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Rita Reis estava havia três anos na escola onde ocorreu o ataque

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‘Não consigo me ver mais em uma sala de aula’, diz professora atacada por aluno em escola de SP

Rita Reis, uma das quatro docentes feridas, estava dando aula quando levou facadas num braço e nas costas

“Não consigo me ver mais em uma sala de aula”, afirma uma das docentes que foram atacadas por um aluno na Escola Estadual Thomázia Montoro, em São Paulo, na última segunda-feira (27). Rita Reis, que tem 67 anos, estava dando aula quando levou facadas num braço e nas costas. 

Ela foi uma das quatro professoras feridas pelo adolescente de 13 anos, que atacou ainda dois alunos. A professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, morreu. 

De acordo com Rita, que é professora de história e ensinava o adolescente diretamente, a única lembrança que tem do momento é o aluno em cima dela com a faca na mão e ela gritando “para, para, para”. 

Rita abriu a porta da sala onde dava aula para ver o que estava acontecendo. Foi nesse momento, após ter agredido Elisabeth, que o aluno atacou a professora. “Achei que ia morrer, achei que aquele seria meu momento.” 

Ela afirma que o estudante era quieto e reservado, sempre de fones de ouvido e alheio a tudo, mas muito violento. O aluno tinha voltado havia 15 dias, após ter passado um ano estudando em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. “Os professores tentavam puxá-lo para a aula, mas não conseguiam”, conta. 

Além de Rita, duas docentes tiveram ferimentos e sobreviveram ao ataque — Ana Célia Rosa e Jane Gasperini.

“Vai ser muito difícil continuar sem ela.  Era uma pessoa divertida, que trazia momentos bons e alegres”, afirmou Rita, que dividia aulas com Elisabeth e soube de sua morte pela mídia. 

A polícia acredita que o adolescente tenha premeditado o crime. Ele teria feito postagens nas redes sociais em que informava que “se vingaria”. Uma aluna explicou que a briga entre os dois estudantes envolvidos começou na semana passada. 

O adolescente foi transferido para uma unidade da Fundação Casa, na capital paulista, na noite de segunda-feira. O Ministério Público pediu a internação do jovem e aguarda uma decisão da Justiça.

Vigília de alunos homenageia professora morta em escola de SP

Dezenas de estudantes se reuniram na manhã desta terça-feira (28) em uma vigília no portão da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, bairro da na zona oeste de São Paulo. Um ataque no local terminou com uma professora morta a facadas e quatro feridos na segunda-feira (27). O agressor, de 13 anos, era aluno da unidade 
Dezenas de estudantes se reuniram na manhã desta terça-feira (28) em uma vigília no portão da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, bairro da na zona oeste de São Paulo. Um ataque no local terminou com uma professora morta a facadas e quatro feridos na segunda-feira (27). O agressor, de 13 anos, era aluno da unidade 

ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Os grupos levaram cartazes, flores e velas para prestar homenagem à professora de Ciências Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, morta no atentado. Um dos cartazes tinha a foto da educadora e a mensagem: 'Chega de violência!!!'. Elisabeth era descrita como uma professora calma, dedicada à profissão e que adiava a aposentadoria
Os grupos levaram cartazes, flores e velas para prestar homenagem à professora de Ciências Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, morta no atentado. Um dos cartazes tinha a foto da educadora e a mensagem: ‘Chega de violência!!!’. Elisabeth era descrita como uma professora calma, dedicada à profissão e que adiava a aposentadoria

TABA BENEDICTO/ESTADÃO CONTEÚDO
Na manhã de segunda, o agressor só foi contido após a ação corajosa de duas professoras, que o imobilizaram e retiraram a faca das mãos dele. A Polícia Civil investiga se o adolescente teve ajuda de alguém para o crime e como ele planejou o atentado. Há um mês, o jovem foi denunciado em boletim de ocorrência por publicar vídeos ameaçadores nas redes sociais. Ele havia sido transferido de uma unidade de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, para essa na Vila Sônia, na capital
Na manhã de segunda, o agressor só foi contido após a ação corajosa de duas professoras, que o imobilizaram e retiraram a faca das mãos dele. A Polícia Civil investiga se o adolescente teve ajuda de alguém para o crime e como ele planejou o atentado. Há um mês, o jovem foi denunciado em boletim de ocorrência por publicar vídeos ameaçadores nas redes sociais. Ele havia sido transferido de uma unidade de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, para essa na Vila Sônia, na capital

ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
  • SÃO PAULO | Do R7, com informações do Cidade Alerta, da Record TV
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