SIGA O 24H

.Sem Categoria

Portugal marca contra o Uruguai no fechamento da segunda rodada

Publicado

em

Compartilhar isso...

Favoritismos da Copa #3: veja chances de vitória na 3ª rodada e de classificação em cada grupo

Detalhamos o potencial de vitória de cada seleção com base no retrospecto em campo nos últimos dois anos e chances de ficarem na primeira ou na segunda posição de cada grupo

Assim como na primeira rodada, os favoritos venceram nove de 16 partidas na segunda rodada. Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, o Espião Estatístico apresenta um levantamento próprio com as chances de as seleções terminarem a primeira fase em cada posição, assim como as probabilidades de cada resultado nos jogos da segunda rodada da fase de grupos. A cada nova rodada de jogos, as probabilidades mudam, e vamos acompanhar.

+ Veja a tabela da Copa do Mundo

+ Gana é o adversário mais provável do Brasil nas oitavas de final

Portugal marca contra o Uruguai no fechamento da segunda rodada — Foto: REUTERS/Lee Smith

Portugal marca contra o Uruguai no fechamento da segunda rodada — Foto: REUTERS/Lee Smith

Como parâmetros, o economista usou dados posicionais e de finalizações feitas e sofridas de jogos de Eliminatórias, amistosos e outras competições, como Liga das Nações, da Europa, assim como de outros torneios continentais. Também foram considerados o Ranking da Fifa e características técnicas de atletas que atletas que estarão no Mundial. No final do texto, apresentamos uma metodologia.

+ Leia mais sobre a seleção brasileira na Copa do Mundo

+ Mesmo fora da 2ª rodada, Neymar é o jogador com mais faltas sofridas na Copa

O quadro abaixo mostra as chances estatísticas de cada país terminar a primeira fase em cada colocação e, mais à direita, as chances de cada um passar para a próxima fase de acordo com a produtividade de cada um antes da Copa. A cada jogo realizado, essas chances vão sendo alteradas.

Chances por país na fase de grupos da Copa do Mundo (Em %)

Grupo AIr para oitavas
Holanda60,7338,9999,72
Equador29,4836,666,08
Senegal9,7924,4134,2
Catar00
Grupo BIr para oitavas
Inglaterra79,5520,2799,82
Irã11,538,8750,37
Estados Unidos8,8634,9243,78
País de Gales0,095,946,03
Grupo CIr para oitavas
Polônia47,529,0476,54
Argentina46,4819,7666,24
Arábia Saudita6,0226,432,42
México024,824,8
Grupo DIr para oitavas
França99,990,01100
Dinamarca051,7651,76
Austrália0,0144,5744,58
Tunísia03,663,66
Grupo EIr para oitavas
Espanha85,8313,1999,02
Alemanha053,8153,81
Japão9,641625,64
Costa Rica4,531721,53
Grupo FIr para oitavas
Marrocos19,4365,0184,44
Croácia52,2421,7473,98
Bélgica28,3313,2541,58
Canadá00
Grupo GIr para oitavas
Brasil99,410,59100
Suíça0,5957,0157,6
Sérvia034,7834,78
Camarões07,627,62
Grupo HIr para oitavas
Portugal95,874,13100
Gana4,1347,5951,72
Uruguai035,1935,19
Coreia do Sul013,0913,09

Fonte: Bruno Imaizumi/Espião Estatístico

Terceira rodada

Abaixo, apresentamos as chances estatísticas de cada resultado para os 16 jogos da terceira rodada da Copa com um pequeno comentário a partir dos dados analisados. Cada equipe carrega seu potencial defensivo e ofensivo, mas é o que apresentam em campo que vale.

Grupo A

Holanda x Catar

 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

  • Primeira seleção eliminada, Catar também se destacou negativamente pelos cartões amarelos: recebeu sete. A Arábia Saudita recebeu oito. Contra o Equador, na segunda rodada, a Holanda só conseguiu fazer duas finalizações, depois de ter feito fez contra Senegal. É de se esperar que finalize mais e que vença os donos da casa. Até aqui, tem a oitava maior precisão, um gol a cada quatro tentativas, mas devido à baixíssima produtividade contra o Equador, está entre as equipes que menos finalizaram.

+ Leia mais sobre a seleção da Holanda

+ Leia mais sobre a seleção do Catar

Equador x Senegal

 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

  • A partida decide a segunda vaga no grupo. E Senegal tem cinco jogadores com um cartão amarelo. Vão tomar mais cuidado na partida? Equador chega para essa decisão com um gol a cada 6,3 tentativas, e Senegal, com um gol a cada 8,3. As duas equipes têm características parecidas em relação a arriscar de fora da área, mas cada um tem três gols, todos de dentro da área.

+Leia mais sobre a seleção do Equador

+Leia mais sobre a seleção do Senegal

Grupo B

Irã x Estados Unidos

 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

  • Os Estados Unidos precisam vencer para conseguir a classificação. O empate classifica o Irã. Só que, pelo menos até aqui, os EUA não têm uma seleção muito ofensiva, pelo contrário: sua média é de 8 finalizações por partida. E para piorar, em 16 conclusões só conseguiu duas finalizações certas (uma virou gol). E vão precisar de muita, mas muita, cautela para buscar os três pontos porque o Irã tem a maior marca de finalizações em contra-ataques, foram dez: duas na derrota por 6 a 2 contra a Inglaterra e oito na vitória por 2 a 0 sobre Gales, quando além de um gol em contragolpe, ainda exigiu duas defesas difíceis, além de acertar a trave duas vezes. É um risco imenso se expor contra o Irã. O desafio será dosar agressividade e cautela. O Irã tem a quinta maior média de finalizações (14,5), com um gol a cada 7,3 chances.

+ Leia mais sofre a seleção do Irã

+ Leia mais sobre a seleção dos Estados Unidos

País de Gales x Inglaterra

 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

  • Gales tem uma missão impossível pela frente: derrotar a Inglaterra e torcer pelo empate entre Irã e Estados Unidos para se classificar pelo saldo de gols… Os heróis sempre conseguem cumprir as missões impossíveis no cinema. Vamos ver na realidade. A Inglaterra tem um gol a cada 3,3 finalizações, enquanto Gales fez um gol em 13 arremates.

+ Leia mais sobre a seleção do País de Gales

+ Leia mais sobre a seleção da Inglaterra

Grupo C

Polônia x Argentina

 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

  • A Argentina precisa vencer para garantir a classificação. A Argentina tem médias de 9,5 finalizações por partida e um gol a cada 6,3 tentativas. A Polônia, 7,5 conclusões por jogo e um gol por partida. Uma diferença marcante é que a Argentina arrisca de fora da área (oito vezes), mas a Polônia quase nunca (uma). E entrar na área argentina é extremamente difícil: em dois jogos, a Argentina sofreu apenas sete finalizações e apenas quatro de dentro da área (e levou dois gols). O México só conseguiu fazer uma, uma!, finalização de dentro da área da Argentina. Mas o empate favorece a Polônia.

+ Leia mais sobre a seleção da Polônia

+ Leia mais sobre a seleção da Argentina

Arábia Saudita x México

 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

  • O México é uma das três seleções (de 32) que ainda não conseguiram fazer gol nesta Copa. Precisa vencer e torcer por vitória da Polônia sobre a Argentina. A Arábia Saudita fez dois gols na Argentina com apenas três finalizações. Contra a Polônia fez 16 conclusões e exigiu três defesas difíceis. Se a Arábia Saudita vencer, está classificada. Deve colocar pressão. Em dois jogos, o México sofreu apenas cinco finalizações certas, com dois gols sofridos e uma defesa difícil.

+ Leia mais sobre a seleção da Arábia Saudita

+ Leia mais sobre a seleção do México

Grupo D

Tunísia x França

 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

  • A França tem Mbappé, o jogador com mais finalizações na Copa (dez) e co-artilheiro da competição, com três gols. Só isso já seria um problemaço para a Tunísia, mas não para por aí: a seleção francesa fez 41 finalizações em dois jogos contra Austrália e Dinamarca, com seis gols marcados, um gol a cada 6,8, uma eficiência mediana, mas com um volume que compensa. Além disso, a Tunísia não fez gol em 25 tentativas, com apenas cinco finalizações certas, exigindo apenas uma finalização difícil.

