Neymar chuta, mas para na defesa de Lampe: o atacante brasileiro finalizou seis vezes e não marcou

Meia, ponta e centroavante: Neymar se multiplica em jogo de 18 dribles, mas sem gol contra a Bolívia

Dúvida até a véspera da partida, camisa 10 joga toda a partida, participa de três gols e faz grande jogo no início da terceira Eliminatórias pela seleção brasileira

Com apenas 30 segundos de bola rolando, Neymar recuou até a dupla de zaga para receber a bola no grande círculo. Achou Renan Lodi, que foi até a ponta e cruzou. Na sobra, Everton Cebolinha perdeu grande chance.

O camisa 10 da seleção brasileira iniciou a terceira Eliminatórias e manteve o nível de grandes atuações – foram duas assistências e participação direta em outro gol -, mas com repertório maior, digno de arco e flecha, como quer ver Tite.

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O Brasil volta a campo contra o Peru, às 21h (19h, horário local em Lima), na capital peruana, na próxima terça-feira. A delegação só viaja na segunda para Lima

Neymar chuta, mas para na defesa de Lampe: o atacante brasileiro finalizou seis vezes e não marcou — Foto: Lucas Figueiredo / CBF

– Todos têm responsabilidade de tomar bola e criar. Às vezes goleiro tem qualidade nas defesas, às vezes tem quem faça as assistências. É um esporte coletivo e importante é que que o Neymar fez um grande jogo. Gostaria do gol? Sim, mas assistência contribuiu – disse Tite

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A liberdade foi semelhante a que ele tem no PSG, como avisou o treinador da seleção brasileira, que se intitulou “ladrão de ideias” de outros treinadores. Na França, Neymar ainda recua um pouco mais durante as partidas. No time de Tite, finalizou seis vezes – duas delas com perigo, mas não marcou.

Foi procurando espaços que ele deu nada menos que 18 dribles em toda a partida – de acordo com levantamento do Sofascore -, principalmente “deslizando” da esquerda para para o meio. Até quando se viu cercado na entrada da área Neymar conseguiu se livrar dos marcadores.

Neymar de olho na bola: jogador deu 18 dribles em toda a partida — Foto: Lucas Figueiredo / CBF

Entrosamento com Coutinho e Lodi

O entendimento com Philippe Coutinho foi nítido mais uma vez. Ora um recuava para abrir espaço, ora era o outro. Em dois momentos no primeiro tempo, Neymar recebeu na medida do jogador do Barcelona, mas não saiu o esperado 62º gol, aquele que vai colocá-lo ao lado de Ronaldo na tabela de artilheiros da Seleção.

Tite aprovou Neymar mais à vontade em campo. Viu encaixes no jogo e citou, por exemplo, a proximidade com Coutinho e a distância “controlada” de Firmino, que saiu menos da área e abriu mais opções para o camisa 10.

Lodi fez, em alguns momentos, a função que Neymar está acostumado a ver em Mbappé, com rápidas ultrapassagens – na mais famosa e recente delas, contra a Atalanta, na semifinal da Liga dos Campeões.

Por Raphael Zarko — Rio de Janeiro / Globoesporte.globo.com