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O tão ensaiado adeus de Gerson aconteceu.
Ao Vapo, com carinho: em jogo com mistura de sentimentos, Gerson se despede do Flamengo
Time vence o Fortaleza e faz comemoração coletiva em homenagem ao jogador, que se emocionou após a partida
O tão ensaiado adeus de Gerson aconteceu. Não teve o perseguido gol nas últimas partidas, mas foi com vitória por 2 a 1 sobre o Fortaleza para selar sua brilhante passagem pelo Flamengo. Teve mistura de sentimentos: gratidão, dever cumprido e saudade.
– Imagina se despedir do clube que quando você era criança sempre torceu, chorou na derrota, sorriu na vitória, e um dia tem a oportunidade de vestir a camisa. Imagina o que é ter que se despedir, o que passa pela cabeça – disse Gerson após o jogo.
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Veja os lances de Gerson, na despedida dele do Flamengo, contra o Fortaleza
O ponto alto foi a comemoração coletiva do “Vapo” no primeiro gol, marcado por Bruno Henrique. Uma bela homenagem para o companheiro, que seguirá para o Olympique de Marselha. Com o Maracanã vazio e silencioso, certamente muitos rubro-negros em “arquibancada home” repetiram o gesto.
Depois de uma semana de homenagens e expectativa, chegou o choque de realidade. Ainda no aquecimento Gerson viu no telão um vídeo com um agradecimento do presidente Rodolfo Landim e imagens de sua vitoriosa trajetória no Flamengo. Seu pai, Marcão, acompanhou tudo da arquibancada.
Time do Flamengo comemora o gol com homenagem a Gerson — Foto: Pedro Martins
Quando a bola rolou, a frieza de Gerson falou mais alto, embora não tenha tido uma partida com o brilho de seus melhores dias com a camisa rubro-negra. Por pouco o gol não saiu, como já havia acontecido em jogos anteriores. O camisa 8 teve uma boa chance, mas não conseguiu colocar a bola na rede.
Gerson ficou agachado, incrédulo. Sabia que seria difícil ter outra oportunidade daquela.
No apito final, Gerson liberou toda a carga emocional. Foi abraçado por companheiros, adversários e ganhou carinho do técnico Rogério Ceni. Antes de as luzes do Maracanã se apagarem, o telão ainda exibiu um “Obrigado, Gerson”.
– Voltei a ser torcedor. Espero um dia voltar e ser recebido de braços abertos – disse Gerson.
A Voz da Torcida – Arthur Muhlenberg: “A superioridade do Flamengo é absurda”
Por Fred Huber — Rio de Janeiro
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