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Favoritismos #3: veja as chances de vitória das equipes no Brasileirão

São Paulo trocou de técnico e já mudou suas características para chegar ao gol. Enfrenta o Coritiba, que também está com novo treinador, mas não conseguiu evitar a eliminação da Copa do Brasil

Em uma rodada com potencial para ser amplamente dominada por mandantes, o Internacional é o maior favorito da rodada, com potencial de vitória de 54%. A equipe gaúcha está invicta em casa no ano e recebe o Goiás, que tem o 12º desempenho visitante no ano e a quinta pior defesa forasteira.

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Entre os visitantes, o São Paulo é o que tem a maior probabilidade de conquistar os três pontos. Terceiro melhor visitante da temporada, o São Paulo viaja para enfrentar o Coritiba, que com novo técnico foi eliminado nesta semana da Copa do Brasil. Depois que Dorival Júnior assumiu, o São Paulo, que tinha oito de nove gols a partir de jogadas aéreas, passou a fazer gols em trocas de passes rasteiros.

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 — Foto: Infoesporte

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Analisamos 93.827 finalizações cadastradas pela equipe do Espião Estatístico em 3.819 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013 que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente (veja a metodologia no final do texto).

 — Foto: Espião Estatístico

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  • Técnico novo, características novas: o São Paulo vinha de oito gols a partir de jogadas aéreas entre os dez últimos marcados sob Rogério Ceni. Com Dorival Júnior, foram quatro gols e só um usando bola alta. O que não mudou é que está difícil fazer gol no São Paulo, que não levou gol em seis dos últimos sete jogos, dois deles com Dorival.
  • O Coritiba não vence há oito jogos (3 E, 5 D, 13%), no último comandado por Antônio Carlos Zago e foi eliminado da Copa do Brasil pelo Sport. Em suas últimas oito partidas, o São Paulo teve 5 V, 2 E, 1 D, 71%. Ambas as equipes sofreram seis dos últimos dez gols em jogadas aéreas. No ataque, São Paulo fez cinco, e Coritiba quatro usando bolas altas.
 — Foto: Espião Estatístico

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  • O Fluminense é implacável quando viaja para enfrentar o mandante Fortaleza: de 2006 em diante, pela Série A, foram quatro vitórias da equipe carioca e um empate. Deve ser um jogaço: em toda a temporada, o Fortaleza só perdeu dois jogos e empatou outro em casa em 16 partidas (83%); o Fluminense fez dez jogos como visitante no ano e perdeu três (70%)
  • O Fluminense fez quatro dos últimos seis gols a partir de jogadas aéreas e metade dos últimos dez. O Fortaleza sofreu metade dos últimos dez gols em jogadas aéreas, mas só levou assim um dos últimos cinco gols.
 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

  • Corinthians e Palmeiras sofreram na temporada quatro gols em contra-ataques, e só três dos 20 clubes da Série A sofreram mais gols dessa forma neste ano. O Palmeiras já fez quatro dessa forma no ano (12ª marca), e o Corinthians, três (13ª). O Corinthians não teve pênaltis a favor no ano, e o Palmeiras, seis, oitava marca.
  • O Palmeiras está invicto em casa na temporada: foram 11 vitórias e dois empates (90%), terceira melhor marca caseira entre os times da Série A. O Corinthians é o pior visitante do ano (2 V, 3 E, 4 D, 33%). Veja a eficiência dos ataques e a resistência das defesas, além da força da bola aérea para decidir o vencedor clicando no link a seguir:

+ Jogadas aéreas têm forte potencial para decidir Palmeiras x Corinthians

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

  • É de se esperar que a partida tenha um dificultador para o ataque mandante: o Santos fez sete dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, mas o América-MG só sofreu assim três dos últimos dez gols, mas dois dos últimos cinco. No ataque, o América-MG usou bolas rasteiras para fazer três dos últimos quatro gols, e metade dos últimos dez, mas é pelo alto que o Santos é mais vulnerável, com seis dos últimos dez sofridos assim e quatro dos últimos seis.
  • Outro embate deverá estar nos contra-ataques: o América-MG marcou assim cinco gols na temporada, quinta maior marca entre os times da Série A, mas o Santos ainda não sofreu gol dessa forma no ano e tem o melhor desempenho. No ataque, o Santos fez quatro gols, nona marca, e o América-MG já levou três em contragolpes, 14º desempenho.
*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

