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Lewis Hamilton e Valtteri Bottas no pódio do GP da Toscana, “Prendam os policiais que mataram Breonna Taylor”

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Apesar de rumores terem apontado no sentido de a Federação analisar se o ato do britânico foi político, órgão não lançou investigação formal sobre ocorrido no GP da Toscana

FIA não vai investigar Hamilton por protesto; piloto reafirma luta por igualdade: “Não vou parar”

A segunda-feira começou com a notícia de que a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) estaria analisando se a camiseta utilizada pelo hexacampeão com os dizeres “Prendam os policiais que mataram Breonna Taylor” se configuraria como uma mensagem política, o que é proibido. Contudo, segundo o site “Racefans”, a Federação não enviou nenhum pedido de investigação formal aos comissários até o momento.

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Não se sabe se a decisão da FIA de não investigar Hamilton é uma posição tomada pela Federação desde o protesto ou se foi motivada pela comoção com o caso (e o apoio ao piloto) nas redes sociais. Já nesta terça-feira, o hexacampeão usou a função story em um perfil de rede social para dizer que não vai parar de lutar.

– Bom dia, mundo. Torço que por onde estiverem, estejam se mantendo positivos em corpo e mente. Quero que saibam que não vou parar, não vou desistir de usar essa plataforma para iluminar o que acho correto. Eu gostaria de agradecer aqueles que continuam a me apoiar e demonstrar amor, sou muito grato. Mas essa é uma jornada em que todos temos que ir juntos para desafiar todos os tipos de injustiças cometidas no mundo, não apenas a racial. Nós podemos tornar esse um lugar melhor para nossas crianças a para as futuras gerações – publicou o piloto da Mercedes.

Lewis Hamilton diz que seguirá protestando — Foto: Reprodução
Lewis Hamilton diz que seguirá protestando — Foto: Reprodução

Neste domingo, Hamilton trocou sua usual camiseta com a inscrição “Vidas negras importam” (“Black Lives Matter”) pela peça que cobrava justiça por Breonna Taylor, uma jovem negra que foi baleada oito vezes e morta em 13 de março, quando policiais invadiram seu apartamento em Louisville, no estado americano do Kentucky. Breonna tinha 26 anos e trabalhava com emergências médicas na Universidade de Saúde de Louisville Health.

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Alegando estarem uma incursão contra o tráfico de drogas na localidade, os policiais disseram que efetuaram os disparos após o namorado de Taylor ter atirado primeiro. A família da americana moveu processos que levaram o caso ao FBI. Dos três policiais envolvidos no caso, dois foram retirados das ruas e um deles chegou a ser demitido, porém, ninguém foi preso.

Em suas redes sociais e também na entrevista dada após a vitória, sua sexta no atual campeonato da Fórmula 1, Lewis Hamilton voltou a cobrar por justiça pela morte da paramédica, que também tem mobilizado outros atletas ao redor do mundo, como um recebedor da NFL que chegou a ser preso em um protesto, a top nove do tênis Naomi Osaka e jogadores da NBA, a liga americana de basquete:

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It’s been 6 months since Breonna Taylor was murdered by policemen, in her own home. Still no justice has been served. We won’t stay silent. #JusticeForBreonnaTaylor

– Não é uma grande mudança. Você ainda está lutando contra a mesma coisa. Levei muito tempo para conseguir aquela camisa. Tenho vontade de vestir isso e chamar a atenção para o fato de que tem gente por aí sendo morta na rua. E então tem alguém que foi morta em sua própria casa, eles estavam na casa errada, e aqueles caras ainda estão andando livres. Não podemos descansar, temos de continuar a conscientizar sobre isso. Eu penso que ela é uma grande inspiração com o que ela fez com sua plataforma, então temos de continuar avançando nessa questão.

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O regulamento da FIA só faz menção a questões políticas ao proibir o uso de manifestações de cunho político ou religioso “que sejam prejudiciais aos interesses da FIA” nos carros. Em 2018, o então piloto da Fórmula 2 Santino Ferrucci foi proibido de carregar em seu carro o slogan da campanha do presidente americano Donald Trump pela mesma regra.

Por Redação ge

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