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Nenhum desses jogos, porém, foi tão danoso ao Sport.

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Análise: o vexame do Sport diante do Fortaleza. A dura tapa de realidade veio da pior forma

O torcedor rubro-negro tem vivido uma montanha russa. Nas últimas semanas, cada partida foi uma caixinha de surpresas

É difícil puxar pela memória uma derrota tão vexatória do Sport. Rapidamente, o 5 a 1 diante do Internacional, em plena Ilha do Retiro, no Brasileiro de 2007. O 7 a 1 para o Marília na Série B de 2004, no interior paulista. O 4 a 1 para o Central no Pernambucano de 2006, também na Ilha.

Num déjà vu mais recente, a derrota para o Retrô, ainda pela segunda rodada do Campeonato Pernambucano, quando chegou a estar perdendo por 4 a 1 ainda no primeiro tempo.

Nenhum desses jogos, porém, foi tão danoso ao Sport. O vexame do último domingo, por 4 a 1 para o Fortaleza, na Arena de Pernambuco, entra para a história pela humilhação em um jogo de imenso valor contra um rival regional: valia a vaga na decisão da Copa do Nordeste. Em apenas 21 minutos, tudo se deu. Um nocaute técnico.

Melhores momentos de Sport 1 x 4 Fortaleza, pelo Nordestão

Ironicamente, apenas quatro dias depois de o time de Mariano Soso ter dado a maior demonstração de força em toda a temporada, ao vencer o favorito Atlético-MG, no mesmo estádio, apesar da eliminação na Copa do Brasil, com uma atuação de encher os olhos e orgulhar essa mesma torcida, visivelmente emocionada, entre os aplausos ao fim da partida (faltou um gol para levar aos pênaltis).

O torcedor do Sport tem vivido uma montanha russa. Nas últimas semanas, cada partida foi uma caixinha de surpresas. Efêmera, a estabilidade imaginada pelas quatro vitórias consecutivas na largada da Série B deu lugar a um vendaval de sentimentos em relação ao time, assim, opostos, de um jogo ao outro.

Contra o Atlético, o mais otimista torcedor foi surpreendido, positivamente, por uma atuação de alto nível contra uma das potências do futebol brasileiro atual. Surpresa ainda mais acentuada, porém ao inverso, foi o atropelo sofrido em apenas 20 minutos na tarde deste domingo. Depois de abrir 3 a 0, o Tricolor ainda marcaria o quarto antes do intervalo. Que se destaque: três gols de um endiabrado Moisés.

O futebol, em todo o seu caráter de imprevisibilidade, tem tirado o chão dos rubro-negros. Alguns, talvez, apontem como justificativa o desgaste bem acima da média dos exigentes últimos jogos; a própria vitória contra o Atlético e a inusitada derrota para o Avaí, com dois homens a menos em quase todo o segundo tempo. Outros podem pontuar a diferença técnica entre elencos de Séries A e B. Mas, racionalmente, vai ser difícil encontrar as respostas para o que se viu.

Moisés comemora gol em Sport x Fortaleza — Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press

Moisés comemora gol em Sport x Fortaleza — Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press

Se o Sport, mesmo eliminado, saiu maior do jogo contra o Atlético, neste domingo, o centenário clube pernambucano viu-se diminuído.

Quem esperou uma resposta nas quatro linhas para a desvantagem latente, do ponto de vista macro, que tem separado os dois clubes nos últimos anos foi embora da Arena de Pernambuco com a sensação incômoda do abismo.

Há seis anos, o Fortaleza cravou-se na elite do futebol brasileiro, enquanto o Sport passou os últimos três na Série B, um recorde negativo do clube na era dos pontos corridos. Jogadores como Gustavo Coutinho, Romarinho e Felipe, hoje titulares absolutos do Sport, foram descartados pelo rival cearense. Um movimento inverso ao que se viu durante a maior parte da história. A dura tapa de realidade veio da pior forma. Num jogo constrangedor. E que muito valia. Agora, para ser esquecido.

Como se isso fosse possível…

Lucas Lima lamenta derrota do Sport para o Fortaleza por 4 a 1 — Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press

Lucas Lima lamenta derrota do Sport para o Fortaleza por 4 a 1 — Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press

Por Lucas Fitipaldi — Recife

Ge,globo.com

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