+ Leia mais sobre a seleção da Tunísia

+ Leia mais sobre a seleção da França

Austrália x Dinamarca

— Foto: Espião Estatístico

  • Na prática, estão disputando a segunda vaga do grupo. Quem vencer, leva. A Austrália conseguiu 11 finalizações contra França e Tunísia, sendo oito delas em jogadas aéreas. Aparentemente, vai finalizar mais nesta partida porque até aqui, a defesa dinamarquesa foi uma peneira, com 32 finalizações sofridas (12 contra a Tunísia, 20 contra a França) sendo 20 delas a partir de jogadas aéreas, mas só sofreu um gol assim, além de uma defesa difícil. Muito provavelmente, veremos a Austrália levantando a bola. Já a Dinamarca aposta mais no jogo rasteiro (11 de 18 conclusões), mas o único gol marcado foi conquistado em um escanteio, contra a França, de cabeça. Não será surpresa se o jogo ficar muito aéreo. A Austrália sofreu 34 finalizações, metade pelo alto e metade em jogadas rasteiras. Mas três dos quatro gols sofridos pelos australianos nasceram em cruzamentos.

+ Leia mais sobre a seleção da Austrália

+ Leia mais sobre a seleção da Dinamarca

Grupo E

Japão x Espanha

— Foto: Espião Estatístico

  • Chegou-se a um ponto em que a expectativa está mais relacionada a que sorte vai ter o Japão em campo porque sofreu 25 finalizações da Alemanha e venceu por 2 a 1, e perdeu por 1 a 0 para a Costa Rica, que concluiu quatro vezes. Nos dois jogos, metade das finalizações foi pelo alto (13 contra a Alemanha) e metade por baixo. A Espanha joga com a bola rasteira, construindo em trocas de passes 20 das 23 finalizações feitas. O Japão sofreu um gol de pênalti e um em jogada rasteira. A Espanha tem um gol a cada 2,9 tentativas, o Japão, a cada 12,5.

+ Leia mais sobre a seleção do Japão

+ Leia mais sobre a seleção da Espanha

Costa Rica x Alemanha

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

  • A Costa Rica ficou em uma situação muito desagradável na Copa. Se vencer, se classifica. Mas como foi goleada pela Espanha na primeira rodada por 7 a 0, a Alemanha precisa golear porque, no fim das contas, o Japão pode vencer e deixar a Espanha com os mesmos quatro pontos que a Alemanha terá se vencer. Aí vai para o saldo de gols e gols marcados. A Costa Rica sofreu 29 finalizações, 24 delas em jogadas rasteiras. Seis gols foram sofridos em jogadas rasteiras. A Alemanha tem 33 finalizações em jogadas, alternando bola altas e baixas. Tem um gol de pênalti e um de falta. Contra a Espanha, fez apenas três finalizações no primeiro tempo e sete no segundo. Está instável na Copa, mas a goleada sofrida pela Costa Rica contra a Espanha dificulta imaginar uma nova zebra. Mas é futebol, como mostrou o Japão até aqui.

+ Leia mais sobre a seleção da Costa Rica

+ Leia mais sobre a seleção da Alemanha

Grupo F

Croácia X Bélgica

 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

  • A ver que Bélgica estará em campo: a que levou 22 finalizações do Canadá na estreia ou a que sofreu dez finalizações contra a Marrocos. No ataque, a Bélgica fez 19 finalizações (sete aéreas), e a Croácia, 17 (cinco aéreas). As duas seleções estão chegando mais ao ataque com bolas rasteiras, a Croácia com um gol a cada 4,3 tentativas, a Bélgica com um a cada 19. Entre quem já conseguiu fazer gol, só o Canadá está pior (um gol em 30 conclusões). Tem tudo para ser um jogaço. A Bélgica precisa vencer para se classificar, e as duas defesas vêm mostrando um bom trabalho, a Croácia com um gol sofrido em 15 conclusões contrárias, e a Bélgica com dois gols sofridos em 32 conclusões contrárias, ambas com praticamente a mesma resistência.

+ Leia mais sobre a seleção da Croácia

+ Leia mais sobre a seleção da Bélgica

Canadá x Marrocos

 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

  • Tem uma classificação caindo no colo de Marrocos, mas surpresas não faltam nesta Copa… Se Marrocos empatar, está classificado. O Canadá tem a quarta maior média de finalizações na Copa (15 por jogo), mas só conseguiu fazer um gol em 30 tentativas. Marrocos tem média de 8,5 finalizações por partida, mas conseguiu dois gols. As duas equipes têm muitas dificuldades para acertar o gol, com apenas 5 e 6 conclusões que chegaram no gol, respectivamente, consequência de arriscarem muito de fora da área: 11 do Canadá e nove de Marrocos, que fez um gol assim, em cobrança de falta direta.

