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PGR denuncia o Senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI)
Procurador-geral pede ao STF que delação de Cabral perca a validade
Aras considera que o ex-governador ainda oculta patrimônio e que não apresentou provas suficientes para as investigações. Ministro Fachin validou acordo na semana passada.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, recorreu nesta terça-feira (11) da decisão do ministro Luiz Edson Fachin que, na semana passada, homologou a delação premiada do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.
Caberá a Fachin decidir:
- se reverte a própria decisão e revoga a validade da delação;
- se leva o caso a julgamento no plenário da Segunda Turma, que analisa casos da Lava Jato, ou para o plenário, para discussão entre todos os ministros da Corte.
O acordo de delação foi firmado com a Polícia Federal em dezembro. O teor da colaboração está sob sigilo.
- Blog da Andreia Sadi: Aras se reúne com Fachin para tentar revogar delação do ex-governador Sérgio Cabral
Antes mesmo da homologação, Aras foi contra a delação por considerar que os valores que Cabral se comprometeu a devolver já estavam bloqueados pela Justiça e que o ex-governador não apresentou fatos novos nos depoimentos.
Agora, o procurador disse que há elementos que indicam que Cabral ainda oculta patrimônio e que ele não entregou informações suficientes para colaborar de modo efetivo com as investigações.
Aras quer que, caso a delação seja mantida, o acordo não afete as prisões decretadas contra Sérgio Cabral.
O ex-governador está preso desde novembro de 2016, e foi condenado a mais de 280 anos de prisão pela Justiça. A maioria desses processos está relacionada à operação Lava Jato.
Cabral vem admitindo, desde o ano passado, que recebeu propina enquanto ocupava cargo público. Ele também apontou outros supostos membros da organização criminosa.
Por Mariana Oliveira e Rosanne D’Agostino, TV Globo e G1 — Brasília