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Pedro comemora com a taça do Campeonato Brasileiro

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Pedro faz balanço no Flamengo e planeja mais minutos em campo : “Tive que trabalhar o psicológico”

Com mais 7kg de músculos, atacante ficou contente com desempenho na temporada, mas diz que precisou de concentração extra para tentar ser decisivo mesmo começando no banco

Pedro terminou sua primeira temporada no Flamengo com muitos gols e títulos. O saldo foi positivo, mas o atacante não está acomodado com a situação em que terminou o Campeonato Brasileiro, como uma espécie de 12º jogador que começa no banco e entra em todos os jogos.

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Pedro durante o período de férias após a conquista do Brasileiro. Atacante ganhou 7kg de músculos no Flamengo — Foto: Reprodução Instagram

Pedro durante o período de férias após a conquista do Brasileiro. Atacante ganhou 7kg de músculos no Flamengo — Foto: Reprodução Instagram

Ser reserva mesmo com bons números e desempenho elogiado exigiram uma força mental grande. Toda a energia foi canalizada para tentar fazer diferença nos minutos que ganhava a cada partida.

– Tive que trabalhar muito o meu psicológico para poder aproveitar os minutos em que entrava. Não foi fácil, confesso. Requer ainda mais concentração e pontaria – disse Pedro.

No período em que está no Flamengo, o centroavante ganhou 7kg de músculos para conseguir suportar melhor as pancadas dos zagueiros. Em entrevista ao ge, Pedro contou sobre as conversas que teve com Rogério Ceni, Gabigol e afirmou que faz grandes planos com a camisa da seleção brasileira.

Confira:

Ge: Qual o balanço que você faz desta primeira temporada pelo Flamengo? Foi tudo como você imaginava?

Pedro: Extremamente positivo. Acredito que tenha conseguido corresponder sempre que fui solicitado. Dos seis campeonatos que disputamos em 2020, conquistamos quatro. Isso mostra que a nossa temporada foi muito boa. Lógico que tivemos alguns problemas, mas todos os clubes também tiveram pelo momento conturbado que vivemos no mundo. Pessoalmente me sinto peça importante da equipe. Não só pelos gols, mas pelas boas atuações. É evoluir para conquistar ainda mais.

Você não foi titular durante boa parte da temporada, mas ainda assim conseguiu números expressivos. Ficou satisfeito com seus números na temporada?

Dentro do tempo que tive em campo, acredito que tenha sido uma boa temporada. Mesmo com a minutagem baixa, consegui aproveitar bem as oportunidades. Tive que trabalhar muito o meu psicológico para poder aproveitar os minutos em que entrava. Não foi fácil, confesso. Requer ainda mais concentração e pontaria. Fazendo um balanço como um todo, acredito que contribui muito e em momentos decisivos para a equipe. Que 2021 seja ainda melhor.

Muitos dos gols que você marcou foram em momentos decisivos, importantes para o Flamengo. Tem alguma explicação para ter essa “estrela”?

Trabalho. Mesmo não sendo titular, procurei me manter concentrado naquilo que precisava fazer. No dia a dia procurava aprimorar ainda mais a minha finalização para ter essa margem de erro quase zerada. Tivemos um momento muito complicado após a goleada contra o Del Valle na Libertadores. Depois daquele jogo consegui ser peça importante do time. Acredito que esse poder de decisão venha da minha entrega e do meu psicológico.

Pedro comemora com a taça do Campeonato Brasileiro — Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Pedro comemora com a taça do Campeonato Brasileiro — Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

O Rogério Ceni afirmou que uma das angústias dele é tentar uma alternativa de te dar mais minutos. Como foram as conversas com ele? Com qual sentimento você terminou a temporada e com qual ânimo vai iniciar 2021?

Qualquer jogador do nosso elenco, pelo nível que possuímos, vai se incomodar com a reserva. Eu, Gabi, Arrascaeta, Everton Ribeiro…. Não existe profissionais de alto nível estarem confortáveis com a reserva. Quem não está entre os 11, está, e tem que estar, incomodado. Se um dia eu estiver feliz com a reserva, acho que tenho que encerrar minha carreira. O que me move a entrar bem, fazer gols e treinar com mais vontade é a busca pela titularidade. Tenho consciência de que estou totalmente pronto e preparado para estar entre os 11. E é isso que irei buscar em todos os treinamentos. Tenho convicção no meu trabalho e no meu futebol.

Há um debate recorrente sobre a viabilidade de se escalar você ao lado do Gabigol. Após um ano juntos, como você vê essa parceria? Vocês conversam sobre isso? Tentam se ajustar?

Eu vejo com os melhores olhos possíveis. Nós somos jogadores de características diferentes. Gabi mais de mobilidade, eu mais de área e pivô. Se o Rogério quiser, estaremos preparados para atendê-lo. Treinamos algumas vezes juntos e acredito que a resposta foi boa. Eu, Gabi e Rogério já conversamos muito sobre isso. Ele procura sempre nos passar o que precisamos fazer em caso de estarmos juntos em campo.

Este ano tem Eliminatórias, Copa América… Qual sua expectativa para a Seleção depois de ter tido uma convocação recente?

Nunca escondi que meu retorno ao Brasil, além de ser para realizar um sonho de estar no Flamengo, era também para estar mais perto da seleção. É um desejo, ambição e obsessão. Quero estar na Copa América, Olimpíadas, nas Eliminatórias e, claro, na Copa do Mundo. Esse é um dos meus objetivos pessoais: estar com a seleção na Copa de 2022.

Você ganhou quase 7 kg de massa magra desde que chegou ao Flamengo. Como foi esse desenvolvimento? Foi algo que partiu de você também? Que diferença você notou em campo?

Foi um trabalho desenvolvido pelo Flamengo em conjunto comigo. Desde a minha chegada estamos trabalhando essa parte física. Pela posição que jogo e maneira que atuo, fazendo o pivô, é importante está com o físico em dia para segurar as pancadas dos zagueiros. Tem me ajudado demais nos jogos e é uma das minhas evoluções nesta temporada. O Flamengo conseguiu aumentar minha massa magra sem que eu perdesse mobilidade.

Pedro exibe a medalha da conquista do título brasileiro — Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Pedro exibe a medalha da conquista do título brasileiro — Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Você conseguiu se entrosar rápido com o elenco. Mesmo nas folgas, mostra que está sempre junto com Vitinho, Everton Ribeiro e outros. Como é a sua relação com os jogadores fora de campo? O que gostam mais de fazer?

Minha relação é sensacional. Antes mesmo de vir para o Flamengo já saia e me dava super bem com o elenco. É uma relação sensacional. O grupo que nós temos é bom em todos os aspectos: trabalho e amizade. Eu sou mais caseiro. Gosto de estar sempre com a família e com as pessoas mais próximas. Além, claro, de ser viciado em Fifa e Call Of Duty.

Você é torcedor assumido do Flamengo. Qual foi a sensação de conquistar um título tão importante como o Brasileiro? Como foi a comemoração com a família?

Foram 48h praticamente sem dormir. É uma sensação que não consigo descrever. Estava na arquibancada em 2009 e 12 anos depois comemorando em campo, sendo importante em muitos jogos. Sem clichê, um sonho realizado. Eu ainda estou em êxtase. Espero que a gente possa manter essa sequência de conquistas nessa temporada. O nosso elenco é movido a títulos.

Por Felipe Schmidt e Fred Huber — Rio de Janeiro

Globoesporte;globo.com

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