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O técnico Gaúcho criticou a decisão da arbitragem por anular a expulsão

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Renato diz que Athletico empurrou o Flamengo para trás e critica expulsão anulada: “Passou dos limites”

Treinador do Rubro-Negro justificou opção por Rodinei e informou que Kenedy sentiu dores no aquecimento

O empate do Flamengo contra o Athletico, num dos três jogos atrasados que o Rubro-Negro carioca tem a cumprir – este da 4ª rodada -, foi frustrante para o time de Renato Gaúcho. Os cariocas abriram 2 a 0 e venciam até os acréscimos o adversário na Arena da Baixada.

Com dois gols de Gabigol, um de Renato Kayzer, que teve expulsão anulada após revisão do VAR, e outro de Bissoli, o resultado de 2 a 2 deixou o Flamengo com 50 pontos. A nove do Galo, que tem 59 e ainda tem um jogo a mais. Os mineiros jogam nesta quarta-feira, em Belo Horizonte, contra o Grêmio.

Renato Gaúcho durante a primeira etapa no empate de 2 a 2 entre Athletico-PR e Flamengo — Foto: Robson Mafra/AGIF

Renato Gaúcho durante a primeira etapa no empate de 2 a 2 entre Athletico-PR e Flamengo — Foto: Robson Mafra/AGIF

O técnico Renato Gaúcho criticou a decisão da arbitragem por anular a expulsão de Renato Kayzer.

– Se eu falar aqui da arbitragem tem duas coisas. Uma que eu não gosto de falar de arbitragem. Outra que as pessoas vão falar que é desculpa. Mas, hoje, a arbitragem passou dos limites. No lance do Kayzer, ele deveria ter sido expulso. Foi uma agressão por cima e por baixo. Tanto é que o juiz o expulsou na hora. E mais uma vez o VAR entrou em ação. Quando eu falo que o VAR apita o jogo, ninguém acredita. Aí tinha que fazer essa pergunta para o árbitro de vídeo. E ao mesmo tempo o do jogo. Mas eles não dão entrevistas. Eles vão embora. Na próxima rodada eles vão estar trabalhando de novo. Nós, que trabalhamos arduamente para buscar o resultado, somos os criticados – comentou o treinador, que citou o chefe de arbitragem da CBF e seguiu o desabafo.

– A pergunta que eu gostaria de fazer para o Gaciba e para os árbitros: no próximo jogo meu jogador pode dar soco então? Vai poder agredir? Mas pode olhar no VAR, não sangrou, não quebrou os dentes do adversário. O que precisa fazer para ser expulso? Esta é a pergunta que precisa ser feita para a arbitragem. Essas perguntas têm que ser feitas para o Gaciba. Não é possível. Está aí o lance: agressão. Por muito menos o jogador tem que ser expulso. E o jogador que foi expulso e voltou foi o que fez o primeiro gol. E fica por isso mesmo. Chegamos ao ponto do VAR não deixar um jogador que agrediu ser expulso. Mas, amanhã, os entendidos vão falar que estou dando desculpa. E esses mesmos se amanhã ou depois um jogador meu agredir um adversário, por muito menos, forem expulsos, vão dizer que foi justamente.

O treinador rubro-negro classificou como incompetência os erros da arbitragem mesmo com auxílio do VAR e criticou o futebol brasileiro.

– O futebol brasileiro ou ele muda ou está acabando. Eu sempre fui a favor do VAR. O VAR é uma ferramenta que é impossível de você errar. Para você ver como as pessoas que estão trabalhando no VAR são incompetentes. Porque não é possível você ter todo lance, de todos os ângulos e conseguir errado. E não falo só do jogo do Flamengo. Ou se muda isso ou o árbitro vai continuar errando. Eu gostaria de saber do árbitro de vídeo hoje, se tiver uma agressão como essa, se ele não vai expulsar o jogador. Gostaria de saber isso. Já que chegamos ao ponto de termos agressões permitidas no futebol.  O que eu vou fazer? Nadar contra a maré, dar soco em ponta de faca. Eu sou um treinador, eu tenho que treinar minha equipe. Mas está demais. Mas hoje foi demais. Sinceramente. Se eu visse esse lance em qualquer partida, eu nem teria que ir no VAR. Eu expulsaria na hora. E ele vai no VAR e volta atrás. Então, agora pode ter agressão no futebol. Se não quebrar e não sangrar nada, segue o jogo. Pelo menos foi o recado que mandaram hoje – disse Renato Gaúcho.

