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Com 12 vitórias em 14 partidas, o líder Botafogo é o maior favorito da rodada

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Favoritismos #15: dicas, palpites e chances de vitória no Brasileirão

Maior favorito da rodada, Botafogo recebe a cada vez mais intransponível defesa do Bragantino

Com 12 vitórias em 14 partidas, o líder Botafogo é o maior favorito da rodada ao receber o Bragantino, sexto colocado, mas a cada rodada que passa, a defesa do Bragantino tem permitido aos adversários fazerem finalizações com menor potencial de gol. Será um grande desafio. A maior zebra da rodada é o Coritiba, que viaja para enfrentar o Cruzeiro.

 — Foto: Infoesporte

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Analisamos 96.992 finalizações cadastradas pela equipe do Espião Estatístico em 3.939 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013 que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente (veja a metodologia no final do texto).

+ Veja a classificação do Brasileirão

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Botafogo

  • O líder Botafogo venceu dez dos últimos 13 jogos em três competições diferentes. No Brasileirão são 12 vitórias e duas derrotas. Dominante, é naturalmente o favorito. Mas é preciso considerar que a cada rodada, os adversários do Bragantino têm mais dificuldade em impor seu nível de ameaça, como mostra a linha vermelha do gráfico de xG.
  • O Botafogo tem chegado ao gol principalmente em jogadas rasteiras, com cinco dos últimos sete gols marcados dessa forma, um problema para o Bragantino, que sofreu dessa forma cinco dos últimos seis gols. Apesar de ter sofrido seis dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, a defesa do Botafogo vem reduzindo a influência aérea entre os gols sofridos, com dois dos últimos seis. Isso estará à prova porque o Bragantino fez quatro dos últimos seis gols usando bolas altas.
 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Cruzeiro

  • O Coritiba tem problemas históricos contra o Cruzeiro, que em casa pela Série A desde 2006, venceu sete e empatou duas. Neste ano, o Cruzeiro vem de uma vitória e cinco derrotas em casa, e o Coritiba, de uma vitória, um empate e oito derrotas como visitante, porém, vem de duas vitórias seguidas no agregado dos mandos, no qual o Cruzeiro vem de duas vitórias e um empate.
  • O Cruzeiro tem grande potencial para fazer gol a partir de jogada aérea nesta rodada porque marcou assim sete dos últimos dez gols, quatro dos últimos seis, e o Coritiba sofreu metade dos últimos dez gols pelo alto e metade por baixo, mas dois dos últimos cinco. O Coritiba usou bolas rasteiras para usar seis dos últimos dez gols, e o Cruzeiro sofreu metade assim e metade pelo alto.
 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Flamengo

  • Como os dois mandam seus jogos no Maracanã, vamos ao agregado dos mandos: o Flamengo está com o ataque mais eficaz do Brasileirão, com um gol a cada 6,8 tentativas; o Fluminense, com o terceiro mais eficaz, um gol a cada 8,2 chances. Defensivamente, o Fluminense tem a terceira mais resistente a pressões, com um gol sofrido a cada 16 conclusões contrárias, e o Flamengo, com a sétima, um gol sofrido a cada 12,2 conclusões contrárias.
  • São duas das três equipes que mais sofrem finalizações em contra-ataques: o Fluminense é o que mais sofreu (41 e cinco gols sofridos, terceira pior marca) e o Flamengo, o terceiro que mais sofreu (35 e dois gols sofridos, sexta marca). Cada equipe já fez dois gols assim.
  • O clássico tem fortíssimo potencial para ser decidido a partir de jogada aérea: o Fluminense usou bolas altas para marcar quatro dos últimos seis gols, e o Flamengo sofreu assim cinco dos últimos seis gols. No ataque, a mesma influência: o Flamengo levantou a bola para marcar cinco dos últimos, e o Fluminense levou dessa forma os últimos cinco gols. É muito provável que as equipes insistam pelo alto.
 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> São Paulo

  • Nos últimos 12 jogos em casa por Copa do Brasil, Sul-Americana e Brasileirão, o São Paulo tem dez vitórias e duas derrotas (83%). O Santos, nos últimos 12 jogos como visitante tem três vitórias, dois empates e sete derrotas (31%).
  • Quando mandante, o São Paulo tem o terceiro ataque mais eficaz do Brasileirão, com um gol a cada 7,8 tentativas, mas com a pior média de finalizações, 15,6 por jogo. O Santos está com a nona defesa forasteira, um gol sofrido a cada 11,6 conclusões contrárias. No ataque, o Santos tem a pior eficiência forasteira, um gol a cada 24 tentativas, e a pior média de finalizações por jogo (8,0). O São Paulo tem a oitava resistência mandante, um gol sofrido a cada 14,0 conclusões contrárias.
  • O São Paulo fez metade dos últimos dez gols pelo alto, mas os últimos quatro foram marcados assim. O Santos sofre metade pelo alto e metade por baixo. No ataque, o Santos vem com sete dos últimos dez gols em jogadas rasteiras. O São Paulo sofreu quatro dos últimos cinco gols em jogadas rasteiras.
 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Fortaleza

  • É de se esperar que a bola role muito na partida: o Fortaleza é o segundo time que menos comete faltas (12,2), e o Cuiabá, o quatro menos faltoso (12,4). O Fortaleza é o oitavo mandante em finalizações (15,6 por jogo), e o Cuiabá, o oitavo visitante (11,7). O Fortaleza, o décimo mandante em conclusões contrárias (11,4). O Cuiabá é o quarto visitante que menos sofre finalizações (13,1).
  • O Cuiabá tem sete dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas e cinco dos últimos sete, e o Fortaleza sofreu dessa forma seis dos últimos dez gols e quatro dos últimos seis. O Fortaleza cinco dos últimos sete gols em jogadas rasteiras, mas o Cuiabá só sofreu assim quatro dos últimos dez gols e um dos últimos cinco.
 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Palmeiras

  • Nos últimos seis confrontos pela Série A com mando do Internacional, o Palmeiras conseguiu equilibrar um pouco mais o confronto, com duas vitórias para cada um e dois empates. De 2006 a 2015, foram seis vitórias do Internacional e três empates.
  • Após uma queda acentuada, o ataque do Palmeiras conseguiu aumentar sua produtividade (linha preta do gráfico de xG), com nível de ameaça chegando agora a 1,4 gol por jogo, mas ao custo de deixar sua defesa bem mais exposta (linha vermelha), ao nível de 1,6 gol sofrido por jogo, o que reflete o fato de nos últimos nove jogos do Brasileirão o Palmeiras ter 2 V, 5 E, 2 D (41%).
  • É de se esperar que o Internacional insista no jogo aéreo porque além de ter feito assim seis dos últimos dez gols, o Palmeiras não só sofreu seis dos últimos dez gols dessa forma como cinco dos últimos seis. Mas o Palmeiras também tem potencial para gol aéreo porque embora tenha metade assim e metade em jogadas rasteiras, o Internacional sofreu sete dos últimos dez gols após bolas altas.
 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Athletico-PR

  • O ataque do Athletico-PR está impondo seu maio nível de ameaça por partida em toda a competição, produzindo com potencial para fazer praticamente dois gols por partida, como mostra a linha preta do gráfico de xG, enquanto o Bahia está há muitas rodadas produz para um gol. As duas defesas estão sofrendo finalizações em volume e nível de ameaça para mais de um gol por partida (linha vermelha).
  • O Bahia marcou a partir de jogadas aéreas seis dos últimos dez gols, e o Athletico-PR ainda que tenha sofrido metade pelo alto e metade em jogadas rasteiras, sofreu após bolas altas quatro dos últimos seis gols. Tem potencial para gol aéreo do Bahia. O Athletico-PR marcou três dos últimos cinco gols em trocas de passes rasteiros, e o Bahia levou assim cinco dos últimos seis gols.

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Atlético-MG

  • O Atlético-MG tem sido muito perigoso nos contra-ataques. Já fez cinco gols assim, maior marca da competição, em 33 finalizações em contragolpes, quarta maior marca. O Goiás já sofreu três gols em contra-ataques, 13ª marca, sendo que já sofreu um gol assim em casa em 13 finalizações, segunda pior marca caseira. O Atlético-MG é o segundo visitante que mais fez gols em contra-ataques (dois) em 13 finalizações (segunda maior marca caseira).
  • Os dois times marcaram metade dos últimos dez gols em jogadas aéreas e metade em jogadas rasteiras e sofreram seis dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas. As probabilidades indicam para potencial de gol aéreo do Atlético-MG, que fez assim quatro dos últimos cinco gols, e o Goiás sofreu cinco dos últimos sete gols dessa forma. O Goiás marcou cinco dos últimos seis gols em jogadas rasteiras.

Corinthians x Grêmio

Favorito >> Adiado

América-MG x Vasco

Favorito >> Adiado

Metodologia

Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega no Brasileirão 2023 comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e nos últimos seis jogos oficiais, independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira por serem cobranças feitas diretamente para o gol.

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 96.992 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.939 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.

O desempenho de um jogador é comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e consideramos o que se esperava da finalização se feita com o “pé bom” (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o “pé ruim” (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.

De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira, Valmir Storti e Vitória Lemos.

Por Bruno Imaizumi e Valmir Storti — Rio de Janeiro

Ge.globo.com

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