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Jogo entre Fla X Athletico-PR está marcado para o Maracanã, liberado a receber jogos com público

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Clubes se manifestam contra o retorno de público aos jogos

Times da Série A vão na contramão do Flamengo e não são favoráveis à medida que previa liberar torcida no jogo do Rubro-Negro (ainda depende de aval da CBF)

Clubes da Série A tem se manifestado de maneira contrária à possibilidade de o jogo entre Flamengo e Athletico-PR ter a presença da torcida. Até agora, Bahia, Botafogo, Corinthians, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos e Vasco mostraram opiniões diferentes daquelas que foram exibidas pela Prefeitura do Rio de Janeiro e pela Federação de Futebol do Estado do Rio.

Os clubes da Série A foram procurados pelo ge até a publicação da reportagem e alguns já se manifestaram. O Fluminense não se pronunciou de maneira oficial, mas a apuração é de que o clube é contrário à atitude da Prefeitura do Rio.

O Palmeiras também não se manifestou publicamente, porém, defende que a autorização seja dada pelos órgãos de saúde e com todos os protocolos definidos. O clube entende que, após isso, a autorização tem de ser concedida para todos os estados.

Confira abaixo o posicionamento de cada clube.

Bahia – presidente Guilherme Bellintani

– Vamos defender o retorno do público aos estádios quando as autoridades sanitárias avaliarem que é o momento. E defendemos que seja ao mesmo tempo em todo os jogos, evitando desequilíbrio esportivo da competição.

Botafogo – presidente Nelson Mufarrej

– O Botafogo defende o princípio da isonomia, uma premissa básica quando se fala em competição. É uma discussão que precisa contemplar o coletivo, ou seja, todos os clubes e os cenários vivenciados em todo o país, sob os mesmos critérios. É imprescindível que haja o respaldo dos órgãos de saúde e que ocorra sem açodamentos.

Corinthians – presidente Andrés Sanchez

– O Corinthians só aceita a volta do público aos estádios se todos os times da Série A tiverem a mesma oportunidade, independente do estado ou cidade. Se não forem as mesmas condições pra todos não entraremos em campo.

Fluminense – presidente Mário Bittencourt em junho no “Troca de Passes”

– E antecipo aqui a todos os torcedores do Fluminense que não vamos abrir o estádio. Mesmo que o decreto libere, os jogos serão de portões fechados. Se a gente entrar no Brasileiro e todos os outros estados estiverem de portões fechados, não acho justo que o Rio jogue de portão aberto. Causa desequilíbrio na competição.

Grêmio – presidente Romildo Bolzan Jr.

– O Grêmio defende a isonomia da volta igualitária nos estádios.

Internacional – vice-presidente de futebol Alessandro Barcellos

– Não discutimos isso, não temos posição do clube. Fala aqui o Alessandro, acho que compromete a competição, desequilibra. O Beira-Rio desequilibra, faz barulho pressão. Qualquer número de pessoas sendo da nossa torcida incentiva com certeza. Não tendo esta condição e outros tendo, somos contra. Não falo com ninguém no clube.

Santos – nota da assessoria de imprensa

– O Santos FC entende que o retorno dos torcedores aos estádios de futebol deve acontecer apenas quando todos os clubes e cidades receberem autorização das autoridades competentes de saúde e da CBF, visando a isonomia da disputa das competições nacionais e a saúde de todos os envolvidos.

Vasco – nota da assessoria de imprensa

– Para se liberar torcida, deve se liberar em todo território nacional, pois não se pode criar um desequilíbrio esportivo.

Jogo entre Flamengo e Athletico-PR está marcado para o Maracanã, único estádio liberado pela prefeitura carioca a receber jogos com público — Foto: André Durão

Jogo entre Flamengo e Athletico-PR está marcado para o Maracanã, único estádio liberado pela prefeitura carioca a receber jogos com público — Foto: André Durão

Entenda o caso

Na última sexta-feira, a Ferj divulgou que cogitava a volta do público para o jogo entre Flamengo e Athletico-PR, marcado para o dia 4 de outubro. Porém, tal medida valeria apenas para as partidas no Maracanã, segundo determinação da Prefeitura do Rio. A decisão final depende de aval da CBF, que ainda não se manifestou sobre o assunto.

A atitude gerou críticas, primeiramente do presidente do Corinthians, Andrés Sanchez. Ele afirmou que se a presença da torcida for liberada somente no Rio de Janeiro, o clube paulista não entrará mais em campo pelo Campeonato Brasileiro. Neste sábado, o vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, rebateu o presidente corintiano dizendo que “cidades aptas para receber público estão recebendo”.

Por Redação do ge — Rio de Janeiro

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