+ Leia mais sobre a seleção do Canadá

+Leia mais sobre a seleção do Marrocos

Grupo G

Camarões x Brasil

 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

  • Quando chegarem os mata-matas, um pequeno erro pode ser fatal, mas até aqui, a seleção brasileira tem mostrado uma precisão incrível. Ofensivamente, é a equipe da primeira fase com mais finalizações certas (14); defensivamente, é a que mais fez desarmes (21) e a segunda que menos faltas cometeu, ou seja, é muito combativa indo na bola. Futebol não é preciso, mas a seleção brasileira é. Só que Camarões também é preciso: tem o terceiro maior número de finalizações certas da Copa (12). As duas seleções têm três gols marcados. Mas a equipe brasileira já mostrou ter maturidade suficiente para se preparar e entrar em campo sabendo que enfrentará um adversário perigoso, que mudou de comportamento na Copa: na estreia, fez sete finalizações, seis em jogadas rasteiras e perdeu por 1 a 0. No segundo jogo, das 12 finalizações, cinco nasceram em jogadas aéreas, que resultaram em dois gols. Camarões gostou de fazer lançamentos longos da defesa para pegar o adversário desprevenido (três vezes contra a Sérvia e mais um do meio-campo).

+ Leia mais sobre a seleção de Camarões

+ Leia mais sobre a seleção do Brasil

Sérvia x Suíça

 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

  • A não ser que Camarões derrote o Brasil, quem vencer este jogo se classifica. Se Camarões vencer, vai para o saldo de gols caso a Sérvia vença ou no caso de empate. É esse tipo de seriedade que se espera da seleção brasileira. A Sérvia tem um problemaço porque na Copa sua defesa tem ficado muito exposta, com o dobro de finalizações contrárias na comparação com a Suíça (34 a 17). A Suíça sofreu um gol, a Sérvia cinco. Só que o ataque da Sérvia está bem mais preciso, com um gol a cada 6,7 tentativas, e a Suíça, com um gol a cada 12. As duas equipes arriscam muito pouco de fora da área. E isso é bom para elas.

+ Leia mais sobre a seleção da Sérvia

+ Leia mais sobre a seleção da Suíça

Grupo H

Coreia do Sul x Portugal

 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

  • A situação é tão crítica que a Coreia do Sul pode vencer e ainda assim ser eliminada mesmo com um empate no jogo Gana x Uruguai. A não ser que vença por dois gols de diferença. Portugal tem cinco jogadores com um cartão amarelo e, já classificado, seria de se esperar que poupasse todos eles. Para que correr riscos neste caso? Quem tem de se arriscar é a Coreia do Sul, mas Portugal tem seis finalizações em contra-ataques (terceira maior marca) que resultaram em dois gols (maior marca). Portugal tem um gol a cada 5,2 finalizações, e a Coreia do Sul, a cada 11,5.

+ Leia mais sobre a seleção da Coreia do Sul

+ Leia mais sobre a seleção de Portugal

Gana x Uruguai

 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

  • Gana finaliza pouco, em média sete vezes por jogo, mas tem um aproveitamento incrível, um gol a cada 2,8 tentativas, a maior eficácia da Copa. O Uruguai é duplamente o contrário: no ataque, ainda não fez gol em 18 finalizações; na defesa, não levou qualquer finalização certa contra a Coreia do Sul, e contra Portugal foram apenas quatro finalizações contrárias certas, com dois gols sofridos e duas defesas difíceis.

+ Leia mais sobre a seleção de Gana

+ Leia mais sobre a seleção do Uruguai

Metodologia

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar a primeira fase da Copa em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. O estudo foi desenvolvido a partir de dados de diversas fontes, como Futhead, Globo, Fifa, Footstats e Opta.

– Campeonatos de pontos corridos, como o Brasileirão, são mais fáceis de prever porque a influência do acaso tende a ser diluída entre as várias rodadas. Em Copas do Mundo, a tarefa é mais difícil, já que o acaso tem peso maior, e os times só podem reverter um tropeço na primeira fase. As estruturas das chaves também serão bastante decisivas para a competição, já que podemos ver duelos entre os times considerados favoritos nas próximas fases – ressaltou o economista Bruno Imaizumi.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Leonardo Martins, Roberto Maleson e Valmir Storti.

Por Valmir Storti* — Rio de Janeiro

Ge.globo.com

COMENTÁRIOS

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade