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Paulo Teixeira participa de Feira do MST em São Paulo

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Ministro de Lula vai à feira do MST, ironiza instalação de CPI e diz que presidente tem ‘gratidão’ ao movimento

Prestes a ter comissão no Congresso com grande parte da oposição na composição, Paulo Teixeira fala em conflitos causados pelo Abril Vermelho superados. Alckmin visitou evento representando presidente

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), ironizou a comissão parlamentar de inquérito (CPI) que irá investigar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e afirmou que o presidente Luiz Inácio da Lula da Silva (PT) tem “gratidão” pelo movimento. O sentimento do petista seria pelo tempo que integrantes estiveram acampados em frente à sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula ficou preso nos anos 2018 e 2019.

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Ao ironizar a CPI, Teixeira disse que os deputados vão encontrar “coisas gravíssimas” como suco de uva produzido sem trabalho escravo. A CPI que investiga o movimento foi desencadeada após uma série de invasões realizadas no mês passado, durante o chamado Abril Vermelho, e é vista com preocupação pelo governo, justamente pelo potencial de desgastes que pode gerar.

— Vão encontrar coisas gravíssimas. Suco de uva feito sem trabalho escravo, arroz integral. milho, soja não transgênica — afirmou o ministro pouco antes de subir ao palco da Feira Nacional da Reforma Agrária neste sábado, em São Paulo. A fala sobre o suco de uva faz uma referência indireta ao resgate de mais de 200 trabalhadores em condições análogas à escravidão em vinícolas no Rio Grande do Sul. A empresa fornecia mão de obra para grandes produtores de vinhos do país.

Como mostrou o GLOBO, os partidos já indicaram 13 dos 27 titulares para a CPI, todos com atuação contrária ao Planalto e alinhados à bancada ruralista. Muitos, inclusive, já criticaram publicamente o MST.

Além de minimizar os efeitos da comissão, Teixeira disse que o governo “quer paz no campo”, propósito que ele não vê na CPI.

— A CPI quer botar fogo nas relações — afirmou o ministro. — Se é para discutir paz no campo, não tem a ver com o MST — complementou.

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Teixeira garantiu que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), alvo de disputa interna no governo, ficará com o seu ministério.

— Não vão tirar a Conab da gente — afirmou o ministro, que foi aplaudido pela plateia.

‘Conflitos superados’

A presença de integrantes do governo na Feira Nacional da Reforma Agrária neste sábado ocorre após atritos do governo com o movimento, que promoveu uma série de invasões em abril deste ano.

Alckmin durante visita a feira do MST, em São Paulo — Foto: Bianca Gomes/Agência O Globo

Alckmin durante visita a feira do MST, em São Paulo — Foto: Bianca Gomes/Agência O Globo

Por Bianca Gomes — São Paulo

OGlobo.globo.com

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