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Técnico Ramon Menezes e Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF

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Brasil volta a recorrer a interino e é uma das sete seleções do mundo sem técnico para 2026

CBF segue em busca de solução e se coloca ao lado de países como Fiji, Djibuti e São Vicente e Granadina. Após a Copa do Mundo, foram 50 trocas. Apenas Argentina manteve na América do Sul

Já são 455 dias, 65 semanas, 15 meses desde que Tite anunciou que não seguiria no comando da seleção brasileira após a Copa do Mundo do Catar. O tempo, no entanto, não foi suficiente para que a CBF encontrasse uma solução para substituí-lo, e o Brasil vai para a segunda data Fifa do ciclo como um dos sete países entre os 211 afiliados da entidade sem treinador definido visando a Copa de 2026.

Técnico Ramon Menezes e Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF — Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Técnico Ramon Menezes e Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF — Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Com o anúncio de Ramon Menezes, nesta sexta-feira, como interino mais uma vez, o Brasil está em uma lista que tem Nova Zelândia, Fiji, Djibuti, Estados Unidos e São Vicente e Granadina como países com técnicos temporários. Os cinco, no entanto, já vinham trabalhando com suas opções provisórias ao longo de 2023, o que deixa a Seleção mais próxima do cenário da Arábia Saudita, que não tem treinador.

Cronologia da saída de Tite

  • 25/02/2022 – Anuncia publicamente que não renovará
  • 09/12/2022 – É eliminado da Copa e reforça a posição de saída
  • 17/01/2023 – Assina a rescisão e se despede na sede da CBF

Os árabes foram surpreendidos com a decisão de Hervé Renard no fim de março, ao trocar o país pela equipe feminina da França, que disputará a Copa do Mundo na Austrália e na Nova Zelândia no mês que vem. Já o Brasil viu Tite se despedir após a derrota para a Croácia, nas quartas de final da Copa, dia 9 de dezembro, e assinar a rescisão dia 17 de janeiro.

Tite, ex-técnico da seleção brasileira, durante a Copa do Catar — Foto: Visionhaus/Getty Images

Tite, ex-técnico da seleção brasileira, durante a Copa do Catar — Foto: Visionhaus/Getty Images

Desde então, a CBF colocou o italiano Carlo Ancelotti como prioridade, e ainda não desistiu apesar dos discursos repetitivos de que permanecerá no Real Madrid. O treinador tem contrato até meado de 2024, mas informações dão conta de que interlocutores seguem trabalhando por uma solução tanto com Carleto quanto com o presidente merengue Florentino Pérez.

Situação de técnicos mundo afora

  • 211 países membros da Fifa
  • 50 trocaram de técnico após a Copa do Mundo
  • 7 estão sem técnico ou com interino
  • 9 novos treinadores na América do Sul
  • 17 que estiveram na Copa foram mantidos

Outra seleção que estava sem técnico era a Etiópia, mas anunciou Daniel Gebremariam na última semana justamente por conta desta data Fifa. Ramon, que é contratado para ser técnico do Sub-20 e está na Argentina para o Mundial da categoria, já foi a solução caseira encontrada por Ednaldo Rodrigues na derrota para o Marrocos, em março.

Ao todo, 50 seleções trocaram de técnico desde a virada do ano. Na América do Sul, apenas a Argentina manteve o campeão do mundo Lionel Scaloni. Tendo como recorte o fim das eliminatórias, em março do ano passado, todos os adversários no continente têm novos comandos. O Uruguai foi o último a definir com o anúncio de Marcelo Bielsa no início de maio.

Carlo Ancelotti durante o jogo entre Real Madrid e Rayo Vallecano pelo Campeonato Espanhol — Foto: Reuters

Carlo Ancelotti durante o jogo entre Real Madrid e Rayo Vallecano pelo Campeonato Espanhol — Foto: Reuters

Das 32 seleções que estiveram no Catar, 17 mantiveram seus treinadores. Entre as que cruzaram o caminho do Brasil, Sérvia, Suíça, Camarões e Croácias estão neste grupo. Apenas a Coreia do Sul trocou Paulo Bento por Jürgen Klinsmann.

Escolhido como solução temporária novamente, Ramon chega ao Rio de Janeiro na manhã do próximo domingo e vai direto para a sede da CBF, onde divulgará a lista de convocados para os amistosos contra Guiné, dia 17, em Barcelona, e Senegal, dia 20, em Lisboa. Em seguida, retornar à Argentina para a sequência do Mundial Sub-20.

Além de não ter treinador, a CBF não denominou substitutos para uma série de funções que tiveram profissionais desligados após a saída de Tite. A principal delas a de coordenador técnico, que era ocupada por Juninho Paulista. Na convocação de março, Ricardo Gomes foi o escolhido.

Por Cahê Mota, Gabriel Andrade e Vinícius Rodeio — Rio de Janeiro

Ge.globo.com

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