Economia
Pelo lado negativo, os transportes recuaram 0,3%, após terem avançado 2,2% no mês anterior
Setor de serviços cresce pelo segundo mês seguido e fecha o primeiro semestre em alta de 4,7%
Avanço faz o setor responsável por 70% do PIB operar 12,1% acima do patamar pré-pandemia, mostra IBGE
O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 0,2% em junho, o segundo mês seguido no campo positivo. Com a alta, o setor fecha o primeiro semestre com avanço de 4,7%, de acordo com dados revelados nesta quinta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado positivo faz o setor responsável por cerca de 70% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional operar 12,1% acima do patamar pré-pandemia e 1,5% abaixo do ponto mais alto da série histórica da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), alcançado em dezembro do ano passado.
Somente em maio e junho, o setor acumula alta de 1,6% e repõe a perda registrada no mês de abril. Na comparação com junho do ano passado, o volume de serviços cresceu 4,1%, 28ª taxa positiva consecutiva nessa base de comparação. Nos últimos 12 meses, o ramo acumula ganho de 6,2%.
No mês de junho, os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,8%) recuperaram parte da queda (-1,2%) acumulada nos dois meses anteriores. Já os serviços de informação e comunicação (0,5%) ficaram no campo positivo pelo segundo mês seguido, acumulando alta de 1,3% no período.
Com avanço de 1,9% em junho, os serviços prestados às famílias acumulam ganho de 4,1% nos últimos três meses. “O segundo maior impacto sobre o índice geral veio dessa atividade, que foi impulsionada pelo crescimento da receita de empresas de restaurantes e de espetáculos teatrais e musicais”, destaca Rodrigo Lobo, gerente responsável pela pesquisa.
Pelo lado negativo, os transportes recuaram 0,3%, após terem avançado 2,2% no mês anterior. No ramo de passageiros, a queda foi maior, de 1,2%, na comparação com o mês de maio. Ao mesmo tempo, a área de cargas avançou 0,6% na mesma comparação, o que coloca o segmento no ponto mais alto da série histórica da pesquisa.
Há três fatores que explicam esse desempenho: o escoamento da produção agrícola, que está atingindo recordes de safra, o boom do comércio eletrônico, que gera uma grande demanda para o setor de transportes de cargas, e o transporte de mercadorias industriais, como os bens intermediários e os bens de capital, que operam acima do nível pré-pandemia”, destaca Lobo.
Nos seis primeiros meses do ano, o avanço do setor de serviços foi impulsionado por quatro das cinco atividades pesquisadas pelo IBGE, com destaque para o ramo de transporte, serviços auxiliares aos transportes e correio (5,6%).
Também cresceram no período as atividades de informação e comunicação (5,3%), serviços profissionais, administrativos e complementares (4,4%) e serviços prestados às famílias (5,8%). Já o segmento de outros serviços ficou estável (0%).
Rodrigo Lobo, gerente responsável pela pesquisa, ressalta que os números evidenciam uma perda de ritmo do setor na comparação com os últimos dois anos. “Nos transportes, que exerceram o principal impacto no acumulado, os destaques são o rodoviário de cargas, o rodoviário coletivo de passageiros e o aquaviário de cargas”, explica ele.
“A segunda maior influência veio de informação e comunicação, impulsionada pelo crescimento na receita das empresas de telecomunicações e desenvolvimento e licenciamento de softwares”, completa Lobo.
- ECONOMIA | Do R7