Internacional
‘Brasil fez o possível’, afirma ministro
‘Cada país tem inspiração própria’, diz ministro sobre veto dos EUA a proposta brasileira de cessar-fogo
Segundo Mauro Vieira, o Brasil, como presidente do Conselho de Segurança da ONU, fez o possível para cessar as hostilidades
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o Brasil, como presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) neste mês, fez o possível para o fim das “hostilidades” no Oriente Médio, mas que “cada país tem sua inspiração própria” em relação ao conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
A resolução de cessar-fogo apresentada pelo Brasil foi vetada pelos Estados Unidos, mesmo com 12 votos favoráveis dos 15 países que integram o conselho. Seriam necessários nove votos favoráveis para a aprovação da resolução. Os Estados Unidos, a França, a China, o Reino Unido e a Rússia, no entanto, têm poder de veto no grupo.
De acordo com o ministro, o texto costurado pelo Brasil ressaltava a importância de um cessar-fogo na região para a retirada de civis e a chegada de ajuda humanitária. O documento foi apresentado depois de “intensas e múltiplas consultas” para a criação de um conteúdo “mais palatável e que acomodasse as necessidades de todos”.
Vieira afirmou, ainda, não acreditar que a visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Israel tenha outras motivações que não a busca de soluções para o conflito. “A visita de Biden é um momento importante e bom para que possa expressar preocupação com os cidadãos americanos [na região]. Não sei de outras motivações. Vai fazer contatos que tenho certeza que serão no sentido de procura de entendimento e solução pacífica para o conflito”, opinou o chanceler.
Sobre a possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversar com Biden sobre a resolução do Conselho de Segurança, o ministro afirmou que Lula “fala constantemente e sempre que necessário” com o presidente dos Estados Unidos. “Eu também, sempre que necessário, converso com as autoridades americanas”, ressaltou.
Vieira não descartou a possibilidade de uma nova resolução ser apresentada ao Conselho de Segurança, mas disse que a construção do texto não depende unicamente do Brasil.
- BRASÍLIA | Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília