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Saúde

(Simepi) emitiu uma nota, pedindo ao Governo para que afaste os médicos que compõem o grupo de risco da Covid-19

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Coronavírus no Piauí: Simepi pede que médicos que são do grupo de risco sejam afastados

Em nota, o sindicato também pede para que seja realizado o teste em médicos que apresentarem sintomas compatíveis à doença, independente da gravidade. A Secretaria Estadual de Saúde ainda não se posicionou sobre o caso.

O Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) emitiu uma nota neste sábado (28), pedindo ao Governo do Estado para que afaste os médicos que compõem o grupo de risco da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, do atendimento direto aos pacientes. Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde negou que os profissionais trabalhem sem Equipamentos de Proteção Individual (EPI), afirmou que os profissionais com mais de 60 anos que ainda estão trabalhando atuam em áreas onde não há contato com pacientes suspeitos ou infectados como novo coronavírus.

  • Veja serviços afetados pelo coronavírus no Piauí
  • O que fazer e para onde ir em caso de aparecimento dos sintomas

Em entrevista ao G1, o presidente do sindicato, Samuel Rêgo, informou que no início da epidemia, foi enviado um ofício ao Governo do Piauí e a Prefeitura de Teresina pedindo o afastamento dos profissionais da saúde que possuem mais de 60 anos de idade e que apresentam problemas cardíacos e respiratórios.

“No início dessa epidemia, enviamos um ofício para o secretário estadual de saúde informando a ele que os médicos que fazem parte do grupo de risco, que são aqueles que tem mais de 60 anos ou tem problemas pulmonares e cardíacos, eles deveriam ser afastados do atendimento direto. Porque a chance dessas pessoas contraírem o novo coronavírus, as chances de morte é muito alta. A Prefeitura afastou. Nós mandamos tanto para o governo do estado quanto da prefeitura de Teresina”, afirmou.

Em nota, o simepi também destacou a necessidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, de qualidade e suficiente para toda a categoria e adverte que os médicos que apresentarem sintomas compatíveis à doença, independente da gravidade, devam ser testados.

“Os médicos que estão na linha de frente não estão ainda recebendo toda a proteção necessária. Além dos equipamentos de proteção individual, deve se também realizar os testes. Porque se você detecta precocemente um médico que está infectado, é importante o afastamento dele. Vários estudos mostram que a população que mais se contamina são os que estão na linha de frente em combate ao vírus, que são os médicos e enfermeiros”, relatou Samuel Rêgo.

Procurado pelo G1, a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) informou que o conselho responsável pelo combate ao novo coronavírus no Piauí irá se reunir virtualmente de caráter extraordinário sobre o assunto na tarde deste domingo (29) para ter um posicionamento sobre o caso.

Leia abaixo a nota da Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi), na íntegra:

Em resposta à nota publicada pelo Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), a Secretaria de Saúde, por meio do secretário Florentino Alves Vera Neto, esclarece o seguinte:

01.Neste período de pandemia da Covid-19, seguindo as determinações do Sr. Governador do Estado, Wellington Dias, a SESAPI trabalha observando todas as medidas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e confia na equipe de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, atendentes de enfermagem, maqueiros, motoristas, e todo pessoal da área de saúde que atua no enfrentamento dessa pandemia, no atendimento direto aos pacientes. São profissionais dedicados e todos trabalham com equipamentos de proteção individual (EPIs);

02.todos os profissionais são importantes e indispensáveis no momento. Essa compreensão tem levado a dezenas de profissionais da saúde, que se encontram à disposição de outros órgãos, e até mesmo aposentados, a se apresentarem voluntariamente em seus antigos postos de trabalho nas unidades de saúde, para contribuírem com suas experiências no enfrentamento dessa grave crise de saúde pública mundial. Importante esclarecer que, aqueles que estão em grupo de risco, com 60 anos ou mais, não serão colocados em serviços que atuem diretamente no tratamento de pacientes com suspeitas ou com o diagnóstico da Covid-19. Embora a prioridade seja o combate à COVID-19, o serviço de saúde continuará atendendo pessoas vitimadas por outras doenças;

03. o Presidente do Sindicato dos Médicos, com quem temos mantido o diálogo institucional aberto, deve apontar fatos que apontem a existência de profissionais trabalhando sem a proteção apropriada, conforme prescrevem os protocolos vigentes, para que seja feita a devida apuração das responsabilidades, e tomadas as providências que a lei determina. Afirmações genéricas não resolverão eventuais problemas que possam existir e, mais grave, espalham insegurança no meio da população;

04.Prestando esses esclarecimentos, continuaremos abertos ao diálogo, buscando superar dificuldades, com o objetivo de aprimorar os serviços de atendimento à nossa população.

Isolamento social e decretos de calamidade

Para evitar a contaminação pelo vírus, o isolamento social e medidas emergenciais foram determinadas por meio de decretos do governo do estado e das prefeituras, como na capital piauiense, para que a população fique em casa e evite ao máximo ir às ruas.

Policiais fazem abordagens nas fronteiras do estado a ônibus e veículos particulares. Escolas, universidades e a maior parte do comércio, assim como serviços públicos, suspenderam as atividades. Os decretos preveem que quem descumprir as regras pode ser penalizado com multa ou até prisão.

Prevenção, contágio e sintomas

Lavar bem as mãos é a maneira mais eficaz de evitar o contágio  — Foto: Getty Images via BBC
Lavar bem as mãos é a maneira mais eficaz de evitar o contágio  — Foto: Getty Images via BBC

Lavar bem as mãos é a maneira mais eficaz de evitar o contágio — Foto: Getty Images via BBC

Lavar as mãos de forma correta (veja vídeo), uso de álcool em gel, máscaras, evitar contato pessoal e aglomerações de pessoas são algumas das orientações para evitar o contágio da doença.

É importante também ficar atendo quanto às formas de transmissão do vírus e os sintomas. O infográfico abaixo ilustra algumas dessas situações:

Coronavírus: infográfico mostra principais formas de transmissão e sintomas da doença — Foto: Infografia/G1
Coronavírus: infográfico mostra principais formas de transmissão e sintomas da doença — Foto: Infografia/G1

Por G1 PI

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