  • Em nove jogos em casa no ano, o Bragantino só perdeu um, com um empate (81%), oitavo desempenho caseiro entre os times da Série A, e nesses nove jogos só levou quatro gols, quinta melhor marca (média 0,44). O Cruzeiro é o sexto pior visitante (3 V, 4 D, 43%) e levou oito gols nessas sete partidas (1,14), 12ª marca.
  • O Bragantino tem chegado ao gol em trocas de passes rasteiros, com sete dos últimos dez gols feitos assim, mas o Cruzeiro sofreu sete dos últimos dez gols em jogadas aéreas, e não será surpresa se o Bragantino marcar assim. O Cruzeiro fez e o Bragantino sofreu metade dos últimos dez gols pelo alto e metade por baixo.
 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

  • As duas equipes fizeram seis dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, com o Atlético-MG fazendo três dos últimos quatro, e o Athletico-PR, cinco dos últimos seis. O potencial de gol aéreo é maior para a equipe paranaense porque time mineiro sofreu assim seis dos últimos dez gols e quatro dos últimos cinco, enquanto o paranaense, só quatro de dez.
  • No ano, o Atlético-MG em casa e o Athletico-PR fora têm as mesmas médias de gols por jogo. No ataque, fizeram 1,82, o que torna o Atlético-MG o quinto pior ataque caseiro, e o Athletico-PR, o segundo melhor forasteiro. Defensivamente, sofreram 0,82: os mineiros são a 14ª defesa mandante, e os paranaenses, a quinta melhor visitante.
 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

  • O Flamengo venceu oito dos últimos dez confrontos contra o Botafogo, mas desde que o português Luís Castro assumiu a equipe do Botafogo, o Flamengo já teve quatro treinadores e um interino. Com ambiente mais estável, o Botafogo está invicto há 11 jogos (9 V, 2 E, 88%), enquanto o Flamengo teve 6 V, 0 E, 5 D (55%) nas últimas 11 partidas.
  • Nesses 11 jogos sem perder, o Botafogo fez 31 gols, e o Flamengo, 25. Defensivamente, Botafogo sofreu nove gols, e o Flamengo, 17. É na resistência defensiva que está a maior diferença nesse recorte: o Botafogo sofreu um gol a cada 12,7 conclusões contrárias, e o Flamengo, a cada 7,5. O Botafogo levou menos finalizações por jogo: 10,4 x 11,6.
 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

  • De 2006 em diante, pela Série A, quando mandante o Internacional dá poucas chances ao Goiás. Em 11 jogos, foram sete vitórias do Internacional e duas do Goiás, que, atualmente, tem a quinta pior defesa visitante da temporada, com média de 1,3 gol sofrido por jogo fora de casa. O Internacional tem o sexto melhor ataque caseiro, com 2,3 gol por partida.
  • Será interessante acompanhar como se comportarão os ataques: enquanto o Internacional marcou oito dos últimos dez gols em trocas de passes rasteiros e sofreu sete assim, o Goiás marcou oito dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, e sofreu dessa forma sete dos últimos dez. Qual estilo vai prevalecer?
 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

  • Apesar de o Cuiabá estar invicto em casa e ser o quinto melhor mandante do ano entre os times da Série A (9 V, 2 E, 0 D, 88%), precisará de cuidados defensivos porque no ano levou três gols rasteiros e 11 a partir de jogadas aéreas, e o Grêmio usou bolas altas para marcar cinco dos últimos sete gols, sem contar um pênalti. Há potencial para gol aéreo do Grêmio.
  • Até aqui, o Cuiabá fez gol em todos os seus 11 jogos como mandante, melhor desempenho ofensivo caseiro da temporada, e não levou gol em seis deles (55%). O Grêmio, que tem a melhor defesa forasteiras da temporada (média 0,64), não sofreu gol em seis de seus 11 jogos fora (55%), terceira melhor marca. Não fez gol em três jogos (27%), 11ª marca forasteira.
*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

  • A Caravela Voadora do Vasco atraca em São Januário, na segunda-feira, com um grande desafio pela frente. A equipe vascaína acumula atualmente a impressionante marca de 12 gols consecutivos a partir de jogadas aéreas, mas o Bahia só sofreu assim três dos últimos dez gols, o que pode se tornar um complicador para o Vasco.
  • Mas ainda que venha sofrendo poucos gols aéreos, fora de casa o Bahia só não sofreu gol em três dos 15 jogos que disputou (20%), terceiro pior desempenho visitante no quesito. Tem o 11º desempenho visitante no ano (7 V, 2 E, 6 D, 51%). O Vasco é o segundo pior visitante (4 V, 3 E, 2 D, 56%).

Metodologia

Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega no Brasileirão 2023 comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e nos últimos seis jogos oficiais, independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira por serem cobranças feitas diretamente para o gol.

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 93.827 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.819 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.

O desempenho de um jogador é comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e consideramos o que se esperava da finalização se feita com o “pé bom” (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o “pé ruim” (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.

De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira, Valmir Storti e Vitória Lemos.

Por Bruno Imaizumi e Valmir Storti — Rio de Janeiro

Ge.globo.com

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