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Cultura

Projeto Viva o Semiárido na SAF, a campanha tem um caráter informativo e educativo

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Mulheres participam de encontro para debater equidade e educação no campo

A campanha “Quanto mais muié, mió” aborda questões de gênero e busca aumentar o número de mulheres em cursos técnicos.

A Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF) realizou, nessa sexta-feira (27), o primeiro encontro presencial da campanha “Quanto Mais Muié Mió”, uma ação que faz parte do Projeto Viva o Semiárido (PVSA). O evento ocorreu no auditório da Paróquia Sagrada Família, no município de Oeiras, e reuniu estudantes, professores e egressas das Escolas Família Agrícola São João da Varjota e Dom Edilberto, que são as escolas piloto da campanha.

A programação incluiu troca de experiências exitosas de mulheres que ingressaram no ensino técnico, oficinas e a apresentação da Trupe de Mulheres Esperança Garcia e das estratégias de campanha. “Quanto Mais Muié Mió” tem o objetivo de abordar questões de gênero, a jornada de trabalho das mulheres e os desafios para garantir uma educação técnica igualitária e cidadã.

O padre João de Deus de Carvalho, que é coordenador do Centro Educacional São Francisco de Assis (Cefas) e presidente da Fundação Dom Edilberto Dinkelborg (Funded), destacou a importância do encontro para a construção de uma sociedade com mais equidade para homens e mulheres. “Recebemos com muita alegria esse encontro. Desejo que aqui sejam plantadas sementes para a construção de uma sociedade mais inclusiva. É importante que as mulheres tenham cada vez mais consciência do seu papel e seu valor, seja no campo ou na cidade. Ainda convivemos com uma realidade machista e excludente. É momento de dar as mãos e somar os dons para multiplicar conhecimento e transformação”, afirmou o anfitrião do evento.

De acordo com a assessora técnica do Projeto Viva o Semiárido na SAF, Lúcia Araújo, a campanha tem um caráter informativo e educativo, propondo um debate sobre o protagonismo das mulheres na educação do campo e no ensino técnico agropecuário. Além disso, segundo ela, conta com a busca ativa com as equipes de gestão das Escolas Famílias Agrícolas (EFAs) em busca de novas matrículas de jovens mulheres com interesse em estudar em escolas agrícolas. “Acreditamos que, juntos, caminharemos em direção a uma prática pedagógica que favoreça, além de novas matrículas, a permanência e o êxito de mulheres nas Escolas Famílias Agrícolas”, esclarece Lúcia.

Troca de experiências

Maria Madalena, uma das jovens mulheres que apresentou sua experiência no evento, falou sobre a mudança de perspectiva que a educação trouxe para a vida pessoal, familiar e comunitária. “O conhecimento técnico nos permite acreditar nas nossas potencialidades e desenvolver a agricultura de modo que ela se torne o nosso empreendimento. Por meio dessa formação, conseguimos fazer histórias de trocas de aprendizados, expandir nossos horizontes e sonhar”, comenta a agricultura.

Representando a secretária de Estado da Agricultura Familiar, Patrícia Vasconcelos, a diretora estadual de Crédito Fundiário, Neuma Café, agradeceu a oportunidade de participar do encontro pela riqueza e troca de experiências. “O nome da campanha foi muito bem pensado. Nós, mulheres, já somos maioria da população, do eleitorado. No entanto, isso ainda não se reflete nos espaços de poder e na sociedade como um todo. Então, quanto mais mulheres conscientes disso, melhor. Que elas possam buscar e defender esse protagonismo no campo também”, pontuou a gestora.

O encontro contou com a presença de representantes e parceiros da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), da Coordenadoria de Políticas para as Mulheres (CEPM), do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), da Associação das Escolas Família Agrícola (Aefapi) e da Fundação Dom Edilberto Dinkelborg (Funded).

Repórter: Pedro Vitor Melo

Pi.gov.br

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