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O Palmeiras apresentou mais problemas do que de costume nos últimos dois jogos

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Análise: nova virada premia postura do líder Palmeiras e gera reflexo para a Copa do Brasil

Vitória com gols no fim sobre o São Paulo fez o Verdão manter os três pontos de vantagem na ponta do Brasileiro e deu ainda mais força no reencontro com o rival, agora pelo mata-mata

O Palmeiras apresentou mais problemas do que de costume nos últimos dois jogos pelo Brasileiro, especialmente na defesa. Ainda assim, esses dois confrontos fortaleceram ainda mais o líder do campeonato, com viradas gigantes. Nessa segunda-feira, a vítima foi o São Paulo.

A vitória por 2 a 1 dentro do Morumbi veio com gols já nos acréscimos do segundo tempo – o rival abriu o placar logo aos 17 minutos. Em desvantagem na maior parte do Choque-Rei, o Verdão mostrou por que se fala tanto do controle mental desta equipe.

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Jogadores do Palmeiras comemoram gol da virada sobre o São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

Jogadores do Palmeiras comemoram gol da virada sobre o São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

Sem Marcos Rocha, a comissão de Abel Ferreira preferiu mais uma vez jogar com Gustavo Gómez na lateral direita quando o Verdão defendia, tendo Luan e Murilo na zaga. Esta formação já apresentou problemas contra o Atlético-GO, mas a equipe se encontrou ofensivamente e conseguiu os quatro gols no fim daquele primeiro tempo.

No clássico, o problema se repetiu. Gómez e Dudu, o ala por aquele lado quando o Verdão atacava, não conseguiam acertar o posicionamento sem bola. E foi este o caminho para o São Paulo incomodar bastante no primeiro tempo.

Assim como na última quinta, o Palmeiras saiu atrás e foi aos poucos se recolocando no jogo. Mas o posicionamento escolhido deixou Dudu longe do ataque, tirando uma das principais forças ofensivas desta equipe. Ainda assim, o Verdão teve oportunidades para empatar na primeira etapa. A principal delas, com Gabriel Menino, foi defendida por Jandrei.

Diante da ausência de Abel, que testou positivo para a Covid, João Martins foi o técnico da noite e preferiu voltar do intervalo sem mudanças. A correção na direita veio com os mesmos que começaram o jogo, segurando um pouco mais Gabriel Menino na defesa e dando, enfim, liberdade a Dudu.

Ao longo da segunda etapa, o São Paulo foi recuando, deixando apenas Calleri para brigar com os zagueiros do Palmeiras. E o Verdão, com paciência, não escolheu apenas levantar bolas na área adversária de forma aleatória. Continuou tentando trocar passes, inverter jogadas, até achar o espaço.

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Com a entrada de Mayke no lugar de Luan, aos 17 do segundo tempo, o Palmeiras passou a jogar como está mais acostumado e começou a martelar o rival. Breno Lopes entrou 10 minutos depois e na primeira jogada acertou a trave. Apesar da insistência, nada de gols.

E então veio outra troca para sufocar ainda mais o São Paulo: Wesley entrou na vaga de Piquerez, e o jogo se baseou próximo da área tricolor. Diante da insistência, o empate veio com Gustavo Gómez, de cabeça, após mais uma assistência de Gustavo Scarpa.

O resultado já era muito bom para o Palmeiras, que assim seguia na liderança isolada do Brasileirão. Mas aos 50, depois de uma sequência de escanteios, Murilo virou para a explosão dos jogadores alviverdes no Morumbi.

Pensando apenas no Brasileiro, o resultado é muito importante, pois neste momento todos estão secando o líder. Uma derrota nessa segunda era a chance de embolar a ponta da competição.

A festa dos jogadores do Palmeiras após o gol de Murilo — Foto: César Greco

A festa dos jogadores do Palmeiras após o gol de Murilo — Foto: César Greco

Mas assim como aconteceu muitas vezes nas campanhas dos títulos de 2016 e 2018, o Palmeiras conseguiu um resultado que murcha os rivais.

Principalmente o São Paulo, que agora está dez pontos atrás e terminou o jogo com um gosto muito amargo, ainda mais tendo já nesta quinta-feira outro confronto com o Verdão no Morumbi, agora pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

A forma como transcorreu a vitória do Palmeiras vai gerar repercussões no estado anímico para o mata-mata. O Verdão, que já vinha em boa fase, chega ainda mais fortalecido. Além da bola que tem jogado em 2022, este time tem uma vontade de vencer que poucos têm.

Por Thiago Ferri — São Paulo

Ge.globo.com

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