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A falta de criação mais uma vez foi um dos principais problemas encontrados.

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Análise: Ceni evita falar em titular ou reserva, mas São Paulo mostra contrastes nas escalações

Tricolor vence mais uma na Sul-Americana com time “alternativo”, mas tem dificuldades

O São Paulo enfrentou o Everton, do Chile, na quinta-feira, pela Sul- Americana, com um time bem diferente daquele que venceu o Athletico-PR, no último domingo, pelo Campeonato Brasileiro. Foi um claro sinal de Rogério Ceni de que o rodízio de jogadores entre as competições é uma realidade.

Na entrevista coletiva, o treinador afirmou com veemência que não há um time titular e outro reserva. Mas a vitória por 2 a 0 mostrou que há um contraste entre a formação que disputa o Brasileirão e a que entra em campo pela Sul-Americana.

No jogo de estreia, diante do Ayacucho, o time teve Tiago Volpi, Moreira, Arboleda, Miranda e Reinaldo; Andrés Colorado, Luan e Patrick; Marquinhos, Luciano e Rigoni. A equipe mostrou falta de entrosamento e ganhou jogando um futebol ruim.

Já diante do Everton, algumas peças foram modificadas, e a equipe entrou com: Tiago Volpi, Igor Vinicius, Arboleda, Miranda e Reinaldo; Luan; Igor Gomes, Talles Costa e Toró; Luciano e Juan. Apesar da vitória por 2 a 0, novamente a formação encontrou problemas.

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Luan em São Paulo x Everton — Foto: Marcello Zambrana/AGIF

Luan em São Paulo x Everton — Foto: Marcello Zambrana/AGIF

A falta de criação mais uma vez foi um dos principais problemas encontrados. O time “reserva” se complicou nas armações de jogadas, e raras foram as vezes em que o goleiro De Paul precisou trabalhar durante a partida.

Assim como na estreia, quem conseguiu abrir o placar foi o zagueiro Arboleda, que é um dos líderes do elenco e se divide entre os titulares e reservas do Tricolor. Após o gol, o ataque quase não funcionou.

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Essa inoperância contrasta com os atletas que estão atuando mais nas partidas importantes, como nas finais do Paulistão e no início do Campeonato Brasileiro. O considerado time titular demonstra volume de jogo – fez 4 a 0 no Athletico – e maior intensidade física.

Segundo Rogério Ceni, essa estratégia visa recuperar os jogadores e dar oportunidades para que todos conquistem um espaço entre os titulares. O rodízio, na visão do treinador, aumenta a competitividade do elenco.

Gol de Arboleda em São Paulo x Everton — Foto: Staff Images/Conmebol

Gol de Arboleda em São Paulo x Everton — Foto: Staff Images/Conmebol

No entanto, são poucos aqueles do time reserva que têm conseguido se sobressair e colocar uma dúvida na cabeça de Ceni. Considerados os dois jogos com “time alternativo”, quem mais demonstrou que pode (e vai) brigar por um lugar na equipe principal é Arboleda.

Na quinta, o zagueiro foi o melhor em campo com um gol e ganhando praticamente todas as divididas e bolas aéreas.

– Ele não é reserva, pode jogar todos os jogos. Não use a palavra reserva. Ele foi titular hoje – enfatizou Ceni.

No mais, os escolhidos para disputar a Copa Sul-Americana ainda não mostraram que merecem uma chance no time que vai jogar o Brasileirão e a Copa do Brasil.

No próximo domingo, às 16h, o São Paulo enfrenta o Flamengo, no Maracanã, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. A formação com Jandrei, Rafinha, Diego Costa, Léo e Welington; Pablo Maia, Rodrigo Nestor, Gabriel Sara (Igor Gomes) e Alisson; Eder e Calleri deve ser mantida.

Por Eduardo Rodrigues — São Paulo

Ge.globo.com

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