Esporte
Pássaro e Freeland comandam futebol de Vasco e Botafogo
Chegadas x saídas e base x experiência: a reformulação dos times de Vasco e Botafogo
De olho na Série B, rivais que se enfrentam em clássico deste domingo mudam elencos
Além de todas as semelhanças do lado de fora do campo que unem Vasco e Botafogo, dentro das quatro linhas há questões que aproximam e separam as equipes que se enfrentarão às 18h (de Brasília) em São Januário neste domingo. A partida pela quarta rodada do Campeonato Carioca marca a primeira dos donos da casa com todos os titulares à disposição, mas os visitantes vêm jogando desde o início da competição com força máxima.
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O trabalho de reformular o elenco é comandado por diretores executivos. No Vasco, a missão é de Alexandre Pássaro. Eduardo Freeland é o responsável pela tarefa no Botafogo. Muito já foi feito, mas chegadas e saídas continuarão a acontecer pelo menos até o começo da Série B, o principal objetivo das equipes na temporada.
Pássaro e Freeland comandam futebol de Vasco e Botafogo — Foto: ge
IDAS…
O Vasco só começou a mexer no elenco após o rebaixamento ter sido confirmado, na última rodada do Brasileirão. Um pouco antes, é verdade, o clube decidiu pela saída de Vanderlei Luxemburgo e pela contratação de Marcelo Cabo, técnico que fez bom trabalho no Atlético-GO.
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Pássaro teve como primeira ação, em decisão conjunta com a comissão técnica, liberar atletas que não interessavam para a temporada. Oito já saíram, o que gerou uma economia estimada de R$ 7 milhões em salários – destaque ao encerramento de ciclo de Fernando Miguel e Yago Pikachu. Mas há outros atletas com férias estendidas, o que significa que o número vai aumentar.
O entendimento é de que o grupo de jogadores precisava, além de ser mais barato, dada a redução de R$ 100 milhões em receitas do clube, mudar. A direção busca dar qualidade e competitividade ao grupo.
Pikachu defenderá o Fortaleza após cinco anos de Vasco — Foto: Reprodução
Desde a chegada de Eduardo Freeland ainda antes do fim da temporada passada, a sensação era de que o planejamento para a Série B de 2021 já deveria ser feito. Até havia chances matemáticas da permanência, mas a prática já indicava a provável realidade. Poucos dias depois de chegar, o diretor de futebol começou a pensar no que estava por vir e reuniu-se com Eduardo Barroca e Tulio Lustosa para falar sobre saídas e chegadas.
Naquela conversa a intenção era falar de jogadores, mas acabou que o técnico e o então gerente de futebol saíram do clube, assim como alguns nomes com altos salários. Foi o caso de Cícero e Pedro Raul. O contrato do volante com o Bota se encerrou ao fim do Brasileirão e o atacante foi para o Japão.
Além do centroavante que disputou o posto de titular com Matheus Babi na temporada passada, o Botafogo tem outras saídas de jogadores que foram titulares. A principal é a de Caio Alexandre, que foi para a MLS e deixa 40% dos direitos ainda com o Botafogo. Ao todo 14 jogadores que estiveram na reta final da temporada passada deixaram o clube e outros sete não devem ser aproveitados.
Caio Alexandre foi a principal saída do Botafogo na temporada — Foto: Vitor Silva/Botafogo
… E VINDAS
Ernando, Marquinhos Gabriel e Zeca foram os três reforços anunciados pelo Vasco. Além deles, Morato tem acerto encaminhado. Embora tenha buscado nomes conhecidos (no caso dos três anunciados), a direção vascaína desejou rejuvenescer o elenco. A base terá mais espaço tanto que 21 jogadores formados em caso compõe o atual elenco.
Obviamente, como demonstrado em 2020, um grupo não pode ser formado apenas por jovens. É preciso dosar com atletas experientes. Está aí a dificuldade do Vasco: encontrar esse equilíbrio.
Ernando, Marquinhos Gabriel e Zeca são apresentados no Vasco — Foto: Rafael Ribeiro/Vasco
Mas enquanto muita gente sai, outro tanto chega. Por mais que não esteja nem na metade da quantidade de jogadores contratados em 2020 (foram 25 ano passado), a reformulação é grande. E o que também mudou foi o perfil de jogadores que chegam.
Das dez contratações realizadas pelo Botafogo até aqui, nove são de jogadores com experiência na Série B. Apenas o experiente zagueiro Joel Carli não chegou a atuar na segunda divisão. Com a chegada de atletas mais rodados – a média de idade é de 28 anos -, a intenção da diretoria é ter gente que chame a responsabilidade nos vestiários, algo que no ano passado ficou destinado a jovens revelados na base, como Caio Alexandre, Kanu e Marcelo Benevenuto.
Em entrevista recente ao ge, o diretor de futebol Eduardo Freeland disse que a tendência é que o Botafogo acerte com mais quatro ou cinco nomes nos próximos dois meses. Com jogadores recém-chegados para quase todas as posições, Marcelo Chamusca deu pistas na última entrevista coletiva dizendo que a tendência é que o clube aposte algumas fichas nas duas laterais, além do meio e do ataque.
Aposto do Botafogo é em jogadores com experiência na Série B — Foto: Vitor Silva/Botafogo
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Por Redação do ge — Rio de Janeiro