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Mesmo frustrado com o resultado, Renato não jogou a tolha na disputa do título brasileiro.

– Enquanto houver chances o Flamengo vai brigar. De hoje para amanhã diminuímos mais um ponto para o Atlético. Amanhã o Atlético tem o jogo dele. Depois temos nossos jogos atrasados e ainda tem muita coisa para acontecer. Eu continuo acreditando muito no Brasileiro da mesma forma que o meu time está acreditando – avisou Renato.

O treinador rebateu as críticas sobre suposta mudança de postura do time na segunda etapa.

– A equipe voltou a mesma para o segundo tempo. O problema é que o adversário começou a pressionar bastante, a empurrar nosso time lá para trás. E acontece no futebol. Não é só com o Flamengo, não. O adversário vem para o tudo ou nada e começa a lançar bolas longas. Você tem que se proteger e sair rápido, principalmente quando estiver com a bola. Tentamos isso algumas vezes, infelizmente não foi possível. Seguimos tomando pressão e, infelizmente, tomamos o gol.

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O treinador do Flamengo lamentou a falha no gol sofrido no fim da partida em jogada de bola parada. E também respondeu sobre a opção por Rodinei, pois não tinha Kenedy, que sentiu no aquecimento.

– As pessoas têm todo o direito de perguntar, mas não têm as informações daqui de dentro. O Kenedy viajou com o tornozelo inchado. Ele machucou durante o treino. Durante o intervalo do jogo, quando estava aquecendo, ele avisou a comissão técnica que não tinha as mínimas condições de entrar em campo, que o tornozelo estava inchado e estava dolorido. No segundo tempo ele tirou a chuteira e começou o tratamento. Não tinha o Kenedy no banco. As opções eram o Rodinei, e o Michael no fim do jogo cansou. E eu tinha o Vitor, que joga no lugar do Gabriel. Então, essas eram as minhas opções – analisou o treinador.

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Apagão no segundo tempo?

– Os apagões acontecem com qualquer equipe. Não é só no Flamengo, não. Também precisamos dar méritos para o adversário, que pressionou bastante, buscou espaços, tem um time bastante entrosado. Temos que dar os méritos para eles, não considero que deu apagão no time do Flamengo. O Flamengo brigou, lutou durante os 90 minutos. Tenho minha parcela pelo empate, sim. Mas se ele tivesse sido expulso, a história teria sido diferente no jogo.

Substituições

– Quando eu fiz as trocas basicamente iguais contra o Atlético e ganhamos foi tudo bem. Eu acho que o mais importante era as posições que tinham. E quando fiz as trocas, faltavam três ou quatro minutos de jogo. Não podíamos ter deixado tomar aquele gol praticamente no último minuto, faltando um minuto. Infelizmente, temos muita gente de fora, voltando de lesões. Jogadores suspensos e eu optei por isso porque eram as opções que tinha no banco.

Desgaste e queda de rendimento?

– É uma coisa que acontece em qualquer equipe. Essa pergunta as pessoas têm que levar em consideração porque eu não aguento mais responder. Começar a olhar o futebol também. O Flamengo vem jogando a cada três dias. Os jogadores são seres humanos, eles cansam, eles não param de treinar, viajar e jogar sempre uma decisão. Sempre gente machucada, sempre gente suspensa, as opções vão diminuindo. E o jogador é ser humano, ele cansa. Eu vejo jogadores disputando uma competição só com vários jogadores no departamento médico. Uma competição só. O Flamengo até ontem estava em três. O Flamengo não para. O Flamengo vem jogando assim há três meses. E até o final do ano vai continuar assim. Mas pessoas não querem saber se está machucado, está suspenso, se o jogador é humano ou não. Só querem saber do resultado. E o resultado, hoje, apesar do empate no fim do jogo, o Flamengo continua bem vivo no Campeonato Brasileiro.

Por Redação do ge — Curitiba, PR

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