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“Vasco”, Diniz tem contrato até o final de 2021.

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Abatido, Diniz admite que acesso à Série A ficou difícil e evita projetar futuro do Vasco em 2022

Treinador afirma que time sentiu o pênalti perdido por Cano ao justificar o contra-ataque que garantiu a vitória do Guarani e não joga a toalha: “Temos de fazer cinco vitórias”

Visivelmente abatido após a derrota para o Guarani por 1 a 0, na noite desta quinta-feira, com o gol marcado por Pablo logo após Cano perder pênalti, o técnico Fernando Diniz reconheceu que o acesso do Vasco à Série A ficou mais difícil. O treinador, porém, não jogou a toalha e pediu que todos acreditem até o fim na equipe, que está a sete pontos do G-4 faltando cinco rodadas para o fim. Ele também evitou projetar o futuro em 2022.

Diniz não se furtou de reconhecer a frustração com a derrota. Após dar respostas curtas, o treinador explicou o sentimento:

– Sentir, a gente sentiu mesmo, temos que sentir bastante, a dor, tristeza pelas duas derrotas, e por ter ficado mais difícil o acesso. Difícil não quer dizer impossível. A gente tem que pensar totalmente no próximo jogo contra o Botafogo e conseguir as próximas vitórias que a gente precisa. É muito anormal algumas coisas que aconteceram aqui, de maneira negativa. O pênalti do CRB (na verdade, Sampaio Correa, desperdiçado por Nenê), o número de defesas do goleiro naquele dia, hoje praticamente com a vitória na mão, jogamos melhor, controlamos boa parte do jogo. A gente, além de perder a chance da vitória com o pênalti, tomamos um gol de contra-ataque. Temos que acreditar até o final porque só assim temos a chance de reverter esse quadro.

Fernando Diniz, técnico do Vasco  — Foto: Marcos Ribolli

Fernando Diniz, técnico do Vasco — Foto: Marcos Ribolli

O treinador afirmou ainda que a equipe ficou desmobilizada após o pênalti perdido e que acabou não tendo forças para matar o contra-ataque que garantiu a vitória ao adversário.

– Eu acho que perder o pênalti deixou a equipe um pouco desmobilizada. Tivemos a chance de matar o contra-ataque do escanteio, que acabou culminando com o gol da vitória do Guarani. Em relação ao clássico temos que continuar trabalhando, temos cinco jogos pela frente e temos que tentar fazer cinco vitórias – declarou.

Diniz tem contrato até o final de 2021. Perguntado se permaneceria no clube, evitou falar do futuro.

– O que eu posso falar é o seguinte: eu vou pensar só em 2021 neste momento. Eu adoro trabalhar no Vasco, eu estou fazendo tudo que eu posso e que eu consigo para que a equipe consiga evoluir e consiga sonhar com o acesso. Não é um discurso político, eu de fato gosto do Vasco, as pessoas que trabalham no clube são extremamente empenhadas em ajudar e a torcida é uma coisa que encanta, é um negócio mágico. Por isso me machuca mais. É uma torcida diferente. O Vasco tem muitas coisas que eu gosto, gosto de estar aqui – destacou.

O Vasco tem situação complicada na tabela. Com duas derrotas em sequência, o time estacionou nos 47 pontos. São sete atrás do Goiás, o quarto colocado, o que torna a missão do retorno à elite do futebol brasileiro mais difícil. Na próxima rodada, o clube joga o clássico contra o Botafogo, no domingo, às 16h (horário de Brasília).

Fernando Diniz lamenta derrota do Vasco — Foto: Marcos Riboli

Fernando Diniz lamenta derrota do Vasco — Foto: Marcos Riboli

Confira outras respostas do treinador.

Cano batendo o pênalti

– Primeiramente, não é porque o Nenê bateu o pênalti contra o Sampaio que ele é o batedor oficial. Isso é uma suposição sua, eu nunca falei isso, ninguém nunca falou isso para você. O Nenê bateu aquele pênalti, errou, o Cano bateu no jogo passado, fez o gol. Nós tínhamos dois personagens importantes, dois caras acostumados a bater, e decidir, então quem tivesse melhor na partida iria bater o pênalti. A gente estava muito mais próximo, tentando fazer o gol do que o Guarani. Não acho que a nossa equipe fez um jogo ruim, conseguimos finalizar pouco, eu concordo. O Guarani jogou muito mais para se defender do que para se abrir e tentar. Mérito do Guarani, a gente teve um controle do jogo com a bola no pé. eu concordo que faltou mais infiltração. Mas a vontade não faltou. Os jogadores estão tentando de tudo para que a gente consiga as vitórias.

Tristeza pela situação do clube

– Eu compactuei com a tristeza do torcedor, é extremamente difícil ver o Vasco disputar a Série B deste ano, estou falando da Série B deste ano, não vou pensar no ano que vem. Eu vou acreditar até o final, vou pensar no jogo contra o Botafogo, tentar a vitória e ganhar as próximas partidas e sonhar com o acesso ainda. Mas é muito difícil a gente se colocar na posição do torcedor. É triste, é um time muito grande, é triste essa derrota de hoje, mas agora temos que trabalhar, reunir nossas energias para o jogo contra o Botafogo.

Rafael Martins defende pênalti de Cano em Guarani x Vasco — Foto: Marcos Ribolli

Rafael Martins defende pênalti de Cano em Guarani x Vasco — Foto: Marcos Ribolli

Apoio ao presidente

– Eu não sei qual foi o contexto que o presidente disse isso, mas ele também é um cara extremamente positivo. Eu tenho certeza que também acredita no acesso. Eu tenho um alinhamento muito grande com ele. ele é um cara sério, ele está fazendo tudo que pode para entregar um Vasco muito melhor do que aquele que ele pegou. É uma pessoa que tem meu respeito e admiração, fico muito feliz de poder trabalhar com ele. Ele tem o meu carinho e sei que ele é uma pessoa extremamente séria. Independente de eu estar aqui ou não, pessoas como o senhor Jorge Salgado fazem bem ao futebol.

Por Redação do ge — Rio de Janeiro

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