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Joe Biden é recebido por Benjamin Netanyahu ao desembarcar em Tel Aviv

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Viagem de Biden a Israel será difícil teste da influência dos Estados Unidos no Oriente Médio

Presidente americano enfrenta resistência de países árabes após mais de 300 pessoas morrerem em ataque na Faixa de Gaza

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desembarcou nesta quarta-feira (18) em Israel, às 5h da manhã, para expressar seu apoio a Tel Aviv, negociar ajuda humanitária para Gaza e evitar uma escalada regional do conflito, no que se configura como um teste da influência americana no Oriente Médio.

“Somos os Estados Unidos da América, pelo amor de Deus, a nação mais poderosa da história mundial. Podemos nos ocupar de ambas [as guerras] Ucrânia e Israel, ao mesmo tempo”, afirmou Biden, no último domingo, em entrevista à rede de TV CBS.

O presidente americano também acredita contar com sua habilidade pessoal. Após 40 anos de carreira política, o democrata está convencido de que pode resolver as situações mais complexas com seu espírito de negociação.

Biden, no entanto, não tem controle total dos fatos, como ficou claro nesta terça. O ataque a um hospital na Faixa de Gaza, no qual cerca de 300 palestinos morreram, azedou os humores entre as lideranças dos países que fazem fronteira com Israel. 

Cancelado

Logo após o bombardeio, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, cancelou o encontro com o mandatário dos Estados Unidos, que aconteceria na Jordânia. Com a crise, todo o encontro foi cancelado. Biden deveria se reunir com outros líderes da região, como o rei da Jordânia, Abdullah 2º, e o presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sissi.

Biden iria “reiterar a convicção de que o Hamas não representa a grande maioria do povo palestino, que também é vítima” do grupo terrorista, disse John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano, antes de a reunião ter sido cancelada. O mandatário americano também pretendia negociar ajuda humanitária à região.

Os Estados Unidos não querem que o conflito se propague, uma vez que já fornecem fundos significativos à Ucrânia. Qualquer envio adicional de ajuda a Israel precisa da aprovação do Congresso americano, e a Câmara dos Representantes se encontra paralisada há dias, sem um presidente.

Em campanha pelo segundo mandato, Biden não pode se permitir errar, no momento em que 30 americanos já morreram desde o ataque do Hamas e em que se teme uma explosão de ódio contra judeus e muçulmanos nos Estados Unidos, um país já dividido.

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Diante desse cenário, os resultados que Biden, de fato, vai trazer na volta do Oriente Médio podem ser bem menos expressivos do que aqueles inicialmente previstos.

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  • INTERNACIONAL | Do R7, com AFP
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