Jogadores do Palmeiras comemoram vitória no vestiário da arena do Corinthians

Vitórias seguidas sobre Bragantino e Corinthians mostram melhora no Brasileirão

Análise: Palmeiras devolve as duas derrotas do ano e tem tudo para virar a chave

Ao vencer sem muita dificuldade o Corinthians por 2 a 0, na última quinta-feira, na Neo Química Arena, o Palmeiras devolveu em cinco dias as únicas derrotas que tinha sofrido no ano. No domingo, o time já tinha derrotado o Bragantino, o seu outro algoz na temporada.

Os únicos tropeços tinham sido no Campeonato Paulista, competição que o time treinado por Vanderlei Luxemburgo conquistou. Com um futebol pragmático e feio, como ele admitiu posteriormente, é verdade, mas conquistou, encerrando um jejum estadual de 12 anos.

Depois de cumprir aquela missão, o treinador foi muito criticado por não conseguir entregar o que tinha prometido abertamente, em suas entrevistas: um futebol mais bonito, de mais construção, de melhores finalizações.

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O Palmeiras ainda não é a equipe mais agradável de se ver jogar, mas agora, além de se manter como a única invicta do Brasileirão, vem de boas atuações. Mais: finalmente, depois de dois anos, com uma vitória sobre seu maior rival dentro dos 90 minutos.

Uma vitória construída com estratégia diferente dos três clássicos anteriores contra o Corinthians no ano. Na quinta-feira, em vez de só tentar anular o rival (que o Palmeiras não vencia desde setembro de 2018), incluindo o lado direito do ataque adversário, Luxemburgo tentou destruir e produzir ao mesmo tempo.

Ao contrário do que fez nos dois jogos da decisão estadual, quando incumbiu o meio-campista Zé Rafael de parar Fagner, o treinador apostou na velocidade e na habilidade do atacante Wesley para atormentar o bom lateral-direito corintiano. E foi numa virada por ali que o placar foi aberto, aos 42 minutos do primeiro tempo, em pênalti convertido por Luiz Adriano.

Ao receber nas costas de Fagner, Wesley chutou em cima do goleiro Cássio. No rebote, Lucas Lima finalizou, o lateral levou o braço à bola e recebeu cartão vermelho.

O gol e a expulsão deixaram o jogo mais fácil para o Palmeiras, que já era minimamente superior no 11 contra 11. No segundo tempo, ao gastar as cinco substituições – o que só Luxemburgo fez em todas as rodadas do campeonato –, o Palmeiras foi senhor do jogo e ainda teve na estrela de Gabriel Veron o segundo e definitivo gol.

Confiante, invicto e com um jogo no Allianz Parque no domingo (contra o Sport, que vem de derrota para o Fortaleza), o Palmeiras tem tudo para virar a chave de vez.

Por Tossiro Neto — São Paulo