chegaram rechearam o elenco, mas não mudaram a cara da equipe ideal, Abel tem desenvolvido e melhorado a base da escalação da final da Libertadores.
Jogadores do Palmeiras comemoram um dos gols contra a Ponte Preta — Foto: Marcos Ribolli
Gustavo Scarpa é a principal mudança. Contra o Flamengo, o camisa 14 foi um lateral-esquerdo que praticamente não subiu ao ataque. No Paulista, ele é um ponta que joga bem aberto no lado oposto de Dudu, enquanto Veiga se movimenta mais pelo centro, em alguns momentos até formando uma dupla de ataque com Rony.
Assim, com jogadores cada vez mais ambientados às ideias de Abel, o Palmeiras com os mesmos 11 teve momentos no jogo em que esteve no 3-4-3, em outros 4-3-3 e até como um 4-2-4. O técnico diz que, mais importante do que esquema, é os jogadores entenderem os movimentos a serem feitos com e sem bola.
Neste começo de preparação para o Mundial, o grupo tem dado mostras de que está entendendo. Depois de um primeiro tempo intenso, o time diminuiu o ritmo na etapa final, mas a partir das trocas voltou a sufocar a Ponte.
Além dos 100% de aproveitamento no Paulista, Abel já conseguiu usar 21 jogadores e assim vai dando rodagem ao grupo para o Mundial no começo do mês que vem. Um início da preparação com muito mais pontos positivos do que negativos.
O Palmeiras volta a campo no sábado, às 16h, contra o São Bernardo, fora de casa.
Por Thiago Ferri — São Paulo