Lisca e Ceni nos tempos de Ceará x Fortaleza, em 2019

Lisca x Ceni: técnicos de Santos e São Paulo foram rivais também no Nordeste; veja retrospecto

Nos quatro duelos entre Ceará x Fortaleza, o agora são-paulino está invicto contra o santista

Lisca e Rogério Ceni colocam à prova neste domingo, a partir das 19h (de Brasília), na Vila Belmiro, uma realidade nascida antes mesmo de assumirem Santos e São Paulo, respectivamente.

Os treinadores protagonistas do clássico paulista da 23ª rodada do Brasileirão carregam um passado importante no Nordeste, mais precisamente no Ceará.

Lisca, pelo Ceará, e Rogério Ceni, pelo Fortaleza, comandaram os dois grandes rivais cearenses em um período de ascensão de ambos para a Série A. Foram quatro jogos, todos em 2019, ano no qual a dupla se juntou novamente na elite do futebol nacional.

Neste duelo particular, Ceni leva a melhor. São duas vitórias para o treinador são-paulino e dois empates. Lisca, portanto, tenta a primeira vitória sobre o comandante com quem rivalizou nos tempos de Ceará x Fortaleza.

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O primeiro embate ocorreu pela segunda fase do Estadual e terminou empatado sem gols. Pela fase de grupos da Copa do Nordeste, nova igualdade, desta vez por 1 a 1.

Os dois treinadores voltaram a se encontrar na final do Campeonato Cearense de 2019, quando o Fortaleza de Rogério Ceni venceu os dois jogos: primeiro por 2 a 0 e depois por 1 a 0. São três anos desde então sem enfrentamento entre Lisca e Rogério Ceni.

Lisca e Ceni nos tempos de Ceará x Fortaleza, em 2019 — Foto: Thiago Gadelha

A vitória de Ceni na decisão do Cearense resultou na demissão de Lisca do Ceará. Embora em lados opostos pela grande rivalidade dos dois times, ambos sustentaram uma relação cordial, marcada por uma declaração de apoio do ex-goleiro.

Assim que soube da demissão de Lisca, Ceni criticou a diretoria do Ceará e defendeu a decisão de Lisca de poupar atletas em um duelo da Copa do Nordeste contra o Náutico. O ídolo são-paulino ainda elogiou o trabalho do então rival.

– Foi o dia que teve para poupar porque se não faz aquilo lá, ele perdia mais jogadores, e não teria como classificar contra o Floresta, não ia jogar contra nós. Eles fizeram uma opção, jogar com o titular contra o Corinthians. Lisca, em minha opinião, deixa o Ceará de forma injusta – disse Ceni, em abril de 2019.

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Lisca no Santos

Contratado para reorganizar a equipe do Santos após as eliminações na Copa Sul-Americana e Copa do Brasil, Lisca tem quatro jogos pelo Peixe, com pouco mais de 40% de aproveitamento dos pontos disputados.

Até aqui, o treinador soma empates contra Fortaleza e Fluminense, uma vitória diante do Coritiba, fora de casa, e o revés da rodada passada para o América-MG.

Lisca em Coritiba x Santos — Foto: Robson Mafra/AGIF

Ainda no início de sua passagem pela Vila Belmiro, o comandante tem trabalhado na compactação defensiva da equipe e na construção de um meio de campo com características de posse de bola. Uma das ideias de Lisca é mesclar a experiência de nomes como Carlos Sánchez (desfalque no clássico) e Maicon com a juventude dos meninos da Vila.

O treinador aprovou todos os quatro reforços contratados pelo Santos nesta janela de transferências, mas por enquanto mandou apenas Luan a campo. Neste domingo, contra o São Paulo, o treinador deve iniciar o clássico com Soteldo e Gabriel Carabajal entre os titulares e promover a estreia de Nathan, que trava disputa com Madson pela titularidade na lateral direita.

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Ceni no São Paulo

Um dos maiores ídolos do São Paulo, Rogério Ceni é responsável por comandar um projeto de reconstrução do clube. No ano passado, o treinador esteve à frente da equipe que evitou o rebaixamento na penúltima rodada do Brasileirão.

Somando as duas passagens, Ceni tem 105 jogos, com 46 vitórias, 33 empates e 26 derrotas (54,2% dos pontos). Somente na atual são 68 partidas com 32 resultados positivos, 20 igualdades e 16 tropeços, com um aproveitamento de 56,8% desde o ano passado.

Ceni comanda o São Paulo em duas semifinais: Copa do Brasil e Sul-Americana — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Em 2022, a equipe sob a direção do Ceni chegou à final do Paulistão e vive uma fase “copeira”, com classificações às semifinais da Copa do Brasil e da Sul-Americana. A disputa por um lugar no torneio nacional, inclusive, começa na quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), diante do Flamengo, no Morumbi.

Neste cenário, com um elenco desequilibrado e curto, principalmente pelo acúmulo de lesões, Ceni passou a priorizar os mata-matas e poupar peças importantes em jogos do Brasileirão, como deve ser o caso do clássico deste domingo.

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O São Paulo de Ceni busca a segunda vitória consecutiva no Brasileirão, embalado pelo 3 a 0 imposto ao Red Bull Bragantino no último domingo.

O grande objetivo de G-6 parece distante, mas nada que uma vitória sobre um velho rival não possa tornar tal meta mais próxima.

Por José Edgar de Matos e Yago Rudá — São Paulo