SIGA O 24H

Esporte

Como Santos e Palmeiras iniciaram o primeiro jogo da final do Paulistão 2024

Publicado

em

Compartilhar isso...

Santos e Palmeiras deixam impressões ambíguas em 1ª final

Peixe dominou um Verdão inicialmente passivo, mas que chegou muito perto de empatar no final do jogo

Se o primeiro jogo da final do Campeonato Paulista fosse dividido em três partes, duas delas pertenceriam ao Santos, e a restante ao Palmeiras. Partindo desse princípio, a vitória alvinegra pela diferença mínima foi justa. Premiou a iniciativa e a agressividade da equipe por 60 minutos, mas não deixa de levantar um breve lamento pela queda de produção santista no final.

No lado palestrino, a sensação geral de que a derrota por apenas 1×0 estava barata até os 15′ do 2º tempo se transformou em esperança após as mexidas feitas por Abel Ferreira. Foram sete boas ações ofensivas com a nova formatação do time e ótimas atuações de Rony, Vanderlan e Lázaro. O clube está habituado a reviravoltas recentes nas finais de Campeonato Paulista.

Escalações

Sem poder contar com Hayner, Fabio Carille surpreendeu ao optar pelo jovem JP Chermont na lateral-direita. Aderlan ficou no banco. Otero voltou normalmente ao time e Pedrinho foi para a reserva. No Palmeiras, Abel manteve Gustavo Gómez fora da equipe e Luan formou o trio de zaga com Marcos Rocha e Murilo. Endrick foi confirmado. Richard Rios ficou na reserva mais uma vez.

Como Santos e Palmeiras iniciaram o primeiro jogo da final do Paulistão 2024 — Foto: Rodrigo Coutinho

O jogo

Exalando confiança e agressividade, o Santos quis mostrar desde o primeiro minuto o ímpeto e a imposição de um mandante, e foi superior ao Palmeiras em boa parte do 1º tempo. Alternou descidas ao ataque com bolas longas para Julio Furch ”aparar”, e construções baseadas em aproximações e passes curtos, quase sempre a partir de sua dupla de volantes. De um jeito ou de outro, teve volume.

A peça mais perigosa e aguda do ataque santista foi o ponta Guilherme, que levou vantagens constantes nos duelos que teve contra Marcos Rocha e Mayke. Além de finalizar com perigo três vezes com a bola rolando, cobrou escanteios e faltas laterais na direção de Joaquim e Gil, momentos que também incomodaram a retaguarda alviverde.

O Palmeiras mostrou preocupação em tentar inibir as ações de Diego Pituca e João Schmidt, tanto que Abel projetou Anibal Moreno e Zé Rafael para fazer encaixes e perseguições neles. Giuliano sobrava constantemente nas costas dos volantes palestrinos. Por vezes era seguido por Murilo ou Marcos Rocha, mas esteve livre em algumas jogadas, e acionou Guilherme pela esquerda.

Com a bola, o atual campeão paulista tentava diminuir o ritmo do jogo. Não acelerava da maneira que costuma fazer em casa. Trocava passes e só verticalizava as jogadas quando os espaços surgiam. Uma clara estratégia para esfriar o ímpeto dos anfitriões. Depois dos 30 minutos isso funcionou mais. Anibal Moreno se destacou neste ponto.

Raphael Veiga ficou muito preso ao lado esquerdo do campo, distante do centro do jogo e participando pouco das ações ofensivas. Talvez fosse uma estratégia para explorar o setor de JP Chermont, mas não funcionou. Piquerez se aproveitou disso e escapou algumas vezes em diagonal, na direção da área, e Otero teve problemas para acompanhá-lo. Muito pouco para o nível do Palmeiras.

Nada mudou na volta para o 2º tempo, a não ser aquilo que já deveria ter sido diferente antes do intervalo: o placar.

Em mais um movimento de subida de marcação, o Santos bloqueou Zé Rafael e Anibal Moreno de receberem a bola dos zagueiros palmeirenses e a ligação direta caiu nos pés de Pituca. A inversão do volante santista achou Guilherme, que fez mais uma grande jogada no gol de cabeça de Otero. Marcos Rocha e Piquerez foram muito mal no lance.

Otero sobe para cabecear e fazer gol do Santos contra o Palmeiras — Foto: Abner Dourado/AGIF

Otero sobe para cabecear e fazer gol do Santos contra o Palmeiras — Foto: Abner Dourado/AGIF

Abel percebeu que a atitude de sua equipe não mudava e mexeu por atacado aos 20 minutos. Endrick, Zé Rafael e Flaco López saíram. Lázaro, Richard Rios e Rony entraram. Veiga foi atuar mais pela meia-direita. No Peixe, Giuliano e Otero foram substituídos por Cazares e Pedrinho. Depois foi a vez de Vanderlan substituir Piquerez.

O jogo mudou totalmente! O Santos perdeu força de marcação e não teve regularidade na tentativa de reter a bola no ataque. Virou um ”bate e volta” para o seu sistema defensivo, e João Paulo acabou sendo o maior responsável pela manutenção do resultado. Fez três defesas fundamentais.

Lázaro entrou muito bem e se associou com Vanderlan pela esquerda. Mais leveza e agressividade. Raphael Veiga conseguiu ser mais participativo, e Rony pareceu querer fazer da partida um passaporte para voltar a brigar por uma vaga no time. Foi quem chegou mais perto de marcar. Até mesmo Mayke e Marcos Rocha subiram de produção.

Apesar do sufoco no fim, o Peixe conseguiu garantir a vitória por diferença mínima, algo que parecia pouco no momento de domínio da equipe nas ações, mas que se revelou um bom resultado com a melhora do Verdão nos últimos 30 minutos.

Por Rodrigo Coutinho — Rio de Janeiro/RJ

Ge.globo.com

1 Comentário

1 Comentário

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade