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ELEIÇÕES 2022

Kassab, conversa com Eduardo Paes e Rodrigo Pacheco em evento do partido no Rio

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Em evento do PSD, Pacheco é ‘convocado’ a disputar a Presidência em 2022

Presidente do Senado foi instado por Kassab e Paes; cerimônia marca aumento da força política de prefeito do rio, que lança Felipe Santa Cruz como pré-candidato ao governo estadual

RIO — No primeiro evento após o anúncio de sua filiação ao PSD, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, foi “convocado” a disputar a presidência da República em 2022. O pedido foi feito pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, presidente da legenda no estado, e pelo ex-ministro Gilberto Kassab, que comanda nacionalmente o partido. As falas foram feitas em uma convenção da sigla, no Rio de Janeiro, que também lançou a pré-candidatura do presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, ao governo estadual.

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Logo na abertura da cerimônia, Paes fez uma referência ao desejo da sigla de ter Pacheco como presidenciável no ano que vem. A mudança de partido do senador já é um passo para que isso aconteça. Nesta semana, ele anunciou que está deixando o DEM para aceitar o convite de se filiar ao PSD feito por Kassab, um dos principais defensores de sua candidatura ao Planalto. A cerimônia que vai sacramentar a migração está marcada para a próxima quarta-feira, no Memorial JK, em Brasília.  

—  Como aqui no Rio não temos papas na língua, quero cumprimentar o próximo presidente da República, Rodrigo Pacheco — disse Paes ao saudar o futuro correligionário. Em outro momento do evento, voltou a enfatizar que o senador deve ser candidato: — Eu vim aqui como cidadão para dizer que você está convocado a disputar a presidência da República.

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O mesmo tom foi adotado pelo presidente do partido, que reafirmou que o PSD terá um candidato próprio à presidência e disse que Pacheco só não será o escolhido “se ele não quiser”. Kassab ainda exaltou a trajetória do senador, que foi advogado criminalista antes de entrar na vida pública. O cacique ainda ofereceu todo o apoio da legenda ao parlamentar:

— PSD e os seus companheiros estão prontos para abraçar os seus projetos. Não só para a sua campanha, mas para você ser um grande presidente da República. Você tem todas as condições para vencer as eleições e deixar os mineiros e brasileiros orgulhosos — disse, se direcionando a Pacheco.

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O senador, por sua vez, desconversou ao ser questionado se acataria a “convocação” de Paes e de Kassab. Pacheco respondeu que, por ser presidente do Senado e do Congresso Nacional, tem limitações que o impedem de afirmar sua pré-candidatura por ora, mas disse que, “no momento certo, haverá essa reflexão”.

Ele, no entanto, não se acanhou quando foi saudado pelos futuros correligionários como o pré-candidato do partido. Pelo contrário, em diversos momentos, se levantou, tirou a máscara e aceitou os aplausos quando era chamado de “futuro presidente” pelos demais oradores do evento. Em seu discurso, o último na cerimônia, Pacheco também adotou um tom eleitoral e afirmou que a política “precisa dar reposta às pessoas”. Entre os interlocutores do senador, há um entendimento de que a disputa do ano que vem será uma eleição “voltada aos problemas reais” das pessoas. 

— Eu sei a exata dimensão da minha responsabilidade como presidente do Congresso Nacional. E nós temos hoje um Brasil que precisa de respostas da política. Nós precisamos dar respostas as pessoas. Eu pergunto a cada um de vocês: para que que a política serve se não for para dar o mínimo de felicidade às pessoas? E o que é felicidade no final das contas? É o cidadão poder sair de casa para trabalhar pois tem um emprego, ter a segurança que a mulher ou mãe dele será atendida em um hospital — discursou.

Por fim, Pacheco ainda pregou pelo diálogo e disse que é preciso deixar os extremismos de lado:

— Nós precisamos estar unidos. Buscar as convergências e respeitar as diferenças. Deixando para lá a radicalização, os extremismos

Camila Zarur

OGlobo.globo.com

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