Esporte
Hülkenberg fez sua estreia na Force India, hoje Racing Point, em 2012
Diretor esportivo da Fórmula 1 acredita que alemão, substituto de Sergio Pérez no GP da Inglaterra e no GP dos 70 Anos, merecia estar no grid atual da categoria
Brawn revela que Hulk era “plano B” da Mercedes caso Hamilton não assinasse: “Deveria estar na F1”
Antes sem previsão de retorno para a Fórmula 1, Nico Hülkenberg se viu diante de uma nova oportunidade quando foi chamado para substituir Sergio Pérez na Racing Point depois que o mexicano testou positivo para o coronavírus. O bom desempenho do alemão surpreendeu Ross Brawn, diretor esportivo da F1, que revelou que Hülkenberg era a segunda opção da Mercedes para 2013 caso Lewis Hamilton, então piloto da McLaren, não aceitasse a proposta da equipe.
O dirigente britânico foi proprietário da Brawn GP em 2009 e atuou na direção técnica da Benetton e da Ferrari ao lado de Schumacher, ocupando a mesma função na equipe alemã e atual hexacampeã de construtores até 2013.
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Ross Brawn, diretor esportivo da Fórmula 1, em Silverstone — Foto: Clive Mason/Formula 1 via Getty Images
– Eu quase assinei com ele alguns anos atrás, quando eu estava no comando na Mercedes. Se Lewis não tivesse se juntado à Mercedes, Nico era nossa próxima opção – revelou Brawn.
Na época, em 2012, Hülkenberg fazia sua primeira temporada pela Force India – antigo nome da Racing Point. Correndo ao lado do britânico Paul di Resta, superou o colega terminando a temporada em 11º e obteve como melhor resultado um quarto lugar, no GP da Bélgica.
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Do outro lado, porém, existia um Lewis Hamilton em franca ascenção na categoria. Campeão em 2008, o britânico concluiu sua passagem pela McLaren com quatro vitórias e sete pódios em um ano dominado pela rivalidade entre Sebastian Vettel, então na RBR, e Fernando Alonso, ex-piloto da Ferrari.
Hülkenberg fez sua estreia na Force India, hoje Racing Point, em 2012 — Foto: Clive Mason/Getty Images
No entanto, não foi necessário que Hülkenberg fosse acionado. Lewis Hamilton concordou com a proposta da Mercedes e, em setembro de 2012, fechou com a equipe um acordo de três anos para substituir Michael Schumacher, que se aposentou no fim do ano. Nos anos seguintes, história: conquistou cinco títulos e somou 66 vitórias.
Voltando aos dias de hoje, Hülkenberg, substituto de Pérez na Racing Point, não tem um assento oficial na Fórmula 1. Depois de finalizar a temporada de 2019 pela Renault, o alemão foi substituído por Esteban Ocon, que também faz seu retorno à categoria, e desde então, esteve fora do grid.
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Nas duas corridas que disputou com o RP20, o alemão apresentou um desempenho sólido, levando em conta que não corria desde dezembro e não pôde participar de testes com o novo carro, como o restante dos pilotos.
Nico Hülkenberg após o GP dos 70 Anos da Fórmula 1, no Circuito de Silverstone, em 2020 — Foto: Bryn Lennon/Getty Images
Na etapa da Inglaterra, ficou entre os dez primeiros nos treinos, apesar de ter se classificado somente em 12º e sequer largar por problemas no motor. Já no GP dos 70 anos, Hülkenberg chegou a andar entre os quatro primeiros nas sessões de sexta e sábado e completou a corrida em sétimo lugar, depois de largar da terceira colocação.
Para Ross Brawn, os resultados do alemão em seu breve retorno à Fórmula 1, que o impressionaram, mostram que ele deveria fazer parte do grid. A permanência na Racing Point seria uma possibilidade, já que a equipe, potencial destino para Sebastian Vettel em 2021, ainda não definiu sua dupla para o próximo ano:
– Isso (voltar a correr) foi um desafio físico incrível para Nico Hülkenberg, e não sei o quanto ele se sentiu mal após a corrida, mas que grande perfomance em todo o fim de semana para alguém que acabou de ser largado. Sempre o respeitei grandiosamente como piloto. Ele é um piloto muito forte que deveria estar na Fórmula 1.
Por Redação ge — Silverstone, Reino Unido