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O Brasil estreia na Liga das Nações feminina nesta terça-feira, contra o Canadá

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Liga das Nações de vôlei: confira o guia da competição feminina

Último teste rumo aos Jogos de Tóquio começa nesta terça-feira, em Rimini, na Itália. Com equipe completa, Zé Roberto Guimarães tenta acertar detalhes antes das Olimpíadas

Em um ciclo tão atípico, o último passo ganha uma importância ainda maior. A Liga das Nações feminina, que começa nesta terça-feira, é o grande teste rumo às Olimpíadas de Tóquio, daqui a menos de dois meses. Em formato de bolha, na cidade de Rimini, na Itália, a seleção brasileira vai tentar mostrar em quadra que terá condições de fazer frente aos principais rivais nos Jogos. Aqui, o ge apresenta um guia com tudo o que você precisa saber sobre a competição, que terá transmissão do SporTV2. 

O Brasil estreia na Liga das Nações feminina nesta terça-feira, contra o Canadá, às 16h (horário de Brasília). O SporTV2 transmite a partida, e ogeacompanha tudo em tempo real.

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FORMATO

Diante da pandemia de coronavírus, a Liga das Nações adotou um formato diferente para esta edição. Todas as seleções, tanto do feminino quanto do feminino, vão disputar a competição em uma única sede – Rimini, na Itália. 

Na primeira fase, cada equipe disputará 15 partidas. As quatro melhores seleções (não seis como de hábito) avançam às finais e disputam o título. As semifinais e finais femininas serão realizadas nos dias 24 e 25 de junho, respectivamente. 

A CIDADE

Rimini fica na região de Emília-Romanha perto da costa do Adriático, com típicas características de uma cidade medieval. A população do município, que fica a 337 km da capital Roma, não passa de 150 mil habitantes. As seleções, porém, ficarão em uma bolha fechada para diminuir os riscos de contágio por coronavírus. Então, nada de circulação fora do circuito hotel-ginásio.

Rimini é uma pequena cidade com traços medievais - Getty Images
Rimini é uma pequena cidade com traços medievais – Getty Images

PROTOCOLOS

Em meio à pandemia, a Liga das Nações terá uma série de protocolos rígidos para diminuir a possibilidade de contágio. As partidas serão disputadas em duas quadras, com quatro jogos por dia em cada uma. Serão três dias de duelos e três de descanso. No documento oficial do evento, a FIVB orienta uma série de condutas a serem realizadas durante as partidas. 

– Não haverá troca de lado de quadra; 

– Não haverá apertos de mão entre as equipes antes e depois dos jogos; 

– Apenas jogadoras que estiverem em quadra e os técnicos poderão ficar sem máscara; 

– Não haverá árbitro de linha; 

– Todos os participantes precisaram apresentar teste PCR negativo antes da viagem, além de outro na chegada; 

– Novos testes serão realizados a cada quatro dias;

– Mídia, a não ser equipe de transmissão dos jogos, não cobrirá os jogos presencialmente.

A SELEÇÃO BRASILEIRA

Seleção brasileira feminina de vôlei - Divulgação
Seleção brasileira feminina de vôlei – Divulgação

José Roberto Guimarães terá a equipe completa em Rimini. Apenas Natália, que passou por uma pequena cirurgia no dedo, será desfalque nos primeiros jogos. A ideia do técnico é dar o máximo de tempo de jogo possível para as principais jogadoras. Em seu único teste antes dos Jogos, o treinador vai usar a Liga das Nações como termômetro para definir a lista final para Tóquio. 

Sem uma estrela maior, mas com um grupo forte, o Brasil vai tentar fazer frente às principais rivais. Para isso, Zé Roberto aposta na boa fase de jogadoras como Gabi, Macris, Fernanda Garay, Carol Gattaz e Camila Brait, além de Natália, quando puder ficar à disposição.  

Na Liga, outras atletas, como Sheilla, vão em busca da melhor forma para garantir um lugar na lista olímpica. Rosamaria, que vem de duas boas temporadas na Itália, também vai tentar mostrar força para ganhar a confiança do técnico rumo aos Jogos. 

RIVAIS DESFALCADOS

Algumas das principais seleções decidiram não levar força máxima para a bolha em Rimini. Times como Sérvia, Itália e China, favoritos ao pódio olímpico, dividiram seus grupos e preferiram manter suas maiores estrelas apenas treinando para Tóquio. Por isso, nomes como Paola Egonu e Tijana Boskovic. As chinesas ainda estudam a possibilidade de contar com suas principais estrelas, como Ting Zhu, na reta final da competição. 

Karch Kiraly terá seleção completa - Getty Images
Karch Kiraly terá seleção completa – Getty Images

Por outro lado, Karch Kiraly também preferiu usar a Liga das Nações como teste para definir o grupo que vai levar a Tóquio. Assim, os Estados Unidos vão contar com suas principais estrelas, como Annie Drews, atual MVP da competição, Jordan Larson e Haleigh Washington. A Rússia, em busca de um retorno aos tempos áureos, também vai levar suas principais jogadoras, como as experientes Goncharova e Kosheleva. 

FIQUE DE OLHO

Ana Cristina é a grande aposta do Brasil na Liga. Aos 17 anos, a jovem ponteira tem sua primeira chance na seleção adulta após se destacar no Sesc-Flamengo durante a Superliga. Com muito talento e força física, a jogadora tem sido apontada como a maior promessa do vôlei brasileiro para os próximos anos. 

Ana Cristina é uma das apostas da seleção brasileira - Reprodução
Ana Cristina é uma das apostas da seleção brasileira – Reprodução

EM OUTRA VIDA…

Na última Liga das Nações, em um mundo pré-pandemia, em 2019, o Brasil fechou a competição em segundo lugar, depois de perder a final para os Estados Unidos. 

Brasil foi vice-campeão na última edição da Liga das Nações - Divulgação
Brasil foi vice-campeão na última edição da Liga das Nações – Divulgação

PREMIAÇÕES

A seleção que for campeã da Liga das Nações também voltará da Itália com o bolso cheio. A FIVB pagará US$ 1 milhão, cerca de R$ 5,3 milhões, ao vencedor. A Federação também pagará 500 mil dólares (R$ 2,6 milhões) para o vice-campeão, US$ 300 mil (R$ 1,6 milhão) para o terceiro colocado e mais US$ 150 mil (R$ 800 mil) para o quarto lugar.

TABELA

Primeira semana:

25/5 – Brasil x Canadá, 16h
26/5 – Brasil x República Dominicana, 13h
27/5 – Brasil x EUA, 14h30

Segunda semana:
31/5 – Brasil x Japão, 10h
1/6 – Brasil x Rússia, 16h
2/6 – Brasil x Itália, 16h

Terceira semana:
6/6 – Brasil x Sérvia, 11h
7/6 – Brasil x Bélgica, 16h
8/6 – Brasil x China, 11h

Quarta semana:
12/6 – Brasil x Polônia, 16h
13/6 – Brasil x Alemanha, 16h
14/6 – Brasil x Tailândia, 14h30

Quinta semana:
18/6 – Brasil x Coreia do Sul, 10h
19/6 – Brasil x Holanda, 14h30
20/6 – Brasil x Turquia, 16h 

Por João Gabriel Rodrigues – Rio de Janeiro

Globoesporte.globo.com

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