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PF acha dólares e diamante em operação contra comércio ilegal de ouro na Terra Yanomami

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PF faz operação contra garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami; suspeitos movimentam R$ 422 milhões em 5 anos

Empresários, advogados e servidor da prefeitura de Boa Vista estão entre os investigados. Dinheiro chegava por terra a Roraima, e ouro saía em aeronaves. Suspeitos contavam com colaboração de funcionário de companhia aérea, segundo a PF.

A Polícia Federal começou a cumprir na manhã desta terça-feira (14) mandados de busca e apreensão contra suspeitos de integrar uma quadrilha envolvida na compra de ouro extraído ilegalmente da Terra Indígena Yanomami, em Roraima.

Segundo a PF, a organização criminosa movimentou R$ 422 milhões em 5 anos. Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima e são cumpridos em Goiás, São Paulo e Roraima.

A Terra Indígena Yanomami é a maior reserva indígena do Brasil e, desde a década de 1980, é alvo de garimpeiros ilegais. A busca pelo minério se intensificou nos últimos anos, causando a degradação da floresta e ameaçando a saúde de indígenas, com quem os criminosos têm mantido conflitos (entenda os confrontos na terra Yanomami).

Entre os investigados na operação desta terça-feira estão empresários, advogados e um servidor público de Boa Vista, capital de Roraima (veja a lista abaixo). Uma empresa é investigada por envolvimento com uma carga de 111 kg de ouro apreendida em um avião em Goiânia (GO), em 2019.

Na casa de um dos alvos, foram apreendidos diamantes, como mostra a foto abaixo.

Diamantes apreendidos na casa de um dos alvos da operação Auris Alva, que investiga compra de ouro da Terra Indígena Yanomami — Foto: Divulgação/Polícia Federal

Diamantes apreendidos na casa de um dos alvos da operação Auris Alva, que investiga compra de ouro da Terra Indígena Yanomami — Foto: Divulgação/Polícia Federal

Dinheiro chegava por terra, e ouro saía em aeronaves

Segundo a PF, o dinheiro usado para comprar o ouro chegava até Boa Vista principalmente por via terrestre, em viagens que levavam mais de uma semana.

A saída do ouro de Roraima era por via aérea, em aeronaves. Segundo a PF, a quadrilha contava com a colaboração de um funcionário de uma companhia aérea que auxiliava no despacho do mineral. O nome da companhia não foi divulgado.

As investigações começaram após a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreender mais de R$ 4 milhões em espécie em um veículo no município de Cáceres, no Mato Grosso.

QUEM SÃO OS ALVOS

Robson Barradas de Souzabusca e bloqueio
Anderson Galego da Luzbusca e bloqueio
Ronaldo Alcoforado dos Santosbusca e bloqueio
Lucan Pereira de Limabusca e bloqueio
Carlos Alberto Dieguesbusca e bloqueio
Marcus Paulo Moura Fortunabusca
Cleuvio Esdras Castro Queirozbusca
Cezar Chammabusca
Felipe Mendes Barbosabusca
Vilkson Cristian Moraes de Almeidabusca e bloqueio
Arlan Douglas Vieira dos Santosbusca e bloqueio
João de Deus Pereira Barrosbusca e bloqueio
Ana Paula Gibim de Freitasbusca e bloqueio
Ammar Alshikh Mohamadbusca
RJR MINAS EXPORTbusca e bloqueio
ADV dos Santos (Ronaldo Camarão)busca e bloqueio
Pacheco FH LTDAbloqueio
Da Silva e Cia LTDAbloqueio
Akyllas (A. J. Almeida Souza Eirelli)bloqueio
Goyaz Gold Comércio e Exportação de Minériobloqueio
Pereira Comercialbloqueio
Pellegrini da Silva e Soares Silva LTDAbloqueio
João Maciel Duarte Vieirabloqueio
João Felipe da Costa Filhobloqueio
ESN ARQUITETURA LTDAbloqueio

Até a última atualização desta reportagem, o g1 tentava contado com os nomes citados.

Por César Tralli e Valéria Oliveira, TV Globo e g1 RR — Boa Vista

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