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Reforma tributária: Ministro quer votar reforma até outubro e descarta mudanças no Simples e volta da CPMF

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Haddad diz que Brasil tem ‘gordura’ para reduzir taxa de juros que o resto do mundo não tem

Ministro, que participou do ‘E agora, Brasil?’, afirma que o país é um dos poucos que perseguem uma meta de inflação para 12 meses e defende o alongamento desse horizonte

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou, nesta segunda-feira, que há pouco espaço para aumento de taxa de juros no mundo e que o Brasil está na contramão, com “uma gordura” que permite reduzir a taxa básica, a Selic. Ele também defendeu que as autoridades monetárias tenham em mente o limite prudencial de elevação dos juros para que não desorganizem as economias de seus países.

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― Há pouco espaço para aumento da taxa de juros no mundo. E há uma gordura no Brasil, que permite a nós, tomando as providências que estão sendo tomadas (pela equipe econômica) e reconhecidas pelo Banco Central em atas… Penso que temos um espaço (para baixar juros) que o mundo não tem ― afirmou.

Haddad participou de mais uma edição da série de debates “E agora, Brasil?”, realizada pelos jornais O GLOBO e Valor Econômico, com patrocínio do Sistema Comércio, através da CNC, do Sesc, do Senac e de suas Federações.

O encontro foi mediado pela colunista do GLOBO Míriam Leitão e pelo chefe da Redação do Valor Econômico em Brasília, Fernando Exman.

Veja como foi o evento

Ao avaliar o cenário dos Estados Unidos, em que os juros estão subindo para que o país consiga alcançar a meta da inflação, Haddad chamou a atenção para o limite prudencial:

― Qual é o limite que você tem para aumentar os juros sem desorganizar a economia como um todo, a quebradeira que pode vir de um descasamento das carteiras? Uma hora vai chegar a esse limite, e haverá mais dificuldade de buscar o centro da meta (de inflação) num período muito curto.

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‘Inflação castiga no Brasil’

Em relação à meta de inflação, o ministro pontuou que o Brasil, em sua visão, é um dos poucos países que perseguem uma meta para o período de 12 meses e que uma possibilidade a ser avaliada é o alongamento desse horizonte para dar tempo a autoridade monetária para acomodar choques externos que podem implicar em desorganização do sistema.

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― Penso que a inflação no Brasil castiga muito, a gente sabe que o poder de compra do trabalhador a gente tem de preservar. Apesar de as medidas demagógicas do passado estarem sendo revertidas, as projeções de inflação continuam bem comportadas. Mas essa questão vai afetar o mundo inteiro, as pessoas vão olhar um horizonte mais longo para acomodar as tensões ― avalia.

Questionado sobre as discussões para revisão da meta de inflação no Brasil, Haddad disse que essa é uma discussão técnica que precisa ser feita “sem ruído e com tranquilidade”. Mas o ministro avalia que a prioridade nesse momento é a definição do novo arcabouço fiscal, que vai impactar diretamente na elaboração do Orçamento para o ano que vem

Por Fernanda Trisotto e Manoel Ventura — Brasília

OGlobo.globo.com

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