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Presidente do Inter, Barcellos, presidente da FGF, Hocsman, e presidente do Grêmio, Guerra

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Grêmio, Inter e Juventude deixam futebol em segundo plano e priorizam ajuda no RS

Juventude é o único que consegue treinar. Dupla Gre-Nal evita dar prazo para retomar rotina de treinos e têm quadro de funcionários afetado por enchente

Pouco — ou nada — pode se prever sobre o futebol nos próximos dias no Rio Grande do Sul. E os clubes da Série A do Brasileiro também não conseguem e nem têm isso como prioridade para o momento após o adiamento de partidas pelos próximos 20 dias. Grêmio, Inter e Juventude deixam o retorno em segundo plano para engajar na ajuda a funcionários e sociedade em geral.

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O Juventude é o único do trio que consegue manter uma rotina de treinamentos. Mas o presidente Fábio Pizzamiglo já deixou claro que “não é o momento para forçar o retorno” e foi solidário com a situação das equipes da capital.

Grêmio e Inter estão sem treinar desde a semana passada em razão dos alagamentos em Porto Alegre e região metropolitana, inclusive com Arena, Beira-Rio e centros de treinamentos comprometidos. Funcionários dos dois clubes foram bastante atingidos. Alguns atletas gremistas deixaram condomínio em Eldorado, enquanto os colorados relataram estar seguros aos dirigentes.

Veja a entrevista de Alberto Guerra, presidente do Grêmio, no Tá na Área

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O presidente Alberto Guerra classifica o momento como de “sobrevivência” no Rio Grande do Sul. E não tem intenção de projetar retorno aos trabalhos dentro de campo. O Inter, que voltaria a treinar na quinta-feira, já ampliou a suspensão dos treinos até a próxima segunda.

— A única coisa que pensamos é sobreviver, ajudar o próximo, ter água. Coisas básicas. Não tem como pensar em futebol, em treinar. Sei que foi com carinho, vários clubes ofereceram, mas não é o momento. Agora é salvar o próximo. É o que gostaríamos de passar em rede nacional. Ainda que não passe 10% do que está acontecendo aqui. E não é crítica, é difícil entender, mas para mostrar que não tem como pensar em futebol — afirmou o presidente Alberto Guerra ao Ta Na Área, do Sportv.

Veja imagens atualizadas do Beira-Rio atingido pela enchente, em Porto Alegre

O presidente Alessandro Barcellos buscou o apoio da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) para convencer a CBF da impossibilidade de transcorrer as atividades normalmente. A Conmebol também adiou o jogo do Inter com o Delfín, pela Sul-Americana, que seria dia 16, e o duelo do Grêmio com o Estudiantes, que ocorreria no dia 15.

Nos bastidores, porém, a mensagem ouvida é a mesma. Pelo cenário extremamente complexo e sem precedentes e pela magnitude, há cuidado em indicar os próximos passos. As decisões são tomadas dia a dia pelos dirigentes colorados, que se preocupam inicialmente com os atingidos do clube.

O Inter tinha estipulado como data para retorno aos treinos na quinta-feira, mas já ampliou a suspensão das atividades para a próxima segunda. E com chance de estipular nova data. O Grêmio cancelou os treinamentos pela primeira vez no sábado, quando trabalharia no campo da PUCRS, e nem apontou momento para retorno.

Imagens aéreas mostram enchente no entorno da Arena do Grêmio

O CT Parque Gigante, do Inter, e o CT Luiz Carvalho, do Grêmio, foram afetados e estão abaixo d’água. O Colorado tem o local onde a base treina como alternativa para os trabalhos. O Tricolor, no entanto, também tem a estrutura para a formação alagada.

Ainda assim, nada disso é preocupação no momento. A manifestação do presidente Alberto Guerra dá o tom por parte do Grêmio, mas o Inter segue na mesma linha. A prioridade é auxiliar os funcionários afetados.

Os atletas das duas equipes, inclusive, estão ativos em resgates em áreas alagadas e auxílio em doações e distribuições de comida, por exemplo. Além disso, mantêm rotina de treinos remotos com acompanhamento das respectivas comissões técnicas.

Por Tomás Hammes e João Victor Teixeira — Porto Alegre

Ge.globo.com

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