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Vice-campeã em 2007, Marta vai fazer sua última Copa do Mundo pelo Brasil

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Seleção brasileira é favorita na Copa do Mundo Feminina? Veja opinião de especialistas

Comentaristas do Esporte da Globo opinam sobre as chances de título do Brasil

A seleção brasileira estreia na Copa do Mundo Feminina contra o Panamá, nesta segunda-feira, em busca do primeiro título do Brasil na competição. Por isso, o ge ouviu os especialistas para responder a seguinte pergunta: a seleção brasileira é favorita na Copa?

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A resposta é praticamente unânime. A Seleção não é favorita, mas está entre as principais equipes do torneio e pode, sim, surpreender e levar a tão sonhada taça para o Brasil. Veja as opiniões dos especialistas para entender a situação da Amarelinha.

Allan Caldas – repórter do ge

– Seleção é favorita? Em tese, não. Antes da bola rolar, esse papel continua sendo dos EUA, Inglaterra e Alemanha. Mas as três, ainda que sigam fortes, viveram alguns percalços recentes na preparação, incluindo cortes de jogadoras importantes – no caso de americanas e inglesas -, e isso abre espaço para um grupo que podemos chamar de “quase favoritas”. Aí o Brasil pode, sim, ser a grande surpresa dessa Copa. Talvez seja a seleção que chega em melhor momento, com jogadoras vivendo boa fase em seus clubes e o grupo muito fechado e concentrado no Mundial. Também fazem parte desse segundo escalão a França (mas acabou de trocar o treinador), a Espanha (não trocou o treinador, mas metade da seleção gostaria que tivesse trocado), Holanda, Noruega, Suécia e Austrália, na minha opinião.

Alline Calandrini – comentarista

– Não. A Seleção não é favorita, mas precisamos contextualizar. É bem claro que a seleção brasileira está passando por uma renovação. Um trabalho que não é tão fácil, ainda mais como a treinadora pegou a seleção brasileira, onde o trabalho de base na modalidade no país começou a se desenvolver agora. Então, ela teve que começar um trabalho do zero. Importante falarmos também que tem nomes de experiência, como Tamires, Rafaelle, Marta, Bia e outras, junto com a juventude como Ary, Kerolin, Nunes, Geyse, Angelina, Bruninha e outras que nunca jogaram a Copa Do Mundo. Mas falando de futebol, é uma seleção que compete de igual pra igual contra as favoritas, que hoje coloco EUA, Alemanha, Inglaterra, França e, talvez, Espanha – em um patamar mais abaixo. Depois, vêm seleções que irão correr por fora, como Brasil, Canadá, Japão, Holanda. Só que não existe uma discrepância nesses patamares. É a Copa do Mundos mais aberta de todas. Vejo que tudo pode acontecer.

Vice-campeã em 2007, Marta vai fazer sua última Copa do Mundo pelo Brasil — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Vice-campeã em 2007, Marta vai fazer sua última Copa do Mundo pelo Brasil — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

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Cintia Barlem – produtora

– Vejo a seleção brasileira como postulante e com possibilidade junto a outras equipes como, por exemplo, Canadá, Espanha, Austrália, França a chegarem no topo. A favorita, até pelo trabalho como um todo, é a Inglaterra. Desde uma liga forte de onde muitas jogadoras vêm até a campanha do time na conquista da Eurocopa. Logo depois, não se pode descartar as americanas, por serem especialistas e maiores vencedoras da competição, apesar de desfalques como Macario e Mallory Swanson. Sem esquecer da Alemanha, vice da Euro. Mas, vejo essa Copa do Mundo como a mais equilibrada entre as grandes seleções na história. Também acredito em uma história parecida com o que Canadá fez nos últimos Jogos Olímpicos.

Renata Mendonça – comentarista

– A seleção não é favorita, mas é uma das candidatas ao título. O trabalho da Pia Sundhage evoluiu bastante nos últimos anos e os últimos testes da seleção contra duas das principais seleções do mundo mostraram isso, um time muito competitivo contra equipes mais fortes, como Inglaterra (empatamos a Finalíssima com elas) e Alemanha (vencemos na casa delas). A mescla de experiência com juventude funciona muito bem, temos grandes talentos vindo, como Ary Borges, Kerolin, Geyse, e grandes nomes com experiência, como Debinha, Tamires, Rafaelle, e Marta, claro. O clima da seleção também está muito bom, é um time que se fortaleceu com o tempo e que pode dar trabalho e surpreender os favoritos.

Rafaelle Seraphim – comentarista

– A seleção brasileira não é favorita ao título, mas pode surpreender.
A Seleção vem fazendo uma reestruturação desde 2019, quando a Pia chegou. Apresenta um elenco consistente, competitivo e com jogadoras versáteis e que se adaptam aos esquemas táticos propostos pela treinadora. O Brasil fez bons jogos na preparação, empatou com a Inglaterra e venceu a Alemanha. Além disso, está muito bem psicologicamente, forte e entrosada.

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Por Redação do ge — Rio de Janeiro, Brasil

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